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30 de dez. de 2011

Feliz 2012

Lá se vai um ano difícil.

Poderia ter sido um ano a mais. Mas 2011 foi um ano a menos. Difícil explicar o que é um ano difícil. As perdas foram muitas. Muitas e dolorosas. Algumas dolorosas ao extremo. Dessas dores que você não deseja nem a quem te trata mal, e que por vezes, você tem vontade de mandar pro inferno.

Se por um lado são dores que não se deseja a ninguém, por outro lado não há nada mais lindo do que a sensação de gerar uma pessoa. Ver ela surgir, primeiro como um grão e se formar pouco a pouco. Isso não tem preço.

Se os dois, Leticia e Antonio, não estão comigo agora é porque os planos de Deus não previam essa parte. Talvez estejam agora brincando em volta do vovô Mario. Mas tenho certeza que os planos desse Deus de amor preveem para breve outra alegria. Não uma alegria que faça apagar o que passou, porque essa é uma cicatriz produnda, que vai doer eternamente na alma. Mas alegrias que amenizem essa dor que doeu profundo em 2011.

Ano de muitas perdas, sim, mas de conquistas. Conquistas de fé, de saber da importância do amor infinito a outra pessoa e a outras pessoas. Nem sempre foi possível sorrir este ano. E até hoje é difícil. Foram muitos momentos de apreensão, choro, sustos, tristezas. Alguns, ainda não passaram, e sigo rezando para que o amigo Rafael Marques saia da situação de gravidade e volte logo ao nosso convívio. Mas também de alegrias, de momentos agradáveis.

Enfim, um ano como todos os anos. Mas que teve uma dose extra, talvez até exagerada, de momentos ruins. Que voê, eu, nós, sejamos diferentes em 2012. Amém.

Pitacos sobre os sambas 2012

Depois de quase um mês ouvindo os sambas enredo do carnaval do Rio de 2012 vamos aos pitacos.

Gostei e muito dos sambas da Portela, Salgueiro e Mangueira. O da Portela, sobre a Bahia, é diferente, animado, como há tempos não vemos pela Sapucaí. Salgueiro, sobre cordel, vem ali, coladinho, no meu gosto. O da Mangueira, sobre o Cacique de Ramos, logo em seguida. Mas todos são bem legais. Só não gosto desse monte de gente na gravação (três cantores no Salgueiro e até sete na Magueira). Polui e dificulta a compreensão da letra sem o encarte na mão.

Um pouco mais abaixo temos o bom samba da São Clemente (estou curioso para ver o desfile sobre os musicais; ótimo enredo) e da Unidos da Tijuca, sobre Luiz Gonzaga.

Bons sambas, mas de difícil compreensão são os da Beija-Flor (que refrão é esse, gente??) e da Vila Isabel (que só tem refrão e nada mais). A Beija-Flor homanegeia São Luis do Maranhão (depois do Amapá, do Sarney, de Brasília do Arruda, agora outra vez um estado do Sarney, hem Anísio??) e vai tentar ganhar na emoção da homenagem ao Joãosinho Trinta. A Vila Isabel vem com a lua de Luanda (de novo???), mas não me empolga.

Os demais ficam na média dos últimos anos, ou seja, fracos. A Imperatriz vem com Jorge Amado, enredo que já foi tentado sem sucesso pelo Império Serrano na década de 90. Teremos dois pintores (Portinari na Mocidade e Romerto Brito na Renascer), um Iogurte (?????) na Porto da Pedra, com Wander Pires insistindo em fazer do "especial" um especiauuuu, o que me irrita profundamente.

União da Ilha, com Londres em ano de jogos olímpicos me parece oportunista e sem graça misturando chá com cachaça. E pra terminar, acho que a Grande Rio quer fazer um desabafo sobre o incêndio que prejudicou a escola em 2011 e perdeu a chance de fazer algo diferente.

Pode ser que ouvindo mais os sambas, eu mude de opinião. Mas por enquanto, é isso.

29 de dez. de 2011

Feliz Spam novo

Antes de terminar 2011, quero agradecer a "Mel na Boca", "Descarte Correto", "Renato Marteletto e sua Feira Orgânica", "Chevrolet Viamar", "às muitas ofertas de apartamentos em São Paulo, mesmo eu sendo do Rio", "Aluguel BH", "Agência de Jornalismo Esportivo da Uerj", "Claudio Pseudo Assessor da Polícia Civil", aos "consórcios picaretas", e a quem cria esses mirabolantes emails de "bancos-de-quem-eu-nem-sou-cliente-mas -que-me-pedem-gentilmente-para-trocar-a-senha-clicando-"aqui", além dos muitos e-mails para adquirir um plano de saúde (qualquer um), comprar Viagra mais barato além de outros para fazer meus pênis crescer dois centímetros e melhorar minha qualidade de vida.

Esses spams me fizeram a vida um inferno em 2012, mas tem problema não. Muitos eu respondi de forma mal educada mesmo e de outros até recebi resposta dizendo que "foda-se, vou continuar entupindo sua caixa de correio com minhas mensagens mala".

Em 2012 a luta continua.

Tudo atrasado

O atraso para a Copa do Mundo de 2014 não está apenas nos estádios, nas obras de infra-estruturas das cidades sede, nos aeroportos, nos hospitais e nos hotéis. A comunicação oficial do Mundial tem um atraso de no mínimo uma semana.

Acabo receber, esta manhã, na minha caixa de correio, uma newsletter oficial da Copa de 2014 com as seguintes notícias: "Valcke diz que 2012 será fundamental para a Copa de 2014"; "Romário se reúne com Ronaldo e Ricardo Teixeira"; "Início equilibrado, fim promissor".

Mandam hoje um boletim com notícias que têm, no mínimo, uma semana. O encontro de Romário com Ricardo e Ronaldo foi no dia 16 de Dezembro. O balanço feito por Valcke foi no dia 19 de Dezembro. A última data das eliminatórias Sulamericanas foi em novembro e só agora o boletim oficial da Copa solta um balanço.

O boletim oficial da Copa do Mundo deve se destinar àquelas náufragos, perdidos em uma ilha deserta e que acabam de ser encontrados e precisam ser atualizados.

Enquanto a Fifa não divulga o conteúdo da investigação do caso ISL tudo funciona a ritmo lento, sem compromisso. Vamos ver se o caso ISL dá um gás na Copa de 2014.

2 de dez. de 2011

Com que roupa eu vou?

No meio da reunião entre Ricardo Teixeira e Ronaldo, quando ambos estarão ardorosamente discutindo os rumos da organização da Copa do Mundo de 2014, hipoteticamente, tocará o telefone celular. O telefone em questão é Claro ou Vivo?

Na hora do almoço, executivo, na mesa de trabalho para não se perder tempo, desgutarão uma iguaria Seara. Mas que refrigerante será servido junto com o uísque: Coca-Cola ou Guaraná?

Ronaldo vai tuitar coisas da Copa com a conta da Claro ou do COL, onde a Oi tem interesse como patrocinadora da Copa?

Falando em twitter, será que ele segue Romário e Romário o segue? Trocam DMs? Se eles começarem a trocar mensagens na rede discutindo se "é melhor ter estádios a hospitais", hem? A coisa promete esquentar. Será que Romário vai dizer do Ronaldo o mesmo que disse do Pelé? Afinal o discurso do Ronaldo anda muito parecido com o do Pelé no que se refere à Copa. Hem, Romário? Hem?

São muitas dúvidas. Pelo menos algumas coisas são certas: Ronaldo estará sempre vestido de Nike (igual ao seu antigo e agora atual porta-voz, que não tira Nike para nada), fazendo barba com Gillette e comprando nos Supermercados Extra.

Para terminar pergunto: e se no dia da final da Copa tiver uma luta do Anderson Silva pelo título mundial do MMA? Onde Ronaldo vai estar: no Maracanã ou na plateia do octógono?

1 de dez. de 2011

Sombra da maldade

A Copa do Brasil tem que ter por função ser a mais democrática competição brasileira. E com 80 clubes em 2012 vai cumprir esse papel. Pode, perfeitamente, reunir os clubes das séries A, B, C, D e outros mais sem perder o charme.

O melhor exemplo vem da Espanha. Lá, a Copa do Rei tem clubes de todas as divisões. E na hora do sorteio os clubes miúdos sonham com o prêmio "gordo" de enfrentar o Real Madrid ou Barcelona de cara. Primeiro porque jogam a em casa (vale até arquibancada metálica para aumentar a capacidade do estádio); e se perderem de cara, ficam com a renda do jogo, que em geral serve para pagar a folha salarial do time de um ano inteiro. Depois, se forçarem uma partida de volta, a coisa fica melhor ainda. Holofotes da grande imprensa e apelido de "Mata-Gigantes". Fama efêmera, mas importante.

Foram muitos os casos assim no Brasil. Quem não se lembra do Paulista de Jundiaí, do Santo André, XV de Novembro de Campo Bom, Baraúnas, ASA de Aarapiraca?

E se na Europa Barça e Real jogam a Liga Espanhola, Copa do Rei e ainda jogam a Liga dos Campeões, não vejo nada demais que os clubes brasileiros joguem o Brasileiro, a Copa do Brasil e também a Libertadores. Só acho que 80 clubes é um número meio exagero. Mas nem tudo é perfeito.

O problema é que o calendário da Conmebol/CBF é uma bagunça. E ainda temos que aguentar, garganta abaixo, um Estadual de janeiro a maio. Sem esse Estadual monstrengo, tudo ficaria mais fácil.

Infelizmente, não dá nem para saber o que Ricardo Teixeira pensou quando decidiu adotar essa e outras mudanças, como a classificação diferente para a Copa Sul-Americana.

O ermitão presidente da CBF só fala com os jornalistas que lhe interessam. Nega-se a responder perguntas que poderiam lhe colocar em apuros. Deu uma "coletiva" esta manhã onde leu um comunicado e foi embora sem responder a nenhuma pergunta. Nem a dos "ídolos". Mas por trás, nos bastidores, segue desfiando suas "maldades" contra seus "inimigos". Há algo de podre no reino da Dinamarca. Mas só o tempo será capaz de mostrar onde ela está. Por enquanto, a maldade é apenas uma sombra.

24 de nov. de 2011

Lista dos melhores

Quando se entra na onda de votar nos melhores do Brasileirão é que se vê como é difícil convocar 22, 23 jogadores para formar uma Seleção. Mas, enfim, isso não é problema meu. Lá vão os melhores, na minha opinião.

Jéfferson (Botafogo), Danilo (Santos), Dedé (Vasco), Réver (Atlético-MG), Vicente (Ceará); Ralf  (Corinthians), Renato (Botafogo), Elkeson (Botafogo) e Diego Souza (Vasco); Neymar (Santos) e Borges (Santos). Téc. Jorginho (Figueirense);

Revelação: Leandro Damião (Internacional)
Árbitro: Sálvio Spínola (Adoro contrariar a CBF)
Craque, claro: Neymar (Santos)

22 de nov. de 2011

Más lembranças

São péssimas as lembranças do desastre ambiental causado pelo petroleiro Prestige, que naufragou na costa da Galícia, Espanha, em dezembro de 2002. A quantidade de Fuel Oil, ou óleo, cru derramadado no mar e que chegou em forma de piche ou "chapapote" nas belas praias do litoral espanhol foram terríveis. Destruição da fauna e da flora marinha, praias inteiras pintadas de preto, quantidades enormes de vidas perdidas pela ganancia do homem.

Estava na Espanha mas do outro lado do país. Não via de perto daquela tragédia. Vi pela TV e ouvi pelo rádio os depoimentos de quem vivia da pesca, do turismo e da natureza local. E deu para sentir, um pouco, o tamanho do drama que até hoje ainda reflete naquela região.

Seria demais pensar que o petróleo me persegue, até porque há petróleo em todo lugar. E ainda mais porque venho de Campos, região petrolífera. Então era de se esperar que, mais dia menos dia, algo pudesse vir a acontecer. Uma vez mais o descaso e a ganância do homem destroem tudo. Há quase duas semanas jogam barris e barris de petróleo puro no mar e já já, eles vão chegar a nossas praias.

E as providências vão sempre em um ritmo mais lento do que esperamos.

Ah, mas a empresa Chevron vai ser multada em R$ 50 milhões!. E daí? A multa vai resolver o quê? Vai comprar água limpa? Algas novas? Peixes novos? Praias sem poluição? Vai servir para conter a maré que leva o petróleo para as praias e para alto mar?

O tempo da natureza é bem diferente do que podemos pensar. Às vezes lenta demais (como quando se recupera de uma agressão como esta), e às vezes rápida demais (e não dá tempo nem se salvar a roupa do corpo). Mas não perdemos por esperar. A natureza, mesmo tratada com desleixo, sabe responder.

19 de nov. de 2011

Quem tem elenco pode tudo

Quem tem elenco tem tudo. E esse Vasco, acima das individualidades, tem elenco. Hoje foi dia de Felipe? Foi. E que noite! Um leque de jogadas maravilhosas aqui em São Januário na noite deste sábado, e um gol para emoldurar uma vitória que faz com que esse Brasileiro fique um campeonato cada vez mais interessante. O time teve um domínio impressionante do jogo e tudo por culpa de um Vasco que voltou a ser o Vasco. Sólido na defesa, insinuante pelas pontas e talentoso no meio-campo.

Parece que foi a primeira vez que Felipe, Juninho Pernambucano e Diego Souza atuaram juntos. Poderia ter dado errado. Ainda mais porque Diego e Juninho não estiveram tão bem. O camisa 10 poderia ter estado mais afinado nas finalizações. O que poderia ter dado ao Vasco a vitória ainda no primeiro tempo. Juninho poderia ter estado mais acertado nas cobranças de falta. Mas e daí? Fez falta? Não, porque hoje era dia de Felipe.

O Avaí até que tentou. Primeiro tentou esperar pela pressão do Vasco e sair no contra-ataque. Mas tudo foi por água abaixo quando Junior Urso foi expulso aos 20 minutos do primeiro tempo. Se a pressão do Vasco já era enorme, só fez aumentar. A coisa só não ficou pior mais ceso porque o goleiro Moretto brilhou. Impediu que o time saísse derrotado ainda no primeiro tempo com ótimas defesas. Com menos um, o Avaí se fechou ainda mais para tentar ao menos o empate. Mas terminou derrotado por 2 a 0 acaba por ser o primeiro time rebaixado neste Brasileiro. Pena, porque é um time com uma bela torcida, um belo estádio e que merecia melhor sorte no campeonato.

Mas voltando ao Vasco e aos outros dois jogos do sábado. Os resultados não poderiam ter sido melhores. Os que lutam pelo título e por vaga na Libertadores entram no domingo pressionados com as vitórias de Vasco e São Paulo. E os que lutam contra o rebaixamento entram pressionados com a vitória do Ceará sobre o Grêmio. Melhor cardápio para domingo e para reta final do Brasileiro, impossível. Que vença, não o melhor, mas o que tiver mais nervos de aço para suportar tanta pressão.

P.S. Parabéns ao Náutico e à Ponte Preta pelo acesso à série A. E o que dizer da Portuguesa: 20 pontos a mais que o quarto colocado. Sen-sa-cio-nal!!

Vídeo antes do jogo Vasco x Avaí

18 de nov. de 2011

Os erros do Rio no fim

Neste campeonato gangora, de 2011, muitos erros foram cometidos. É sempre assim, claro. Mas errar na reta final é complicado.

Vasco: Cristóvão poderia ter feito o time jogar sem atacante uma vez, contra um adversário até então direto (o Botafogo). Deu certo. Ótimo. Mas contra um combalido Palmeiras, era contar com o raio caindo duas vezes no mesmo lugar. O que não é impossível, mas é muito, muito difícil. Mas ainda há tempo. E vencer o Avaí amanhã é ótimo para colocar pressão em cima do Corinthians no domingo. Vai que o Atlético-MG apronta...

Flamengo: Luxemburgo não poderia ter tirado do time os garotos Thomás e Muralha depois da vitória contra o Cruzeiro. Insistir com Renato Abreu e com Willians (ou Airton, dá no mesmo) foi uma péssima decisão. Agora já era. E esse discurso de que os veteranos é que tem de resolver é conversa fiada. Os que têm que resolver são os melhores no momento e ponto. Idade no futebol não é parâmetro na hora que o bicho pega. Pior é que clube, família Assis e Traffic estão em uma guerra surda. E toda a motivação que faltou ao Ronaldinho no fim do Barcelona e no fim do Milan, também chegou ao fim no Flamengo.

Botafogo: Mandar Caio Jr. embora talvez tenha sido o movimento mais errado e antiquado de um dirigente moderno como Mauricio Assunção, presidente do Botafogo. Um dirigente que nos fez acreditar que um mundo do futebol diferente da mesmice dos "próceres" de antigamente ainda é possível. Na gangorra do campeonato atual, não há Loco Abreu de técnico que dê jeito. O Botafogo tem o melhor meio-campo do Brasil, mas se eles não rendem em campo, a culpa menor é de Caio Jr.

Fluminense: Um time confia que demais nos seus atacantes, o que por um lado é bom, mas por outro é péssimo. É cobertor curto. Abel insiste demais em jogar com três e até quatro volantes. E quando a coisa desanda, até o lanterna do campeonato faz a festa. Depende demais de Deco e Fred e isso pode não ser o suficiente na hora agá. Um time com uma defesa nada confiável e com um Diego Cavalieri que não termina de convencer a ninguém.

Enfim, não, não acho que o título já seja do Corinthians. Acho que alguma coisa pode acontecer nessas três rodadas e pode até deixar o título no Rio. Mas que ficou complicado, ficou. E, que mané Figueirense, que nada.

14 de nov. de 2011

Feliz 2012 para a Seleção do Mano

Foi mais uma vitória da seleção brasileira por 2 a 0, mas foi mais uma péssima atuação da equipe de Mano Menezes. Se contra o Gabão, na semana passada, o time jogou em um pântano, teve, desta vez um gramado em melhores condições, em Doha no Catar. O Brasil encontrou um Egito que marcava muito bem. Mas foi uma equipe limitada às arrancadas de Hulk pela direita no primeiro tempo e nas tentativas infrutíferas de Hernanes pelo meio. 

Jonas fez os dois gols da vitória, que é sempre um mérito, mas não jogou bem. No primeiro gol recebeu um passe com açúcar de Hulk dentro da pequena e só teve o trabalho de empurrar para o gol; no segundo estava no lugar certo na hora certa, depois que o goleiro egípcio soltou uma bola fácil depois de uma cabeçada de Fernandinho.

O Brasil não fez nenhuma boa jogada de toque de bola. Fez apenas uma jogada pela lateral, com Alex Sandro pela esquerda, porque Daniel Alves pela direita, foi a Doha passear. Lucas Leiva e Fernandinho são burocráticos, quando a seleção merecia um pouco mais de talento nesse setor, ainda mais contra um adversário fraco. Mano Menezes encerra o ano de 2011 à frente da Seleção com mais dúvidas que certezas.
E segue enchendo de dúvidas também o torcedor, que vê o tempo passando e não consegue ver bons frutos no trabalho do treinador da Seleção. 

Que venha 2012, que os adversários sejam mais fortes e que deem um pouco mais de trabalho à Seleção. Porque, para a história vão ficar as vitórias contra Gabão e Egito, mas para a memória vão ficar mais dois jogos ruins de uma equipe que não empolga ninguém.


13 de nov. de 2011

O pior Flamengo na pior hora

Antes de qualquer coisa o Coritiba foi o justo vencedor do jogo aqui em Curitiba. Fez 2 a 0 com autoridade e poderia ter até feito mais. O Flamengo tem todo direito de se queixar o pênalti não marcado em Ronaldinho Gaúcho ainda no primeiro tempo pelo árbitro baiano Jailson de Freitas. Mas pouco menos que isso. 

Um time que já começou mal na sua escalação inicial. Luxemburgo insiste em fazer de Renato Abreu o volante que ele não é. E para não dar o braço a torcer de que é hora de Muralha ser titular desse time ao lado de Thomás, sequer deixou o jovem jogador no banco de reservas.

Como deu tudo errado no primeiro tempo, quando o Flamengo era Thiago Neves e pouco mais que isso, e perdendo por 2 a 0, teve que colocar Willians em campo para acertar o setor de marcação que era totalmente dominado pelo Coritiba. Só deu resultado porque com 2 a 0 o Coritiba resolveu esperar pelo Flamengo, que só apareceu em jogadas de bola parada.

Não satisfeito em ter escalado mal o time, Luxemburgo ainda voltou no segundo tempo com Fierro no lugar de Airton. Ora, Fierro não é, não foi e nunca será solução dos problemas do Flamengo. Ele e Léo Moura bateram cabeça pela direita, e foi por aí, com Rafinha e Marcus Aurelio que o Coritiba contra atacava. Contra-atacava e obrigava Felipe e salvar o time em pelo menos duas oportunidades.

Luxemburgo ainda tentou uma última cartada, com Jael no lugar de Léo Moura. Mas se no primeiro tempo o Flamengo era Thiago Neves em busca de alguém para tabelar, no segundo tempo nem isso. Ronaldinho foi uma sombra em campo. Se o Flamengo ainda tinha alguma esperança de ganhar o campeonato precisava ter um Ronaldinho decisivo, efetivo. E o camisa 10 do Flamengo esteve muito, muito longe disso.

Se pensar em título ficou ainda mais difícil, temo pela vaga na Libertadores. Os próximos adversários da semana, Figueirense, principalmente e Atlético-GO vão vender caro suas derrotas. Isso se ainda restar forças a esse Flamengo. Talento tem, de sobra, só não está sendo aproveitado como o Flamengo merece.

Vídeo antes do jogo Coritiba x Flamengo

Vídeo antes do jogo Coritiba x Flamengo

7 de nov. de 2011

Torça com moderação

Visita do amigo da CBN Brasília, Ricardo Moreira, à cabine da CBN no Engenhão no último domingo. Torça sempre com moderação, Ricardo. Mesmo que seu time faça cinco gols...eheheheh.

Marcus Vinicius Pinto, Ricardo Moreira, Felipe Santos e Claudio Perrout

Futebol sem matemáticas

O futebol não tem lógica nenhuma. E por isso mesmo é apaixonante. O Flamengo poderia ter perdido o primeiro tempo contra o Cruzeiro por 3 a 0. Tomou o primeiro gol numa falha tremenda da zaga aos 23 de jogo. Quatro minutos depois, Farías acertou o travessão de Paulo Victor e seis minutos depois Montillo sofreu um pênalti de Alex Silva. O zagueiro Victorino bateu, a bola explodiu no travessão e saiu. O Cruzeiro era melhor, dominava e o Flamengo não tinha entrado no jogo. As tentativas do Flamengo eram apenas de chutes de longa distância, com Thiago Neves e Thomás. E foi justamente num chute de longe, que Deivid acertou a trave, a bola bateu nas costas de Fábio e entrou. O Flamengo achava um empate no meio do nada e voltava pro jogo.

Na volta pro segundo tempo, Luxemburgo entrou com Muralha no lugar do Maldonado. O Flamengo ganhou em movimentação, poder de marcação e precisou de apenas três minutos para virar o jogo. Escanteio cobrado por Ronaldinho Gaúcho, Fábio fica olhando e Deivid, na linha do gol cabeceia no fundo. O resultado deixava o Cruzeiro na zona do rebaixamento.

O time mineiro perdeu os nervos o Flamengo precisou de mais seis minutos para ampliar com Tiago Neves depois de lindo passe do Muralha. O Cruzeiro ainda perdia Montillo lesionado. O time de Vagner Mancini se desesperou e levou o quarto aos 12 minutos e o quinto aos 25, novamente om Thiago Neves em uma falha grotesca do goleiro Fábio.

O Flamengo, que começou o jogo longe de uma vaga na Libertadores, 90 minutos depois estava de volta à luta pelo título. E o Cruzeiro tem uma reta final das mais complicadas. Enfrenta nada mais nada menos que quatro adversários diretos na luta contra o rebaixamento. A gangorra do campeonato brasileiro não para de se mexer.

Vídeo antes do jogo Flamengo x Cruzeiro

5 de nov. de 2011

Olho aberto com o Figueirense

Colocar toda culpa no Caio Jr. pela derrota deste sábado diante do Figueirense é fácil demais. A torcida pode achar que o técnico inventou barrando o Herrera no primeiro tempo e armando o time com três volantes, adiantando o Renato. Mas deu resultado. O Botafogo fez um primeiro tempo melhor que o adversário, criou mais oportunidades. Mas e por que não venceu? Porque aos cinco minutos o Jéfferson falhou feio e permitiu ao atacante Julio Cesar abrir o placar num lance bobo. Lance defensável que goleiro de seleção brasileira não pode aceitar. Muito menos a seis rodadas do fim do campeonato. 

No segundo tempo, Caio Jr. desfez a tentativa de mandar o Botafogo à frente e voltou com Herrera no ataque. Mas, curiosamente, o Botafogo foi pior no segundo tempo com a formação que o torcedor está acostumado. Claro que pegou um Figueirense cada vez mais fechado, tentanto apenas o contra-ataque, mas sem lá muita disposição. Méritos também para a ótima atuação do zagueiro Édson Silva.

O Figueirense venceu com méritos, porque fez o que o Botafogo não fez: gol. E com justiça dorme com uma vaga na Taça Libertadores. Acho que o Botafogo se despediu da luta pelo título, mas nesse campeonato tudo pode acontecer. E esse Figueirense ainda vai enfrentar Flamengo, Fluminense e Corinthians e pode ser o fiel de uma balança que não para de se mexer.

Vídeo antes do jogo Botafogo x Figueirense

4 de nov. de 2011

Agradecimento a um amigo

Os tempos são difíceis, as notícias não andam sendo boas para muitos de nós este ano. Mas quando um amigo diz adeus para curtir a vida, enche a gente de alegria e de saudade da boa. Abro um parêntesis aqui neste blog para deixar meu agradecimento ao amigo Chiquinho de Assis, operador de áudio da Rádio Globo, que se aposentou esta semana.

Trabalhamos juntos desde janeiro de 2007, quando entrei na Rádio Globo, até o fim da Copa do Mundo de 2010, quando vim definitivamente para a CBN. Foram três anos e meio de muita camaradagem, algum stress, muitas risadas e, por minha parte, de um aprendizado ímpar. Aprendi o que é trabalhar em equipe. E quase sempre uma equipe de dois, vendo futebol dentro de um estúdio, para por no ar esse canhão que é o Futebol Show da Globo.


Todos nós que nos acostumamos com as vinhetas dos clubes, fiu-fius da Globo, gonguinho do tempo durante os jogos, temos que saber que tudo sai à perfeição porque na mesa de áudio da Rádio Globo, pelo menos nos últimos 20 anos, eram frutos do talento de Chiquinho de Assis. 


Chiquinho me ensinou muito. Da tranquilidade, do bom humor e de como é ruim a gente se acostumar com quem trabalha com esmero, com talento, com dedicação e com amor a uma profissão. Chiquinho é um profissional e um amigo de quem vou sentir muita falta. Aliás, já sinto falta desde o ano passado. Mas pelo menos sei que ele vai aproveitar a aposentadoria para curtir a esposa, curtir os netos e dar risada da vida.

Ah, e, agora um recado direto pra ele: - Veja se vai ao Ceará ver sua terra, amigo Chico. Você merece tudo de bom. Aproveita. Você merece.

27 de out. de 2011

Obrigado, Tchê

Quando fui convidado para trabalhar no Sistema Globo de Rádio, em 2006, o Alvaro Oliveira Filho me contou o que eu iria encontrar no ambiente do trabalho. Colegas, dificuldades, desafios. Mas me disse uma frase que eu nunca mais esqueci: "O Luiz Mendes é alguém que cuidamos com carinho, porque é uma pérola das mais preciosas que temos na rádio e temos que cuidar muito bem dele".

Como responsável pelas transmissões, tentava me esmerar para sempre atendê-lo com presteza, rapidez e tentando sempre aprender com sua paciência, sua sabedoria, sua gentileza, seu carinho para com todos os colegas, coisas que jamais lhe faltaram. Tenho orgulho tremendo dos cinco anos em que passei privando de sua amizade, de suas palavras sinceras e de sua sabedoria.

Obrigado Tchê, impossível esquecer de tudo o que você nos ensinou. Descanse em paz, amigo Luiz Mendes. Que orgulho poder ter trabalhado com você e poder ser seu amigo.

Elizabeth e Eu com o amigo Luiz Mendes

24 de out. de 2011

Polegar e a digital

Assistindo à ótima entrevista feita pela repórter Beth Luchesse, da TV Globo, no Fantástico de ontem, ao traficante Polegar, preso no Paraguai, fiquei me perguntando: como é fácil mentir nesse país, com a cara lavada.

Polegar levava vida de luxo. Carros de luxo pagos em dinheiro, mordomia num casarão todo equipado no país vizinho e teve a cara-de-pau de dizer que ganhava R$ 1200,00 por mês. Mas sequer conseguiu explicar o que fazia para sobreviver: talvez algo de instalação de cercas elétricas, mas que ele, apesar de estar lá há quase dois anos, ainda não tinha feito nenhuma. E recebia salário por isso. Por não fazer nada.

Ora, o que Polegar fez não é nada diferente do que fazem alguns políticos na TV, no rádio ou no jornal. Que mesmo filmados recebendo boladas de dinheiro, pegos com a boca na botija, negam de pés juntos e dizem que é tudo armação, perseguição da imprensa, montagem.

Não sei o que é pior: ou o Polegar, ou as digitais que apertam os botões de voto no Congresso Nacional onde a ética já foi ralo abaixo, ou em gabinetes de ministros, secretários, chefes disso ou daquilo, onde canetas assinam a morte moral de um país regido a falcatruas, tramas ilícitas e a mentiras deslavadas.

21 de out. de 2011

Tabela da Copa

Chego tarde ao tema, mas chego depois de ler bastante, de refletir, mas ainda sem tempo suficiente para analisar a tabela com detalhe. Mas vou dar alguns pitacos. Para começar não vejo nada demais em a Seleção jogar no Rio apenas na final. Se chegar à final. Não vejo normal é a Seleção jogar duas vezes em Fortaleza. 

Tudo é politicagem. Jorge Luis Rodrigues, de O Globo, analisou com propriedade, como sempre: Ricardo Teixeira tucanou contra o governo Dilma. São Paulo, Belo Horizonte e Fortaleza provam isso. Brasília é um caso à parte; ali é para agradar a todos (lembram da farra que foi Brasil x Portugal em 2009?). Por outro lado, pisou na cabeça de Porto Alegre (terra da presidente), e no Rio de Janeiro, terra de Cabralzinho, aliado da Dilma.

Em termos de viagem não há nenhum trecho Porto Alegre-Manaus (em 94 o Brasil fez São Francisco - Detroit, um trecho bem parecido). O quarto time do grupo E vai ter que ir, no máximo de Curitiba a Manaus. Se não for de Webjet, moleza. O resto está até bem distribuído. Todo mundo vai poder ir à praia. 

Os horários, a única novidade que não tinha sido antecipada pelo Jornal Nacional na quarta-feira, são bons. Vá lá, uma da tarde é o mais pesado. Mas se for não for em Cuiabá, Manaus, Recife, Fortaleza ou Rio (e aí sobram poucas opções) até que tudo bem. Cinco da tarde e sete da noite são os horários ideais. Para nós e para os europeus. E, por fim, não conseguimos nos livrar do jogo da dez da noite. Enfim, já estamos acostumados. 

Pena que a cerimônia do anúncio tenha sido muito chinfrim (a cara do Comitê Organizador), sem emoção, sem novidades. Politicagem demais, emoção de menos. 

16 de out. de 2011

Explica melhor

Tenho acompanhado com atenção as coletivas do técnico do Flamengo, Vanderlei Luxemburgo, nos últimos tempos. E nem reparo na quantidade de "porras" e "sacanagens" e outras palavras de mais baixo calão utilizadas pelo treinador ao vivo nas rádios e TVs de todo o Brasil. Isso não me espanta mais. O que me espanta é capacidade de Luxemburgo de falar de tudo, menos de futebol.

Luxemburgo, que é um grande estrategista do futebol e talvez por isso tenha ganho tantos títulos, parece ter se cansado de falar do assunto. Fala mal da arbitragem, de regulamento utilizado contra sua equipe, do excessivo número de cartões, lembra pontos perdidos em jogos ganhos de outras eras, fala de fatores extra-campo, dá (até) desculpas esfarrapadas. Mas explicar para o torcedor como joga seu time? Disso, nada.

Talvez Luxemburgo acredite ter chegado a tal nível de excelência e conhecimento no futebol que não admita ser questionado quando seu time erra, ou ser elogiado quando seu time acerta. Como foi o caso do sábado, na vitória de 1 a 0 sobre o Ceará em Fortaleza, gol de Deivid.

Nesse jogo, por exemplo, Vanderlei perdeu uma ótima chance de explicar como conseguiu, desde antes da partida, neutralizar o time do Ceará. E como, depois de perder Ronaldinho Gaúcho, expulso, conseguiu arrumar seu time com três substituições na hora certa e chegar aos 51 pontos no Campeonato mantendo-se na luta pelo título.

Explicar para quem? Para mim, que sou jornalista e entendo pouco do assunto? Para o torcedor que entende só de comemorar gols? Solitário em seu profundo conhecimento, Luxemburgo acha melhor jogar palavras ao vento, sempre com um sorriso nos lábios, entre o irônico e o irritado, e ver até onde vai sua paciência conosco, pobres mortais metidos nesse mundo da bola.

14 de out. de 2011

O banco é que é o problema

E começo dizendo que, apesar do título do post, não estou falando de economia. Muito embora o grande problema da crise econômica por que o mundo passa nesse momento esteja, em grande parte, concentrada nos lucros excessivos dos bancos aos longos dos últimos anos, e que agora andam mais quebrados do que eu após uma volta de bicicleta na Lagoa.

Falo dos bancos de reservas dos clubes brasileiros. Vamos olhar com atenção, por exemplo, o banco dos sete primeiros colocados. O Corinthians tem banco? Quando falo banco, falo de o técnico ter à disposição aquele jogador que entra e muda a cara do jogo. Corinthians tem? Não tem. Eventualmente tem o Adriano na reserva, que faz a diferença sim, mas que duvido consiga entrar em forma até o fim da competição.

Competição aliás, que acaba em menos de dois meses.

O Vasco tem? Tem o Élton, mas que não chega a ser aquele grande jogador, de garantia de sucesso. Além dele, mais do mesmo. E o São Paulo tem? Tem Rivaldo, que oscila entre titular e reserva, mas que me parece mais um ex-jogador em atividade. E o Botafogo? Muito menos. Caio Jr. tem um ótimo time titular, mas quando tem que lançar mão de algum reserva, põe em campo e reza para dar certo.

O mesmo passa com o Flamengo de Luxemburgo. Bom time titular e pouco mais que isso, embora o técnico insista em achar que Fierro possa resolver alguma coisa. O Fluminense tem? Nesse bolo todo considero o Rafael Moura um dos melhores reservas  dentre todos os times acima. E o Inter? Sim, ainda conto com o Inter na reta final. Tem esse bom João Paulo, rápido, driblador. Talvez nessa contagem, o sexto e o sétimo colocados atuais sejam os que podem marcar diferença nessa reta final.

Ainda assim é pouco. Os elencos estão bem montados, a disputa pelo título é dura, mas falta quem saia do banco e marque a diferença. Isso acontece eventualmente. E na eventualidade pode-se ganhar nada mais nada menos que o título do Brasileiro.

13 de out. de 2011

Sorte do Flu que o Fred chegou

Time que tem Fred disposto tem que lutar pelo título do Brasileiro. Pode não ser o time mais criativo nem mais o regular do mundo, mas é um time que tem que faça a diferença. E muito mais quando tem coadjuvantes inspirados como hoje estiveram Mariano, Deco e em menor parcela, mas não menos importante, Rafael Sóbis. Fred fez três gols como todo artilheiro gostaria de fazer: um golaço de bicicleta, outro de oportunismo após falha da zaga e outro de cabeça, de olho aberto, certeiro.

O Fluminente tem problemas? Tem. E não são poucos. A zaga é um queijo suíço. Digão entrou e saiu dando calafrios ao torcedor. Elivélton até que entrou melhor e ao lado de Marcio Rosário deu menos sustos no torcedor. E Abel tem que definitivamente abandonar essa história de encher o time de volantes. Esse time com Deco e Lanzini é outro, bem diferente de um time com Diogo, Edinho e Marquinho. O Fluminense não precisa ser tão cauteloso, para não dizer medroso.

Sofreu contra um Coritiba que sonha com a Libertadores, mas que apesar de ser bem certinho, não é para tanto. O Coritiba é para estar na parte intermediária da tabela, pode roubar um que outro ponto dos clubes grandes, mas pouco mais que isso. Ainda assim o time de Marcelo Oliveira foi ousado, teve suas opções e por pouco não complicou a vida do Fluminense. Como bem disse Abel: decidiu o craque. Se não fosse isso, o time poderia hoje estar lamentando mais um tropeço.

Ao contrário, está a apenas quatro pontos da liderança e cada vez mais na briga para ser campeão.

Vídeo de antes do jogo Fluminense x Coritiba

9 de out. de 2011

Alerta vermelho no Vasco

O Vasco mereceu a derrota em Porto Alegre por 3 a 0. O time perdeu para o Inter e para a falta de ousadia do Cristóvão Borges. O time começou sendo dominado pelo Inter, o que era normal, por estar no Beira-Rio, mas deu liberdade demais ao D'Alessandro. O argentino distribuiu o jogo como quis, a defesa do Vasco ficou olhando e só não saiu do primeiro tempo perdendo de goleada porque Fernando Prass fez pelo menos quatro ótimas defesas, salvando o time.

Aos poucos o Vasco foi tentanto equilibrar as coisas, e Diego Souza era o mais lúcido e teve duas boas oportunidades até de deixar o Vasco em vantagem. Na primeira com um voleio lindo depois de cruzamento de Éder Luis e depois em uma cabeçada após cruzamento do Fagner.

Veio o intervalo e os problemas do Vasco, ao invés de acabarem só aumentaram. Cristovao Borges tirou Felipe que voltava de dois meses parado e sentiu o ritmo de jogo e ao invés de colocar o Bernardo, recuou ainda mais o time. Colocou o Diego Rosa. Tentou reforçar a marcação mas acabou dando ainda mais campo para o Inter atacar. Aos 4 minutos D"Alessandro fez o primeiro, o Inter era dono absoluto da partida e o técnico do Vasco não reagia.

Na saída do campo, Diego Souza disse a pura verdade: O vasco não esteve em campo. Do lado do Inter, Dorival Jr. não se contentou. Colocou o João Paulo no lugar do Andrezinho e mandou o Inter ainda mais pra cima. Bernardo só entrou depois que o Inter fez o segundo. D'Alessandro bateu falta, Jô desviou e Índio fez o segundo do Inter. O Inter se aproveitou da extrema fragilidade defensiva do Vasco e fez o terceiro com o Tinha no finalzinho do jogo.

Fernando Prass evitou um resultado ainda pior e Diego Souza foi o único que ainda tentou levar o Vasco ao ataque. Que Dedé volte logo, porque senão esse time do Vasco pode sofrer mais nessa reta final de campeonato. O alerta está ligado e é hora de reagir.

Vídeo antes do jogo: Inter x Vasco no Beira-Rio

8 de out. de 2011

Em busca de paz

Eu sei que há coisas que só acontecem ao Botafogo. Mas não foi o caso deste empate contra o Bahia neste sábado em São Januário. O time sabia que iria encontrar um Bahia retrancado e até que começou bem, pressionando, tendo uma ótima chance na bicicleta do Alex logo aos dois minutos. O time começou a se perder na forte marcação do time do Joel Santana e acabou levando o gol num erro de marcação do Cortês, que parece que ainda não voltou do jogo da seleção. O Botafogo ainda ficou com um homem a mais no fim do primeiro tempo mas isso fez pouca diferença.

No segundo tempo Caio Jr. mexeu bem no time, armou o Botafogo com três zagueiros e em 12 minutos virou o jogo. Primeiro com Alex e depois com Caio sempre em jogadas de Elkesson. Mas três minutos depois de virar o jogo, uma bobeira do Marcelo Mattos, pênalti pro Bahia e novo empate. O Bahia se fechou ainda mais e até o fim o Botafogo tentou, tentou e tentou. Quase sempre de longe, sem lá muito perigo. No fim o time ainda teve a chance com Renato, mas a bola bateu na trave e saiu.

Mais do que buscar seu reencontro com a vitória, o time de Caio Jr. precisa buscar sua paz interna. Caio Jr. começa a ter problemas com alguns jogadores e deu um golpe de autoridade em Marcio Azevedo, Somália e neste último caso com Éverton. Resta saber se Caio Jr. vai ter apoio para levar esse tima adiante. Apoio dos dirigentes, apoio dos medalhões do elenco, porque tempo ainda dá. O time tem um jogo a menos e isso pode fazer toda a diferença. Mas além de tudo isso uma coisa é certa: o time precisa reencontrar e com urgência seu bom futebol.

Vídeo antes do jogo Botafogo x Bahia

7 de out. de 2011

Ela voltou

A bicicleta voltou da oficina.

Selim alto e muito mais confortável, sem ruído na corrente, com tudo no lugar, corrente firme.

Agora só falta testar.

Fui ao médico e o que pensei que fosse uma íngua, ou um caroço, nada mais é que um pelo encravado que: ou vai desaparecer ou vai explodir em forma de furúnculo. Portanto, nada que seja desculpa para voltar a rodar e começar a perder peso de verdade.

Xô preguiça!

Obs. Será testada neste sábado.

5 de out. de 2011

Eu quero a minha...Parte 2

A aventura com a minha bicicleta nova teve hoje mais um capítulo. Foi dia de levá-la na oficina autorizada.

Cheguei lá e fui explicando ao homem que queria saber se a bicicleta tinha jeito. Se não, iria devolvê-la à Track & Bikes. Ele fez cara de quem também duvidava da qualidade do camelinho, mas tentou me animar. Começamos

Expliquei tudo o que tinha acontecido: primeiro, a corrente tinha pulado fora na primeira tentativa de andar. "A corrente saiu na frente ou atrás?", ele quis saber. Na frente. "Para dentro ou para fora?". Para dentro. "Hum...vou apertar aqui", disse ele me mostrando dois parafusinhos que quase não se viam perto do pinhão.

Disse-lhe também que o pedal tinha escapado por volta do quilômetro quatro, na segunda tentativa efetiva de usar a bicicleta. Ele explicou que às vezes o pedal pode escapar no quilômetro um ou no quilômetro um milhão. Acha que dei azar. Disse-lhe também que tinha tentado apertar o pedal com uma chave de fenda, mas ele riu e disse que não adiantava. Era preciso uma chave especial. Ah...disse eu com cara de bobo.

A Caloi vinha com uma chave que servia para tudo. Hoje em dia, as bicicletas não vem com nada. Nem com um selim que preste.

Falando em selim, pedi ao sujeito para subir o canote porque estava afundado no selim. E pedi para colocar outro selim, com duas molas. Ele riu e respondeu: "Esse selim que vem com a bicicleta é muito ruim. Custa R$ 8". Ok, minha bunda entendeu o recado e agradece, apesar de estar doendo até hoje. Paguei R$ 25 reais no selim novo.

Amanhã vou lá pegar a bicicleta. Não sei se vou poder testar. Pelo esforço da semana passada com a bicicleta ganhei uma íngua na virilha e só na sexta-feira meu médico vai dizer quando essa aventura vai recomeçar. Se é que vai recomeçar. Ou dá certo ou devolvo ela. Ou, quem sabe, ponho um anúncio nos classificados.

4 de out. de 2011

Andamento das obras que não andam

Pode ser implicância da minha parte, mas não é.

Não sou desses que acha a Copa do Mundo no Brasil um absurdo, embora o dinheiro jogado pelo ralo seja em grande quantidade.

Mas pelo que se vê, em outubro de 2011, do andamento das obras do estádio, divulgado pelo portal do Governo não é nada animador.

Deixo o link abaixo para quem quiser dar uma olhada. Talvez Brasília e o Castelão sejam os mais adiantados. Mineirão e Maracanã correm por fora.

O resto...

Monitoramento mostra estágio de obras em estádios | Portal da Copa do Mundo 2014

2 de out. de 2011

Escapando da goleada

O Botafogo escapou de levar uma goleada histórica aqui no Serra Dourada. Levou dois gols com dez minutos de jogo e não foi capaz de reagir a um Atlético-GO que tem um meio-campo pra lá de interessante, um ataque rápido, um ótimo goleiro e uma defesa bem ajeitada.

Já o time de Caio Jr. foi incapaz de sequer uma boa jogada que pudesse levar perigo ao gol do Márcio. Muita gente diz que a convocação de Jéfferson, Cortês e Elkesson fez mal ao Botafogo. Conversa. Jéfferson salvou o time de uma goleada; Elkesson até que tentou alguma coisa. Mas Cortês foi mal. Se todos tivesse ido mal, até seria aceitável essa teoria. Mas a zaga esteve batendo cabeça, Marcelo Mattos e Renato irreconhecíveis, os laterais não apoiaram nada e Abreu e Herrera ficaram totalmente presos na marcação.

Se o Botafogo tinha pretensão de ser vice-líder, mas não fez sua parte. Precisa abrir o olho, porque contra o Bahia na próxima semana sem Jéfferson, sem Loco Abreu e sem Herrera e não pode nem pensar em novo tropeço. E o Atlético-GO pode respirar aliviado. Nem se quiser vai lutar contra o rebaixamento. Vai ganhar vaga na Copa Sulamericana com todo mérito.

Vídeo antes do jogo: Atlético-GO x Botafogo no Serra Dourada

29 de set. de 2011

Botafogo: deu pro gasto

O Botafogo não jogou bem e o empate acabou sendo bom, tanto para o time de Caio Jr. quanto para o time do Santa Fé, na noite desta quinta-feira pela Copa Sulamericana. Na verdade, com apenas dois titulares, o resultado ficou na medida certa para o que o técnico Caio Jr. planejava. 

O técnico teve até que lançar mão de Elkesson no segundo tempo para o Botafogo conseguir dominar o jogo e incomodar o gol da equipe colombiana. Caio também reaparecer e fez um belo gol para mostrar ao time que pode ser importante na reta final do Brasileiro. 

O Botafogo só volta a pensar na Sulamericana daqui a um mês e até lá tem muito para saber se vai valer a pena ou não investir na sequencia da competição. Acho, sinceramente, que a tabela do Botafogo no Brasileiro é bem favorável para que, no dia 25 de outubro, data do jogo da volta contra o Santa Fé, em Bogotá, o time já vai estar em uma situação mais confortável e consolidada no Brasileiro. Por que não dizer, até mesmo na liderança da competição. 

Agora é esquecer o Santa Fé e pensar no Atlético-GO, que é um time enjoado.  

Vídeo antes do jogo: Botafogo x Santa Fé no Engenhão.

Clube do Bolinha

Quando eu era pequeno, Bolinha era um comunicador da Rádio Campista Afonsiana, emissora que pertencia aos padres Redentoristas de Campos, onde meu irmão começava a dar seus primeiros passos como locutor. Sujeito simpático, pra cima era o Bolinha. Nunca mais soube dele.

Depois Bolinha veio a ser o Edson Cury, apresentador do Clube do Bolinha nas tardes de sábado na Bandeirantes. Tardes de sábado que para mim tinham o perfume da mortadela que meu pai comprava, primeiro no Supermercado Farturão, depois nas Casas Nunes e mais tarde ainda nas Casas da Banha, em Campos.

Meu pai era um maníaco por ir ao supermercado e acho que das muitas manias que herdei dele, essa talvez seja a mais saborosa.

Nos últimos tempos Bolinha, também comunicador, passou a ser sinônimo de coisa ruim. Ele, sua mulher, seu irmão e sua corte passaram a ser sinal de retrocesso, de estagnação, de um coronelismo capaz de fazer Zezé Barbosa corar de vergonha. Uma terra que tinha tudo para dar certo, mas que como diz meu amigo Antonio Fernando Nunes, parou na curva do Rio Paraíba do Sul.

Um pena que gente assim seja capaz de tratar tão mal sua própria terra e sua gente.

27 de set. de 2011

Saudades da minha...

Após meses de sedentarismo puro e quase três semanas depois de comprar e mandar montar minha bicicleta nova, lá fui eu para duas, repito, duas voltas na Lagoa. Já tinha tentado esse recomeço há duas semanas, mas a corrente saiu na esquina e voltei para casa.

Hoje foi diferente. Passada rápida no posto de gasolina para deixar o pneu na calibragem certa para meu peso e, sai da frente que quero pedalar!!!

Estranhei a bicicleta nova. É a primeira vez que uso uma Track & Bikes depois de uma vida inteira ligada à Caloi, com breve passagem pela Monark BMX nos idos de 84.

Ouvi o barulhinho incômodo, mas gostoso confesso, da corrente nova em contato com o cassete. Lembrei do ruído das transmissões de ciclismo na TVE, na Espanha, nas tardes de verão europeu. Bom, vamos em frente: Piraquê, Parque dos Patins, Lagoon, Remo do Flamengo e...primeira pausa para relaxar as pernas.

Não tinha andado nem 2 km e já estava exausto.

Passando o Caiçaras mais uma parada. Caminhada rápida para o sangue circular nas pernas. Aí resolvi parar de frescura. Bora, gorducho, pedala aí!!! Fui bem. Marcha leve até passar o remo do Botafogo. Menos de 2 Km para casa e .... caiu o pedal esquerdo!!!

Inacreditável !!! A Track & Bikes já te obriga a ir no centro da cidade para montar a bicicleta nova. Não tem um ponto de montagem na Zona Sul do Rio. Incrível !!! E a montagem é uma porcaria. O selim ficou baixo demais, os pneus vieram mal calibrados e ainda cai o pedal no meio da caminho. Amanhã vou numa lojinha perto de casa resolver essas pendências. Prefiro pagar.

Que saudade da minha Caloi!

26 de set. de 2011

O titular da Seleção Brasileira

A atuação de Diego Souza contra o Cruzeiro foi de gala. O terceiro gol então mostrou que a parceria com Juninho Pernambucano é de sucesso absoluto. Mesmo sem Éder Luis, que dá velocidade ao time, o Vasco soube construir a vitória no meio-campo. Uma marcação eficiente e um toque de bola que fez a torcida do Cruzeiro, sem Sete Lagoas, passar três ou quatro minutos gritando olé.

O Vasco tem um elenco experiente e que sabe superar ausências, mudar estilo de jogo e não se atrapalhar. Isso é uma solidez que pode levar ao título, embora o campeonato siga embolado e qualquer previsão neste momento é precipitada.

Diego Souza já está em Belém com a Seleção Brasileira e merece ser titular contra a Argentina na quarta-feira. Está jogando muito. Fez os três gols contra o Cruzeiro e poderia ter feito mais um ou dois. Os números do scout on line da rádio CBN mostraram bem os números do jogo: foram 13 finalização certas do Vasco contra 2 apenas do Cruzeiro. Dessas 13 finalizações, 3 foram dentro de gol e pelos menos outras seis foram chances claras. E aí, capítulo à parte para o goleiro Fábio, do Cruzeiro.

Se não fosse o Fábio, a goleada poderia ter sido maior. Deixemos de fora o lençol que levou de Diego Souza no terceiro gol. Qualquer goleiro ontem levaria aquele lençol. Fábio, ao lado de Montillo e um nível mais abaixo Roger, são os únicos capazes de salvar esse Cruzeiro de lutar contra o rebaixamento. O que é uma pena para um time que prometia tanto no início do ano. Desorganizado, sem idéias e com a pressão de uma torcida que ontem começou a abandonar o time.

Jogo de dois extremos: um Vasco cada mais constante e um Cruzeiro cada vez menos equipe de futebol.

24 de set. de 2011

Falta de ousadia do Abel

O Fluminense pecou na falta de ousadia do seu treinador e deixou de ganhar três pontos contra o Atlético-PR na Arena da Baixada. Empatou em 1 a 1 e só chegou a esse resultado graças a um empate, de pênalti, aos 48 minutos do segundo tempo em um gol marcado por Fred. Abel Braga mandou a campo contra um time que passou todo o campeonato na zona do rebaixamento com 4 volantes. Optou por Diguinho na vaga de Lanzini e só mexeu no time aos 24 do segundo tempo e depois do gol de Paulo Bayer, onde um contra-ataque ruiu o esquema ultra defensivo armado por Abel. Acho que se o gol do Atlético não tivesse saído, talvez Abel tivesse ficado satisfeito com o 0 a 0. Mas o resultado adverso obrigou Abel e mexer no time para tentar tornar o time menos burocrático e um pouco mais criativo. E não conseguiu. 
Abel mexeu e mexeu mal. Colocou Lanzini e tirou Diogo. Certo. Colocou Martinuccio e tirou Rafael Sóbis, quando deveria ter tirado outro volante. Mas tirar volantes deve ser contra os princípios do técnico do Fluminense. Se o jogo foi ruim com um festival de passes errados, o árbitro Wagner Reway, aspirante à Fifa do Mato Grosso foi ainda pior. Deu um pênalti inexistente no primeiro tempo de Diogo em cima de Wagner Diniz. Cleber Santana bateu mal e Cavalieri pegou. Deixou de dar cartão ao atacante Garcia que fez um gol com a mão, que foi bem anulado pelo bandeira. No 2º tempo deixou de expulsar o Deivid por falta violente sobre Rafael Sóbis e deixou de dar pênalti em uma jogada em que Rafael Santos cortou um cruzamento com um soco. 
Deu falta fora da área, mas expulsou o zagueiro paranaense por 2º cartão. Acertou no pênalti de Manoel sobre Lanzini aos 47 do segundo tempo mas aí já tinha perdido o controle do jogo e ainda teve que esperar quase dez minutos para deixar o campo. Teve que suportar as reclamações de todo o time do Atlético-PR, expulsou um jogador na confusão o que causou ainda mais irritação da torcida do Atlético-PR, e a polícia teve que intervir com violência. Empate triste para um triste jogo de futebol em que o árbitro atrapalhou ainda mais.

Dizer adeus, dizer a Deus

O ano de 2011 ainda nem chegou ao fim mas para mim foi o ano das despedidas. Tive que dizer adeus muito cedo a dois seres humanos maravilhosos, que jamais chegaram a ganhar um carinho de seu pai e de sua mãe, mas que fizeram dois corações baterem mais forte.

Leticia e Antonio vieram cumprir sua missão na Terra sem que eu, mero mortal, fosse capaz de entender o significado de duas vidas que duraram tão pouco, encheram vários corações de alegria e depois de uma tristeza profunda, que só quem perdeu um filho é que sabe.

Pior é perder dois. No mesmo ano, em condições idênticas.

Perguntar o que a Deus? Nada. Quem confia não faz questionamentos vãos. Sofre e, dentro de sua dor, diz adeus, e recomeça. Ainda bem que esse mesmo Deus colocou no meu caminho uma mulher incrível, que não me deixa desanimar um minuto e nós dois, lado a lado, vamos ter muitas alegrias juntos.

P.S. Gostaríamos de agradecer, e muito, aos médicos Flávia Magalhães, Gabriela Andrews, Paulo Marinho, Fábio da Matta, Elênio Tolomei e Cristiane Alves da Clínica Perinatal, de Laranjeiras, pelo carinho com que fomos atendidos e tratados nos seis dias que passamos lá. Agradecimentos também aos médicos plantonistas, enfermeiras e técnicas de enfermagem pelo cuidado e atenção.

22 de set. de 2011

O tempo está acabando

Se jogadores e Vanderlei Luxemburgo negam atritos e problemas internos, tudo bem. Até finjo acreditar. Mas algo precisa ser feito para que a torcida do Flamengo volte a ter esperanças de conquistar o Campeonato Brasileiro. E se ninguém tem coragem de tomar uma decisão, com toda sua experiência, o técnico do Flamengo precisa tomar a frente: Renato Abreu e Thiago Neves precisam ser sacados do time.

Loucura? Pode até ser. Mas ninguém pode se considerar intocável numa equipe que não funciona.

Thiago Neves e Renato Abreu se arrastam em campo e o tempo de reação está acabando. Nas próximas três rodadas o time precisa dizer se quer ou não lutar pelo título do campeonato.

20 de set. de 2011

Maranhão 66 - Glauber Rocha

José Sarney depois desse vídeo nunca mais seria o mesmo.
Mas, e o Maranhão? Vejam e me respondam.

Previsão: o Não Time Ideal de 2012

Não vou fazer aqui previsão de quem vai ganhar o Brasileiro. Nem de quem vai ganhar vaga na Libertadores ou na Sulamericana em 2012; ou mesmo quem vai ser rebaixado ou quem vai conseguir se salvar na última rodada com xis número de pontos. Não sou vidente.

Apenas vou fazer um exercício do time ideal que não vai existir em 2012.

Não vai existir porque os jogadores que serão listados abaixo já deram o que tinham que dar e podem ir dizendo adeus ao futebol profissional em pouco mais de três meses.

Fábio Costa; Edmílson, Ronaldo Angelim, Chicão e Gilberto. Gilberto Silva, Rivaldo, Deco e Paulo Bayer; Fábio Jr. e Magno Alves. Téc. Antonio Lopes.

Concorda? Não? Tem mais nomes para sugerir? Deixe aqui seu comentário.

16 de set. de 2011

Contagem regressiva

Não, não vou falar dos 1000 dias que faltam para o começo da Copa. Ouvindo, vendo e lendo tudo o que está sendo dito nesta sexta-feira sobre o início da Copa do Mundo de 2014, o que mais me preocupa é outra data, mais próxima e também outra sexta-feira: 7 de outubro, dentro de 21 dias (21 é sete vezes três).

Esse é o dia marcado para o início das Eliminatórias Sulamericanas para a Copa do Mundo. Do jeito que as obras no Brasil estão atrasadas, a Fifa bem que pode começar a coçar a cabeça e pensar num plano B de verdade. Mas para levar a Copa do Mundo para outro país é preciso tomar uma decisão rápida, para poder incluir o Brasil nas Eliminatórias.

Não é justo que um país que não consegue entregar 12 estádios prontos, mesmo tendo sete anos de tempo de preparação (olha o sete aparecendo de novo), tenha vaga garantida em um mundial que se prevê um grande fiasco, ou no mínimo, um grande improviso.

Se a Copa de 2014 não for no Brasil (algo que os governistas e ufanistas sequer cogitam, embora seja algo ainda possível) a seleção de Mano Menezes teria sim que disputar as Eliminatórias. Bom, aí vai ser outro "Deus nos Acuda". Porque esse time anda bem chinfrim, e faltam só 1000 dias para que um time seja montado. O tempo é curto.

15 de set. de 2011

Liga de novo

Nossa estagiária foi assaltada aqui na porta da rádio. Agora há pouco. Dois vigaristas de moto levaram-lhe a bolsa com tudo dentro. Ela voltou para a rádio, em pânico, e em cinco minutos bloqueou os cartões de crédito. Mas daí a conseguir bloquear o chip do I-Phone que acabou de comprar...Isso são outros quinhentos contos de réis.

Foram quase 50 minutos de ligações infrutíferas para a TIM, a operadora dos homens azuis, que vende ilusões e não resolve nada quando você mais precisa.

Ligou para o número gratuito. Mandaram ligar pra outro. No outro, mandaram ligar novamente para o mesmo, porque tinha caído no lugar errado e o sistema não deixava transferir.

Ela ligou de novo. Pro mesmo número. Mandaram ligar de novo, pro mesmo número, porque agora tinham que passar pro setor de pós-pago e a bosta do sistema não consegue acessar os dados. Ligou de novo. E, incrível, o número dela não constava nos cadastros da TIM.


Ainda nervosa com o assalto, ela, ironicamente, respondeu: "Se eu não consto no cadastro, espero que a conta também não chegue no fim do mês!!" Isso a TIM não garante. Em cobrar eles são eficientes. E não falham. Teve que ligar de novo. 


Ligou de novo. E, pasmem, mandaram ligar de novo porque era preciso ligar de um número fixo. "Ora, estou em número fixo" disse ela para o atendente incompetente do outro lado da linha. Finalmente, 50 minutos depois, ela conseguiu, depois, claro, de dar uns berros do lado de cá da linha, bloquear seu telefone.

Também tenho meus problemas com a TIM. Mas vou resolvê-los na justiça. Que é onde eles merecem estar.

12 de set. de 2011

Hora do troco

Como a CBF adora tripudiar dos jornalistas quando sai alguma informação que os incomoda, essa é a boa hora de uma boa caçoada nos senhores do destino do futebol brasileiro. Segunda-feira, 12 de Setembro de 2011 e um erro na tabela dando vitória ao Flamengo contra o Atlético-PR, quando o resultado foi o contrário, e creditando 3 pontos a mais ao time do presidente Ricardo Teixeira. 

9 de set. de 2011

Os clubes imitam o Estado

Ter quatro clubes cariocas entre os seis primeiros do Brasileirão 2011 é, sem dúvida alguma, uma ótima notícia. Estamos já no mês de setembro, com o segundo turno no embalo. 

Mas, assim como o Estado do Rio, os clubes cariocas estão mal em suas defesas este ano. 

O Vasco tem problemas. Fernando Prass é ótimo goleiro, mas tem se enrolado mais do que o normal. Fagner e Márcio Careca não se acertam e está difícil encontrar um parceiro ideal para Dedé na quarta zaga. Depois da saída "burra" de Anderson Martins para o Catar, ninguém se acerta por ali. E isso acaba por prejudicar o próprio Dedé. Solução difícil. Mas o Vasco pelo menos tem elenco e tem de onde improvisar.  

O Botafogo também tem problemas. Jéfferson é garantia e Cortês uma boa promessa. Embora esteja convocado por Mano Menezes, o lateral-esquerdo ainda não me convenceu de todo. O miolo da zaga é mais esforçado que bom. A sorte do Botafogo é ter um meio-campo poderoso, que marca bem e ataca melhor ainda, o que desafoga o serviço lá atrás. É o que tem mais garantias.

O Flamengo vive uma situação parecida com a do Botafogo. Goleiro de garantias, Felipe; Léo Moura sempre pode ir de menos a mais (só depende da boa vontade dele). Mas o resto é uma lástima. Welinton, Angelim, Gustavo, Alex Silva, Junior Cesar, Rodrigo Alvim são de dar pena. E some-se a isso o fato de Luxemburgo não conseguir acertar o setor de jeito nenhum. Talvez Airton, quando voltar, possa ser finalmente improvisado na zaga e dar uma meia-sola no setor. Mas é complicado.

O Fluminense também sofre, e muito, com sua defesa. Diego Cavalieri até garante. Mas o resto é nível Flamengo. Muito ruim. Parece que os clubes este ano pensaram apenas em reforçar o ataque e esqueceram que é preciso começar com o time desde atrás. Até que os goleiros são bons, mas as defesas...

Assim como o Estado, estamos mal servidos de defesa. As UPPs são boas soluções, mas não resolvem tudo. É preciso olhar menos para Paris e mais para a Zona Norte da cidade. 
 

5 de set. de 2011

Fator Ganso

Boa volta de Ronaldinho Gaúcho à Seleção. Embora a seleção de Gana tenha seguido o conselho de Anderson Silva e aproximado o futebol do UFC, em Londres. Pena foi Ganso ter se lesionado logo no início da partida. Apesar dos vários problemas físicos do camisa 10 do Santos, continuo apostando nele como o homem referência do Brasil na Copa de 2014. Talvez lhe falte um trabalho mais firme de fisioterapia e preparação física. São vários os casos de jogadores com sequências crônicas de lesão em clubes brasileiros e quando chegam na Europa passam por um trabalho mais sério e nunca mais voltam a ser incomodados. Seguem sua carreira normalmente. Penso que com Ganso vai ser assim.

Ronaldinho Gaúcho lamentou não ter jogado ao lado de Ganso no amistoso desta  segunda-feira (que dia para um amistoso, hem!!!). A Seleção poderia ter rendido mais? Poderia. Sempre pode. Mas foi um bom jogo. Leandro Damião, Marcelo, Neymar, Ronaldinho, Ganso: a base para 2014 está começando a ser desenhada. Em pouco tempo começam a cair Julio Cesar, Lúcio, Robinho e o campo visual começa a se abrir para o treinador brasileiro.

Em tempo: boa convocação de Mano Menezes para a reedição da Copa Roca contra a Argentina. Senti falta do Borges, do Mariano, do Arouca (que está lesionado), do Felipe do Flamengo. Não achei nada demais Renato Abreu ter sido chamado. São apenas dois jogos. Vai sentir o gostinho de ter vestido a camisa da Seleção e vai encerrar a carreira mais contente.

2 de set. de 2011

Menos um ponto

Algumas punições no futebol brasileiro parecem mais brincadeira que punição de verdade. Por exemplo: o clube que se atrasa na hora de entrar em campo, ou de voltar para o segundo tempo, quase sempre leva multa. O árbitro põe na súmula e o STJD multa. Punição branda, de mil ou dois mil reais. Grande bobagem isso, não?

Deveria ser mais sério. Primeiro porque a TV paga e caro para transmitir um jogo e tem grade de programação a ser respeitada e horário quase sempre rigoroso. Não dá para atrasar por capricho do técnico ou dos jogadores. Pior. O público merece respeito. Paga caro para ver um espetáculo que nem sempre é de qualidade, e merece que comece na hora marcada.

Sugiro que isso passe a ser tratado de forma rígida por parte do STJD. Que os clubes "atrasildos" sejam punidos num sistema parecido ao dos cartões amarelos. A cada três atrasos, um ponto a menos na tabela. No quinto atraso, menos um ponto. Aí, a cada atraso, um ponto a menos. Que tal? Acabaria com essa bagunça e com essa falta de respeito.

31 de ago. de 2011

Quem é meu dono?

Até agora a história da transferência do zagueiro do Vasco, Anderson Martins, para o futebol do Catar não passou na minha garganta. Quer dizer que o jogador não queria ir e foi voto vencido? Vencido por quem? Quem, se não ele, votou contra? Quem, além do próprio jogador, pode saber para onde quer ir?

Lembro-me do cantor Juca Chaves que, insatisfeito com as normas impostas pelas gravadores criou sua própria marca, cujo slogan era "A Voz do Dono e o Dono da Voz".

Quer dizer que mesmo nos tempos modernos Anderson Martins não é dono do seu destino? Se não é, é porque é escravo. Ou do clube, ou do empresário ou de um grupo de empresários. E isso não pode ser aceito, assim, como se fosse normal.

Não há dinheiro no mundo que faça alguém mudar de trabalho se ele não quiser. A não ser que seja demitido. Algo que não aconteceu. Anderson Martins não queria ir. Foi obrigado. Vai ganhar dinheiro? Vai. Mas alguém vai ganhar também. E a Polícia Federal, o Banco Central, sei lá qual autoridade, precisam saber o que aconteceu, fiscalizar, tomar conhecimento do assunto.

As autoridades precisam saber o que está acontecendo e me contar, porque até agora sigo sem entender.


29 de ago. de 2011

Mundo doido esse

Mundo doido esse em que é considerado esporte algo em que um sujeito soca a cabeça do outro contra o chão até que alguém, que se denomina árbitro, fique satisfeito e mande o socador parar. E hordas pulam de alegria vendo isso acontecer.

Mundo doido esse em que uma pessoa sai de ambulância de um estádio de futebol depois de ter um Acidente Vascular Encefálico e hordas desejam, aos berros, que ele morra. Só porque, por algumas horas, ele é um adversário num jogo de futebol.

Mundo doido esse em que se surram as pessoas no meio da Avenida Paulista ou no meio de uma festa popular, simplesmente por suspeitar que ela tenha trejeitos homossexuais. E hordas festejam o feito com se fossem os machões, sem mácula, a raça pura e perfeita.

A primeira cena descrita acima, como bem disse o amigo Julio Gomes, é digna do pior de Mad Max, quando Mel Gibson ainda era ator de algum respeito.

A segunda cena é digna do Gladiador, onde Russel Crowe interpretava um romano, do início da era Cristã ou seja, há dois mil anos, e espera o público decidir se seu adversário sobreviveria ou seria sacrificado.

A terceira cena é mesmo dos dias atuais, onde se pode ter a exata noção de que a humanidade volta no tempo. Regride. E no meio do que parece ser sua maior revolução tecnológica, perde seu rumo.

Nos resta rezar para que isso tudo não passe de um grande pesadelo.





20 de ago. de 2011

Aplicação tática é tudo

Mesmo sem contar com duas de suas principais estrelas, o Botafogo mostrou neste sábado no Engenhão, que é sim candidato ao título do Brasileiro. Noves fora a fragilidade desse time do Atlético-MG, a equipe de Caio Jr. construiu a vitória de 3 a 1 com uma marcação forte, e com muita aplicação tática durante os 90 minutos. Os laterais apoiaram bem e Maicosuel, caindo pela direita parece outro jogador. Esteve rápido, mais confiante e dos pés dele saiu o terceiro gol do jogo e poderia ter saído o quarto, se Alex não tivesse chutado tão mal. Sem Abreu e Herrera, que jogam mais fixos na frente, Alex, Elkesson e Felipe Menezes ganharam mais espaço na frente.

O primeiro gol, de Élkesson, saiu dessa maior liberdade de movimentação do time e o segundo, de Felipe Menezes também. Se o Botafogo seguir nessa linha, jogando sério, com muita aplicação tática, pode superar a deficiência de um elenco que é sim limitado, mas que tem qualidade e pode ganhar maturidade e poder de decisão ao longo do campeonato.

Do lado do Atlético-MG, Cuca, se continuar no comando do time, vai ter muito trabalho. Os bons nomes que o time tem no elenco não conseguem forma um conjunto. Cuca costuma montar bons times quando começa um trabalho no início do ano. Mas quando pega um trabalho em andamento, costuma não dar certo. Deu certo com o Fluminense em 2009, mas vai ser difícil dar certo com esse Atlético-MG em 2011.


Vídeo antes do jogo: Botafogo x Atlético-MG no Engenhão

Vídeo antes do jogo: Inter x Botafogo no Beira-Rio


Esse vídeo não foi ao ar no dia do jogo por problemas de conexão na internet desde Porto Alegre.

19 de ago. de 2011

Dá para disfarçar

Esta semana estive no Beira-Rio para o jogo entre Inter e Botafogo e fiquei assustado com o ritmo das obras para a Copa do Mundo. Bom, falar em ritmo é ser até bondoso. Já são três meses com tudo parado. No Rio as obras do Maracanã estão paradas porque houve um acidente e as condições de trabalho parecem não ser das melhores. O Itaquerão, então, nem se mexe. A Arena das Dunas em Natal e a de Recife andam a passos de tartaruga.

E isso tudo porque já estamos no fim de agosto de 2011 e 2012 se aproxima. A Copa do Mundo é daqui a menos de três anos. Isso sem falar na Copa das Confederações. E o que mais se me deixa estarrecido é o fato de as empreiteiras pagarem, no caso do Rio, pouco mais de R$ 3 de ticket alimentação e em Belo Horizonte pouco mais, ou pouco menos, de R$ 1.

Para uma obra que custa quase R$ 1 bilhão será que não se poderia deixar de lucrar um pouquinho e dar algo mais digno ao trabalhador? Não sou comunista, longe disso, mas esse tipo de exploração é uma vergonha. Um país que diz moderno, que se diz uma das maiores economias do mundo, poderia ter um pouco mais de respeito.

Querem levar nossa grana por causa de uma Copa do Mundo? Tudo bem. Querem que o governo no final pague a conta de uma Copa que o sr. Ricardo Teixeira dizia que seria paga apenas pela iniciativa privada? Fazer o quê, mas vai acabar sendo assim. Mas poderiam disfarçar um pouco.

15 de ago. de 2011

O problema não é a mentira

Abel chegou ao Fluminense depois de três meses de espera. Enderson Moreira segurou o rojão da Libertadores e claro, não aguentou. O Fluminense é um poço de problemas internos e externos. Fred, Souza, Emerson, Marcio Rosário, Deco, Patrocinador que manda por debaixo dos panos. E o técnico chegou num clima de conciliação, tentando apaziguar os ânimos.

Mas fracassou. E vem fracassando também dentro de campo. Sua equipe não é nem um esboço de time minimamente organizado em campo. Mas Abel teima em dizer que não é nada disso. Que os problemas não existem, que o time joga bem e que perde por falta de sorte.

Mente para enganar a quem? Aos jogadores? Ao torcedor? Ou para colocar a culpa na imprensa quando for demitido? O muro do clube hoje já amanheceu pichado hoje contra o antes Salvador da Pátria tricolor.

Abel faz até contas e sonha com 60% de aproveitamento. Tem hoje 46,7%. Nas contas do técnico o objetivo é a cada 9 pontos ganhar 6. Até agora Abel não conseguiu mais do que duas vitórias seguidas no comando da equipe. Pior. Dos quatro ciclos de 9 pontos que disputou até agora, só ganhou seis pontos uma vez. O que nos leva a acreditar que Abel está equivocado: no time que escala, nas contas que faz, e na análise de sua equipe.

Abel estava longe do Brasil e deve estar arrependido de ter aceitado o cargo de técnico do Fluminense. Duvido que chegue no cargo no final do Brasileiro.

9 de ago. de 2011

Gentil, discreto, educado. Zagallo

Na memória de todos os brasileiros, Zagallo é um homem cheio glórias, títulos, polêmicas, histórias. Mas cada um tem a sua, particular, e eu, como jornalista, também tenho a minha para contar. E a minha história com esse mito do futebol brasileiro que hoje completa 80 anos, é simples e até mesmo sem graça. Mas nunca saiu da minha memória.

Deu-se numa manhã quente do Rio de Janeiro, em plena Cidade Nova onde é a redação do LANCE!. Nova é só no nome. O ano: 1997. O mês: talvez tivesse sido entre setembro e outubro, não lembro exatamente.

Eu era chefe de reportagem do diário e era o primeiro a chegar na redação. Acordava em casa, em São Cristóvão às 6h da manhã, ouvindo o Show do Antonio Carlos e descia a rua General Padilha para pegar o 473 rumo à Presidente Vargas e dali, caminhando até o LANCE!. Chegava, lia os jornais, fazia a crítica do dia (coisa difícil para alguém de mais de 35 anos, hoje, imagine na época com menos de 25!). Eis que, por volta de umas 8h30 da manhã, o porteiro anuncia a chegada do então técnico da Seleção Brasileira.

Autorizei a entrada dele com o carro, é óbvio, no estacionamento do jornal. Uma Mercedes prata, lembro bem. E, em sua simplicidade, o Velho Lobo pediu ao jovem jornalista sem reação, vendo à sua frente o técnico da Seleção Brasileira que iria comandar o time na França um ano depois na Copa do Mundo, tão somente selos. Selos atrasados da promoção da bola do LANCE!, que estava colecionando para os netos. A bola que dizia comemorar os quatro títulos mundiais do Brasil. E ali, na minha frente, estava um homem que esteve justamente nos quatro títulos mundiais que a bola celebrava.

Fosse algum "famosillo" dos dias de hoje mandaria logo um assessor, um motorista, um "aspone" com toda empáfia do mundo ir buscar os selos. Zagallo nunca foi desses. Foi ele mesmo. Pessoalmente, sozinho, sem frescura, sem se esconder, discreto, gentil, educado. Pegou os selos que queria e foi embora. Imagino que depois, tenha ido enfrentar uma longa fila para trocar as cartelas pelas bolas para seus netos. Não há registro do fato aqui narrado. Não havia fotógrafos na redação àquela hora. Nem máquinas digitais para se registrar o momento. Era como antigamente: registo apenas na memória.


2 de ago. de 2011

A visita do hermano


Marcus Vinicius Pinto e Roberto Martínez

Visita do irmão argentino Roberto Martinez ao Rio, na semana passada. Roberto, em apenas três dias, passou pela Glória, Lapa, Centro (Sambódromo, Candelária e Teatro Municipal incluídos), Copacabana (tomou chopp), Leblon, Ipanema, Lagoa, ficou impressionado com o tamanho da Rocinha, viu o Fluminense golear o Ceará por 4 a 0 no Engenhão ao lado da equipe da CBN, ouviu o jogo pelo celular, entendeu tudo (até as piadas do Evaldo José) e claro, visitou o Maracanã pelo lado de fora. Tirou foto de tudo, visitou a loja do Flamengo mas não levou nada porque a camisa que mais gostou só tinha tamanho P (se fosse na loja do Botafogo teria encontrado). E ainda por cima trouxe dois potes de doce de leite que serão exclusividade do que vos escreve e de sua digníssima.



Evaldo José, Alvaro Oliveira Filho, Roberto Martínez e Aline Falcone

Visita del hermano argentino Roberto Martinez a Río, en la semana pasada. Roberto, en tan sólo tres días, pasó por Glória, Lapa, Centro (Sambódromo, Candelária y Teatro Municipal inclusos), Copacabana (Se tomado una caña), Leblon, Ipanema, Lagoa, se quedó impresionado con el tamaño de la favela de Rocinha, ha visto al Fluminense golear al Ceará por 4-0 en el Engenhão al lado del equipe de la rádio CBN, ha escuchado el partido por el móvil, se enteró de todo (incluso de los chistes del relator Evaldo José), y, por supuesto, ha ido a ver las obras de Maracaná por fuera. Sacó fotos de tudo y de todos, ha visitado la tienda del Flamengo pero no se llevó nada porque no había su talla (si se fuera a la tienda del Botafogo seguro que lo encontraría). E aún me ha traido dos botes llenos del mejor dulce de leche argentino. Pero eso es exclusividad de un servidor y mi mujer.

A solução pro Maracanã

Para começo de conversa o Maracanã deveria ser tombado. Não pelo IPHAN, porque isso ele já é. Deveria ser tombado, demolido, implodido, colocado abaixo, destruído, para dar lugar a outro novo, moderno, e, pasmem, no mesmo lugar.

O Maracanã é um estádio velho, acabado, fora de moda. De tradições e histórias sim, mas sem estrutura capaz de aguentar reforma atrás de reforma. Só a falta de vergonha de certa gente é capaz de engordar um orçamento que começou em R$ 500 milhões, foi a R$ 704 milhões e agora alcança quase R$ 1 milhão. Sem falar nas reformas feitas para o Pan de 2007, que viraram poeira menos de quatro anos depois.

E ainda temos que ver o Ministério Público pedir que a obra seja paralisada e que seja reconstruído o que já foi destruído. Não sei se isso é sério ou se é uma tentativa do MPF de rivalizar com o Governo do Estado no nível da piada de mau gosto.

Outro dia o mesmo MPF fez uma audiência pública para saber o que deveria ser feito com o Maracanã. E claro, teve que ouvir toda a sociedade. Todo mundo falou numa sessão que durou quase cinco horas. E todas as minorias, que dentro em breve serão a maioria das minorias, queriam seu espaço dentro do futuro Maracanã. Isso mesmo, pediam espaço, gratuidade, privilégios. Ou vocês pensam que só os políticos podem tirar sua casquinha? Nada disso. Todo mundo quer seu pedaço da fatia do bolo. Um bolo em forma de Maracanã e ao custo de 1 bilhãozinho.

O Maracanã pode ser considerado uma vergonha maior que o Itaquerão (que apesar de toda a polêmica e lances estranhos entre a Prefeitura de São Paulo, Corinthians, CBF e empreiteiros, é particular e vai custar menos). E pior: vai ser novo. Coisa que o Maracanã não vai ser nunca.

Wembley, Estádio da Luz, Estádio Alvalade, Estádio das Antas. Todos tinham história e vão continuar tendo. Mas foram jogados no chão e em seus lugares e a preços bem menores e com menos roubalheira, foram construídos estádios novos em folha; nesses o torcedor se sente confortável, é bem tratado, vê bom espetáculo e se sente respeitado. Respeito que por aqui não existe.

1 de ago. de 2011

A primeira surpresa da Copa

Deu pra começar a sentir o clima da Copa de 2014 no fim de semana. O sorteio das eliminatórias esteve bem organizado, bem estruturado e, fora a bagunça que foi a zona mista para a imprensa, teve uma boa surpresa.

E a surpresa foi a presidente Dilma Roussef. Ao contrário de Jospeh Blatter que, antes de mencionar a presença de Pelé, o maior jogador de futebol de todos os tempos, ressaltou Havelange (o que era óbvio), Dilma destacou Pelé. Tapa de mão aberta no Ricardo Teixeira. Que teve que sorrir. E ver Teixeira sorrir só em duas situações: ou ganhou alguma causa contra algum jornalista ou levou uma lambada da boa.

No caso, foi a opção número dois.

Não sei se vai ser assim até o fim. Mas diferente de Lula, que aceitou que Teixeira mandasse à vontade em tudo o que se refere a Copa do Mundo, incluindo desfilar pelo Congresso Nacional e pelos Minstérios fazendo lobby a seu bel prazer, a presidente Dilma parece disposta a fazer Teixeira andar na linha. Ele vai ser monitorado o tempo todo. Dilma quer, e tem que, mostrar a Teixeira que quem manda no Brasil é ela. E não ele.

Teixeira sorriu amarelo e deu a entender nesta segunda-feira, no site da CBF, que é Dilma quem manda mesmo. Ou ele anda pisando em ovos com a Presidente, ou está apenas dando corda para puxar mais tarde. O que é perfeitamente possível.

Mas no meio de tanta coisa feia e atrasada, a Copa de 2014 começou com algo positivo.

27 de jul. de 2011

Na terra da superstição

A FIFA tirou o início da Copa do Mundo do dia 13 de junho de 2014 para um dia antes, uma quinta-feira, 12 de Junho. Dia dos namorados para tornar a data mais doce, mais romântica. Mas levando em conta que o dia dos namorados na Suíça, e em grande parte da Europa, é no dia de São Valentim, 12 de fevereiro, chegamos à conclusão que não é nada disso. A escolha do dia 12 de junho é superstição pura.

13 de junho de 2014 é uma sexta-feira. Sexta-feira 13. Então, para não correr riscos de o Sobrenatural de Almeida entrar em campo e azedar uma Copa do Mundo já recheada de escândalos, obras superfaturadas em estádios, orçamentos estourados e dinheiro público rolando solto, é bom não bobear.

A FIFA sabe as datas da competição e pouco mais que isso. Não sabe onde será a abertura. Não sabe onde serão os locais da Copa das Confederações. Não sabe quantos árbitros terão em campo, se três ou cinco. Não sabe se utilizará tecnologia na bola. Não sabe o que fazer para explicar o inexplicável: a Copa do Mundo do Brasil está mais enrolada que a da África.

O que a FIFA não sabe é o que fazer se a orelha do Blatter começar a esquentar, ou se alguém jogar um mau-olhado em cima dele, ou do Gerome Valcke, quem sabe? Ou talvez alguém tenha colocado uma vassoura atrás da porta da CBF, para espantar visitantes indesejados.

O melhor mesmo seria providenciar uma ferradura ou um pé-de-coelho, jogar sal para trás pelo ombro ou dar três pancadinhas na madeira. Tudo para que a Copa dê certo. Mas que está difícil, está.

21 de jul. de 2011

Se não atrapalhar, ajuda

Mano Menezes tem reencontro com a imprensa "vagabunda" (como disse seu chefe), na próxima segunda-feira às 10h. Ah, claro, e com a imprensa que faz pergunta encomendada e amiga também. Vai convocar a Seleção para o amistoso com a Alemanha no dia 10 de agosto, em Stuttgart.

A convocação não vai ser uma limpeza após a Copa América. Nada de ficar achando que fulano não foi chamado e está queimado. Nada de caça às bruxas. Mano não trabalha com o mesmo estilo do Dunga. Ao menos não transpareceu isso até agora.

Mas bem que poderia poupar os times brasileiros de desfalques no Brasileiro, não?.

Faz uma coisa, Mano: leva só quem está em pré-temporada na Europa. Muda bastante o time durante o jogo contra os alemãs para ninguém ficar cansado demais. E ponto.

Dá um tempo pro Ganso, pro Neymar, pro Elano. Se não o Santos vai querer levar o Brasileiro até 2012.

Ah, esqueci. E vê se esquece de uma vez por todas do Robinho e do Julio Cesar, por favor.

19 de jul. de 2011

Quanto é 2030 dividido por 10

Quanto é dois mais dois? Quatro. Fácil. E 2030 dividido por dez? Resultado: uma baita confusão.

A notícia é verdadeira e está no site da Soccerex: dez países, juntos, querem se candidatar à Copa de 2030. São eles: Indonésia, Malásia, Tailândia, Filipinas, Brunei, Cingapura, Vietnã, Laos, Myanmar (gostava mais quando se chamava Birmânia) e Camboja (Faltou o Sri Lanka!!).

Fazer uma Copa do Mundo no Brasil, de dimensões continentais, já uma dor de cabeça, imagine em dez países diferentes.

Façamos contas. São 52 jogos em uma Copa do Mundo. Cada país teria direito a cinco jogos e sobrariam abertura e final, que certamente seriam na Malásia e em Cingapura (não, não vai ser no Itaquerão). São oito grupos de quatro que teriam que se dividir entre os dez países. E mais torcedores. E mais jornalistas. As contas não batem.

A Fifa exigiria, no mínimo, dois estádios novos por país (de preferência a baixo custo, apenas com dinheiro da iniciativa privada). Dez aeroportos novos em folha. Isenção fiscal nos dez países, para o dinheiro (huummm) circular livre até qualquer banco suíço.

O Brasil, por exemplo, poderia jogar no Laos, na Tailândia e em Brunei (imagine o Ricardo Teixeira, velhinho, se congratulando com Blatter e o sultão de Brunei, na hora do hino!!!)

Seria coisa de loucos. Mas depois de Catar, Rússia e tantos escândalos de corrupção dentro da Fifa, nada mais me surpreende.

18 de jul. de 2011

Juninho Pernambucano, a mentira

Juninho Pernambucano, antes de voltar ao Vasco, ainda no mundo árabe, disse que voltaria ao clube apenas para jogar mais seis meses e encerrar a carreira. Ponto. Que seu corpo não aguentaria mais jogar em alto nível no campeonato Brasileiro e que, tentaria, repito, tentaria se colocar em condições físicas para ajudar o time no segundo tempo das partidas. E que, claro, nunca voltaria a ser o mesmo jogador de há dez anos, quando trocou o Vasco para ser o cérebro do meio-campo do Olympique de Lyon.

Grande mentiroso é Juninho Pernambucano!

Contra o Corinthians fez um golaço com 2 minutos, de falta, sua especialidade. E nos dois jogos seguintes foi o comandante vascaíno dentro de campo contra Internacional e Atlético-PR. Juninho tem fôlego sim, e de sobra, para comandar o Vasco no que resta de Brasileiro e por uma temporada mais (ainda por cima porque tem a Libertadores 2012), sem nenhuma dúvida. Atleta exemplar no aspecto físico e no tratamento com os companheiros e adversários dentro de campo, Juninho certamente não quis criar expectativas e ilusões no torcedor do Vasco. Mas bastaram três jogos para mostrar que ele estava mentindo. É titular e ninguém mais imagina o Vasco sem ele no meio-campo.

Que bom seria se todas as mentiras fossem assim.

15 de jul. de 2011

É difícil

Anteontem, quando eu era pequeno, o comercial do óleo da Castrol, na TV, dizia: "Se você é daqueles que quer que todos ouçam o que toca no rádio do seu carro, por favor, não compre o nosso óleo". Num claro recado aos mal educados da época, que tunavam seu possantes com rádios toca-fitas e alto-falantes de muita potência e passeavam com som à toda pastilha.

Ontem, eu entrava no ônibus e pensava: "Não, não quero ouvir o funk que toca no seu celular. Por favor, use fone de ouvido". Em alguns casos não ficava só no pensamento, mas também me dirigia ao mal educado em questão, pedindo som baixo, quando não silêncio.

Hoje (o tempo passa rápido nesses tempos atuais), entro no ônibus e penso: "Não, não quero ouvir nem ver o que passa na TV do seu celular. Por favor, use o fone de ouvido."

Como é difícil ser bem educado nos dias de hoje.

14 de jul. de 2011

Um pouco do Brasil, iaiá

O Brasil precisa de ajustes. O país também, mas aqui falo da Seleção. Da Seleção do Mano na Copa América.

Julio Cesar já deu. Acabou o ciclo. Igual o Rogerio Ceni no São Paulo. Só que ninguém teve coragem de dizê-los. Jéfferson neles.

Na zaga, Maicon não me agrada, mas na Seleção é mais efetivo de Daniel Alves. Deixa ele aí. Lúcio já deu. Thiago Silva claudica, mas tem confiança pro futuro. A lateral esquerda segue sem ter dono.

No meio, Lucas e Ramires, são grandes invenções que não dão em nada. Vamos com os próximos, por favor. Ganso é craque, toca a bola com refino, mas não pode jogar sozinho. Mas que não seja nem ao lado de Jadson e muito menos de Robinho. Outro, outro. Lucas.

No ataque Pato está até mais forte, encorpado (será que são doses do melhor Berlusconi da Itália?), mas ainda tem algo que não termina de me convencer. Neymar precisa de um companheiro de ataque. Pode ser Fred. Boa opção. Mas quero ver até quando Frederico vai jogar sem reclamar de dores aqui e acolá. Se fosse no Fluminense, depois de três jogos, ele já teria sentido algo. E pedido pra sair.

E no banco, Mano que abra o olho, porque a seu lado, tem gente a postos para assumir a qualquer momento o cargo de treinador. De longe é o mais longevo em qualquer cargo na seleção. Conhece todos os jogadores, controla a todos, aparece "de agasalho do patrocinador" em todas as fotos, comemorações e imagens. Para assumir o cargo basta Mano perder pro Paraguai.

11 de jul. de 2011

Uma limousine para Kleber



Kleber faz leilão. Quer aumento de salário no Palmeiras e usa o Flamengo para se dar bem. Atitude reprovável. De todas as partes. Do jogador, que simula lesão (dor é algo subjetivo) e não joga a sexta partida, o que o impediria de assinar com outro clube de primeira e não honra o contrato que está em vigor; do Palmeiras, que enrola em dar uma decisão no jogador; dos médicos do Palmeiras, que nunca dão sua versão definitiva sobre o caso; e do Flamengo, que já não basta os problemas que teve com Adriano, Vagner Love e Bruno ainda quer se meter em outra roubada com o tal Gladiador. Sem falar de Ronaldinho Gaúcho, que deu mostras de que pode ser decisivo, "pero aún no mucho". Ronaldinho quando chegou pediu um camarote no Engenhão para a família. Levou. E Kléber? Será que ele quer de presente para vir pro Flamengo uma limounise igual a essa que anda circulando pelas ruas do Rio?

P.S. O amigo Roberto Lioi, desde São Paulo me corrige: são seis jogos feitos pelo Kléber e não cinco, como eu disse acima. Correção feita. Obrigado.

7 de jul. de 2011

Um jogo nunca é igual ao outro

O técnico do Botafogo, Caio Jr. deve ter pensado o seguinte: em time que está ganhando não se mexe. O Botafogo ganhou do São Paulo fora de casa, jogando bem e isso teria bastado para vencer o Atlético-GO dentro do Engenhão. Mas o time não funcionou. Maicossuel errou bastante, Everton esteve fora de sintonia, a zaga bateu cabeça, os laterais não mostraram poder ofensivo e um time que não conseguiu sair da forte marcação imposta pela Atlético-GO.

O Botafogo sentiu falta de alguém para ajudar Elkesson no meio-campo. Marcelo Mattos fez falta. Renato, que ainda nem estreou faz falta. E faz falta um homem de área. Não se pode entender que o clube tenha apenas Loco Abreu, que está na Copa América e não encontre uma peça de reposição para o setor.
Mais. As mudanças feitas pelo Caio Jr. no jogo não deram certo. E o time ainda foi salvo da derrota pelo Marcio Azevedo. Juninho se aproveitou dos inúmeros buracos deixados pela zaga alvi-negra e bateu para o gol aberto para fazer o gol da vitória. Mas Marcio Azevedo, em cima da linha salvou de cabeça.

Se alguém deveria ter saído com a vitória na noite desta quinta-feira no Engenhão, esse time deveria ter sido o Atlético-GO. Dominou o meio-campo, soube travar o Botafogo e só precisa melhorar na hora da definição. O Botafogo está na parte alta da tabela e o Atlético-GO na parta baixa. Mas pelo que vimos aqui hoje, bem que as posições poderiam estar trocadas na tabela.

Vídeo do jogo Botafogo x Atlético-GO

6 de jul. de 2011

Mudanças

O blog está de mudança para o site da CBN, por isso estamos em fase de adaptação de cores, de acerto de novo desenho, novo cabeçalho e algumas outras novidades para deixá-lo cada vez mais bem feito e mais atrativo. Por isso peço a compreensão de todos nesta fase de mudanças.

5 de jul. de 2011

Nenhuma novidade

O pedido de dispensa de Leandrinho da Seleção de basquete não foi nenhuma surpresa. Todo mundo já esperava. O que ninguém esperava era o jeito como foi feito: por e-mail, meia hora antes da apresentação oficial marcada para um hotel de São Paulo. Mal.

Nenê, com todas as desculpas de ser free agent em Denver, ou qualquer outra história, já não tinha desculpa para pedir dispensa. E Leandrinho? Problema de contrato não é. Renovou com o Toronto Raptors, onde não consegue se firmar. Uma lesão, talvez, que obrigue o jogador a fazer uma pequena cirurgia na mão por essas datas. Ah, agora sim. É compreensível?

Não é não.

Leandrinho está de férias desde abril e ao invés de ficar pelas quadras do país vendo finais da NBB, poderia ter tirado um tempo para se cuidar e estar pronto para a Seleção Brasileira em julho. Mas Leandrinho, assim como Nenê, ignoram a Seleção Brasileira.

Mas temos o outro lado da moeda, ou da NBA. Tiago Splitter, por sua vez, se apresentou e parece empolgado em estar na Seleção. Ao menos pelo twitter. Menos mal. E Varejão, mesmo sem a menor condição física, se apresentou e disse que vai viajar com o grupo a Buenos Aires. Mais ricos e famosos na NBA, Nenê e Leandrinho poderiam pegar um pouco do espírito de Seleção com Splitter e Varejão.

Ou que peçam dispensa para sempre. O Brasil não precisa deles.

4 de jul. de 2011

O que não entendo

Quando se é tolerante, tudo pode ser compreendido.

Que a Seleção Brasileira não tem tempo para treinar? Certo. Nenhuma tem. Nem a da Venezuela. Muito menos a Argentina de Messi (e como demos risada após o empate deles em 1 a 1 com a Bolívia, na sexta-feira. não foi?)

Que Mano Menezes não vai conseguir impor seu estilo na Seleção justamente por isso? Ok. Dunga também não conseguiu. Não conseguiu porque não tinha estilo. Quem entendia de estilo na Era Dunga era a filha dele. Mas de tática, pouco. Ganhou porque a Seleção Brasileira tem sempre obrigação de ganhar. Frase feita que não estou de acordo. Pra ganhar é preciso ser melhor que o adversário. Não apenas ser o Brasil.

Que não é fácil fazer com que Ganso e Neymar se entrosem com Pato assim, do dia para a noite? Justo. Nem o quadrado mágico de Parreira deu resultado. Imagina se o trio de aves daria certo assim. Como assim que trio de aves? Ganso, Pato e Neymar, o cabeça de Galo, como o apelidou José Mourinho, seu futuro técnico no Real Madrid.

Só não se pode entender o "fenômeno" Robinho nesse time titular. Alguém pode explicar o que faz Robinho há tanto tempo na Seleção? Robinho está em decadência. Ah, foi campeão italiano. E daí? Um campeonato que não empolga ninguém e onde o menos pior ganha no fim da temporada.

Robinho deve ser levado para animar o grupo na concentração e no ônibus, no caminho para o estádio. Depois, pode ficar no banco, incentivando quem quer jogar bola de verdade e evitando que a seleção fique sonolenta em campo e que nos faça, a todos, dormir durante a estreia da Copa América.