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27 de jul. de 2011

Na terra da superstição

A FIFA tirou o início da Copa do Mundo do dia 13 de junho de 2014 para um dia antes, uma quinta-feira, 12 de Junho. Dia dos namorados para tornar a data mais doce, mais romântica. Mas levando em conta que o dia dos namorados na Suíça, e em grande parte da Europa, é no dia de São Valentim, 12 de fevereiro, chegamos à conclusão que não é nada disso. A escolha do dia 12 de junho é superstição pura.

13 de junho de 2014 é uma sexta-feira. Sexta-feira 13. Então, para não correr riscos de o Sobrenatural de Almeida entrar em campo e azedar uma Copa do Mundo já recheada de escândalos, obras superfaturadas em estádios, orçamentos estourados e dinheiro público rolando solto, é bom não bobear.

A FIFA sabe as datas da competição e pouco mais que isso. Não sabe onde será a abertura. Não sabe onde serão os locais da Copa das Confederações. Não sabe quantos árbitros terão em campo, se três ou cinco. Não sabe se utilizará tecnologia na bola. Não sabe o que fazer para explicar o inexplicável: a Copa do Mundo do Brasil está mais enrolada que a da África.

O que a FIFA não sabe é o que fazer se a orelha do Blatter começar a esquentar, ou se alguém jogar um mau-olhado em cima dele, ou do Gerome Valcke, quem sabe? Ou talvez alguém tenha colocado uma vassoura atrás da porta da CBF, para espantar visitantes indesejados.

O melhor mesmo seria providenciar uma ferradura ou um pé-de-coelho, jogar sal para trás pelo ombro ou dar três pancadinhas na madeira. Tudo para que a Copa dê certo. Mas que está difícil, está.

21 de jul. de 2011

Se não atrapalhar, ajuda

Mano Menezes tem reencontro com a imprensa "vagabunda" (como disse seu chefe), na próxima segunda-feira às 10h. Ah, claro, e com a imprensa que faz pergunta encomendada e amiga também. Vai convocar a Seleção para o amistoso com a Alemanha no dia 10 de agosto, em Stuttgart.

A convocação não vai ser uma limpeza após a Copa América. Nada de ficar achando que fulano não foi chamado e está queimado. Nada de caça às bruxas. Mano não trabalha com o mesmo estilo do Dunga. Ao menos não transpareceu isso até agora.

Mas bem que poderia poupar os times brasileiros de desfalques no Brasileiro, não?.

Faz uma coisa, Mano: leva só quem está em pré-temporada na Europa. Muda bastante o time durante o jogo contra os alemãs para ninguém ficar cansado demais. E ponto.

Dá um tempo pro Ganso, pro Neymar, pro Elano. Se não o Santos vai querer levar o Brasileiro até 2012.

Ah, esqueci. E vê se esquece de uma vez por todas do Robinho e do Julio Cesar, por favor.

19 de jul. de 2011

Quanto é 2030 dividido por 10

Quanto é dois mais dois? Quatro. Fácil. E 2030 dividido por dez? Resultado: uma baita confusão.

A notícia é verdadeira e está no site da Soccerex: dez países, juntos, querem se candidatar à Copa de 2030. São eles: Indonésia, Malásia, Tailândia, Filipinas, Brunei, Cingapura, Vietnã, Laos, Myanmar (gostava mais quando se chamava Birmânia) e Camboja (Faltou o Sri Lanka!!).

Fazer uma Copa do Mundo no Brasil, de dimensões continentais, já uma dor de cabeça, imagine em dez países diferentes.

Façamos contas. São 52 jogos em uma Copa do Mundo. Cada país teria direito a cinco jogos e sobrariam abertura e final, que certamente seriam na Malásia e em Cingapura (não, não vai ser no Itaquerão). São oito grupos de quatro que teriam que se dividir entre os dez países. E mais torcedores. E mais jornalistas. As contas não batem.

A Fifa exigiria, no mínimo, dois estádios novos por país (de preferência a baixo custo, apenas com dinheiro da iniciativa privada). Dez aeroportos novos em folha. Isenção fiscal nos dez países, para o dinheiro (huummm) circular livre até qualquer banco suíço.

O Brasil, por exemplo, poderia jogar no Laos, na Tailândia e em Brunei (imagine o Ricardo Teixeira, velhinho, se congratulando com Blatter e o sultão de Brunei, na hora do hino!!!)

Seria coisa de loucos. Mas depois de Catar, Rússia e tantos escândalos de corrupção dentro da Fifa, nada mais me surpreende.

18 de jul. de 2011

Juninho Pernambucano, a mentira

Juninho Pernambucano, antes de voltar ao Vasco, ainda no mundo árabe, disse que voltaria ao clube apenas para jogar mais seis meses e encerrar a carreira. Ponto. Que seu corpo não aguentaria mais jogar em alto nível no campeonato Brasileiro e que, tentaria, repito, tentaria se colocar em condições físicas para ajudar o time no segundo tempo das partidas. E que, claro, nunca voltaria a ser o mesmo jogador de há dez anos, quando trocou o Vasco para ser o cérebro do meio-campo do Olympique de Lyon.

Grande mentiroso é Juninho Pernambucano!

Contra o Corinthians fez um golaço com 2 minutos, de falta, sua especialidade. E nos dois jogos seguintes foi o comandante vascaíno dentro de campo contra Internacional e Atlético-PR. Juninho tem fôlego sim, e de sobra, para comandar o Vasco no que resta de Brasileiro e por uma temporada mais (ainda por cima porque tem a Libertadores 2012), sem nenhuma dúvida. Atleta exemplar no aspecto físico e no tratamento com os companheiros e adversários dentro de campo, Juninho certamente não quis criar expectativas e ilusões no torcedor do Vasco. Mas bastaram três jogos para mostrar que ele estava mentindo. É titular e ninguém mais imagina o Vasco sem ele no meio-campo.

Que bom seria se todas as mentiras fossem assim.

15 de jul. de 2011

É difícil

Anteontem, quando eu era pequeno, o comercial do óleo da Castrol, na TV, dizia: "Se você é daqueles que quer que todos ouçam o que toca no rádio do seu carro, por favor, não compre o nosso óleo". Num claro recado aos mal educados da época, que tunavam seu possantes com rádios toca-fitas e alto-falantes de muita potência e passeavam com som à toda pastilha.

Ontem, eu entrava no ônibus e pensava: "Não, não quero ouvir o funk que toca no seu celular. Por favor, use fone de ouvido". Em alguns casos não ficava só no pensamento, mas também me dirigia ao mal educado em questão, pedindo som baixo, quando não silêncio.

Hoje (o tempo passa rápido nesses tempos atuais), entro no ônibus e penso: "Não, não quero ouvir nem ver o que passa na TV do seu celular. Por favor, use o fone de ouvido."

Como é difícil ser bem educado nos dias de hoje.

14 de jul. de 2011

Um pouco do Brasil, iaiá

O Brasil precisa de ajustes. O país também, mas aqui falo da Seleção. Da Seleção do Mano na Copa América.

Julio Cesar já deu. Acabou o ciclo. Igual o Rogerio Ceni no São Paulo. Só que ninguém teve coragem de dizê-los. Jéfferson neles.

Na zaga, Maicon não me agrada, mas na Seleção é mais efetivo de Daniel Alves. Deixa ele aí. Lúcio já deu. Thiago Silva claudica, mas tem confiança pro futuro. A lateral esquerda segue sem ter dono.

No meio, Lucas e Ramires, são grandes invenções que não dão em nada. Vamos com os próximos, por favor. Ganso é craque, toca a bola com refino, mas não pode jogar sozinho. Mas que não seja nem ao lado de Jadson e muito menos de Robinho. Outro, outro. Lucas.

No ataque Pato está até mais forte, encorpado (será que são doses do melhor Berlusconi da Itália?), mas ainda tem algo que não termina de me convencer. Neymar precisa de um companheiro de ataque. Pode ser Fred. Boa opção. Mas quero ver até quando Frederico vai jogar sem reclamar de dores aqui e acolá. Se fosse no Fluminense, depois de três jogos, ele já teria sentido algo. E pedido pra sair.

E no banco, Mano que abra o olho, porque a seu lado, tem gente a postos para assumir a qualquer momento o cargo de treinador. De longe é o mais longevo em qualquer cargo na seleção. Conhece todos os jogadores, controla a todos, aparece "de agasalho do patrocinador" em todas as fotos, comemorações e imagens. Para assumir o cargo basta Mano perder pro Paraguai.

11 de jul. de 2011

Uma limousine para Kleber



Kleber faz leilão. Quer aumento de salário no Palmeiras e usa o Flamengo para se dar bem. Atitude reprovável. De todas as partes. Do jogador, que simula lesão (dor é algo subjetivo) e não joga a sexta partida, o que o impediria de assinar com outro clube de primeira e não honra o contrato que está em vigor; do Palmeiras, que enrola em dar uma decisão no jogador; dos médicos do Palmeiras, que nunca dão sua versão definitiva sobre o caso; e do Flamengo, que já não basta os problemas que teve com Adriano, Vagner Love e Bruno ainda quer se meter em outra roubada com o tal Gladiador. Sem falar de Ronaldinho Gaúcho, que deu mostras de que pode ser decisivo, "pero aún no mucho". Ronaldinho quando chegou pediu um camarote no Engenhão para a família. Levou. E Kléber? Será que ele quer de presente para vir pro Flamengo uma limounise igual a essa que anda circulando pelas ruas do Rio?

P.S. O amigo Roberto Lioi, desde São Paulo me corrige: são seis jogos feitos pelo Kléber e não cinco, como eu disse acima. Correção feita. Obrigado.

7 de jul. de 2011

Um jogo nunca é igual ao outro

O técnico do Botafogo, Caio Jr. deve ter pensado o seguinte: em time que está ganhando não se mexe. O Botafogo ganhou do São Paulo fora de casa, jogando bem e isso teria bastado para vencer o Atlético-GO dentro do Engenhão. Mas o time não funcionou. Maicossuel errou bastante, Everton esteve fora de sintonia, a zaga bateu cabeça, os laterais não mostraram poder ofensivo e um time que não conseguiu sair da forte marcação imposta pela Atlético-GO.

O Botafogo sentiu falta de alguém para ajudar Elkesson no meio-campo. Marcelo Mattos fez falta. Renato, que ainda nem estreou faz falta. E faz falta um homem de área. Não se pode entender que o clube tenha apenas Loco Abreu, que está na Copa América e não encontre uma peça de reposição para o setor.
Mais. As mudanças feitas pelo Caio Jr. no jogo não deram certo. E o time ainda foi salvo da derrota pelo Marcio Azevedo. Juninho se aproveitou dos inúmeros buracos deixados pela zaga alvi-negra e bateu para o gol aberto para fazer o gol da vitória. Mas Marcio Azevedo, em cima da linha salvou de cabeça.

Se alguém deveria ter saído com a vitória na noite desta quinta-feira no Engenhão, esse time deveria ter sido o Atlético-GO. Dominou o meio-campo, soube travar o Botafogo e só precisa melhorar na hora da definição. O Botafogo está na parte alta da tabela e o Atlético-GO na parta baixa. Mas pelo que vimos aqui hoje, bem que as posições poderiam estar trocadas na tabela.

Vídeo do jogo Botafogo x Atlético-GO

6 de jul. de 2011

Mudanças

O blog está de mudança para o site da CBN, por isso estamos em fase de adaptação de cores, de acerto de novo desenho, novo cabeçalho e algumas outras novidades para deixá-lo cada vez mais bem feito e mais atrativo. Por isso peço a compreensão de todos nesta fase de mudanças.

5 de jul. de 2011

Nenhuma novidade

O pedido de dispensa de Leandrinho da Seleção de basquete não foi nenhuma surpresa. Todo mundo já esperava. O que ninguém esperava era o jeito como foi feito: por e-mail, meia hora antes da apresentação oficial marcada para um hotel de São Paulo. Mal.

Nenê, com todas as desculpas de ser free agent em Denver, ou qualquer outra história, já não tinha desculpa para pedir dispensa. E Leandrinho? Problema de contrato não é. Renovou com o Toronto Raptors, onde não consegue se firmar. Uma lesão, talvez, que obrigue o jogador a fazer uma pequena cirurgia na mão por essas datas. Ah, agora sim. É compreensível?

Não é não.

Leandrinho está de férias desde abril e ao invés de ficar pelas quadras do país vendo finais da NBB, poderia ter tirado um tempo para se cuidar e estar pronto para a Seleção Brasileira em julho. Mas Leandrinho, assim como Nenê, ignoram a Seleção Brasileira.

Mas temos o outro lado da moeda, ou da NBA. Tiago Splitter, por sua vez, se apresentou e parece empolgado em estar na Seleção. Ao menos pelo twitter. Menos mal. E Varejão, mesmo sem a menor condição física, se apresentou e disse que vai viajar com o grupo a Buenos Aires. Mais ricos e famosos na NBA, Nenê e Leandrinho poderiam pegar um pouco do espírito de Seleção com Splitter e Varejão.

Ou que peçam dispensa para sempre. O Brasil não precisa deles.

4 de jul. de 2011

O que não entendo

Quando se é tolerante, tudo pode ser compreendido.

Que a Seleção Brasileira não tem tempo para treinar? Certo. Nenhuma tem. Nem a da Venezuela. Muito menos a Argentina de Messi (e como demos risada após o empate deles em 1 a 1 com a Bolívia, na sexta-feira. não foi?)

Que Mano Menezes não vai conseguir impor seu estilo na Seleção justamente por isso? Ok. Dunga também não conseguiu. Não conseguiu porque não tinha estilo. Quem entendia de estilo na Era Dunga era a filha dele. Mas de tática, pouco. Ganhou porque a Seleção Brasileira tem sempre obrigação de ganhar. Frase feita que não estou de acordo. Pra ganhar é preciso ser melhor que o adversário. Não apenas ser o Brasil.

Que não é fácil fazer com que Ganso e Neymar se entrosem com Pato assim, do dia para a noite? Justo. Nem o quadrado mágico de Parreira deu resultado. Imagina se o trio de aves daria certo assim. Como assim que trio de aves? Ganso, Pato e Neymar, o cabeça de Galo, como o apelidou José Mourinho, seu futuro técnico no Real Madrid.

Só não se pode entender o "fenômeno" Robinho nesse time titular. Alguém pode explicar o que faz Robinho há tanto tempo na Seleção? Robinho está em decadência. Ah, foi campeão italiano. E daí? Um campeonato que não empolga ninguém e onde o menos pior ganha no fim da temporada.

Robinho deve ser levado para animar o grupo na concentração e no ônibus, no caminho para o estádio. Depois, pode ficar no banco, incentivando quem quer jogar bola de verdade e evitando que a seleção fique sonolenta em campo e que nos faça, a todos, dormir durante a estreia da Copa América.

1 de jul. de 2011

A natação é nosso ciclismo

Cesar Cielo é um cara bacana, é fera, é medalhista olímpico, mas não tem essa de dizer que sabia o que estava tomando e que o resultado do antidoping foi fruto do acaso. Um campeão olímpico não pode fazer uso de substância proibida em nenhum caso. Ainda mais sabendo. Não consigo entender. Se é proibido, usa por quê?

Infelizmente a natação brasileira vem se transformando nos últimos tempos no que é o ciclismo para os europeus. Fonte quase inesgotável de casos de doping. Quase sempre punidos, é verdade. Mas para Cesar Cielo deve ser usado o mesmo peso e a mesma medida de outros atletas. Se não for a CBDA quem o faça que seja a FINA ou a WADA. Por enquanto ele, Nicholas Santos, Vinicius Waked e Henrique Barbosa estão apenas advertidos. Mas o caso vai ser mandado à FINA e pode mudar.

Um campeão olímpico tem que ser exemplo. Sempre. E todo atleta de ponta sabe o que pode e o que não pode fazer. É ótimo que faça mea culpa, como fez Cielo, tão logo a notícia foi divulgada. Mas não tem atestado de inocência prévio.