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22 de mar. de 2012

Plágio

Hoje publiquei um texto no Terra pela manhã com o assunto de um contrato feito pela Defesa Civil do Estado com a empresa Rufolo, denunciada domingo pelo Fantástica. O texto está abaixo. Foi às 11h20.

http://noticias.terra.com.br/brasil/noticias/0,,OI5679325-EI7896,00-RJ+secretaria+dispensa+licitacao+e+contrata+empresa+suspeita.html

Às 12h52 um cara de pau chamado Francis de Mello publicou meu texto no blog dele como se fosse seu. Mudou pouquíssimas coisas.

http://quantomaisvivomaisaprendo.blogspot.com.br/2012/03/governo-do-rio-de-janeiro-dispensa.html

O sujeito é tão descarado que nem tirou a parte em que digo: "O Terra entrou em contato".

Poderia ter dado crédito, mas pode tomar um processo.

O verdadeiro Messi

Não questiono de forma alguma o fato de Messi ser o melhor jogador do mundo. Um cracaço, sem dúvida.

Se pode superar Pelé? Não sei. Acho difícil. Pode virar um mito tal e qual.

Mas o feito de Pelé é ter sido o que foi e quem é sem Youtube, Facebook, Orkut ou Twitter e sem transmissões ao vivo dos jogos para o mundo todo.

Claro que Messi, além de ser excepcional, é também alguém que tem coadjuvantes espetaculares como Xavi, Iniesta, Cesc, Villa, Pedro, só para citar alguns. Não é demérito. Morei em Barcelona, sou fã do país, da cidade e do clube.

Mas fico imaginando.

E se Messi deixasse o Barcelona por duas temporadas? Na primeira viria para a Argentina, jogar, sei lá, no Boca Juniors. Ao lado de Riquelme. Como seria? E mais. Na segunda, o desafio seria vir jogar no Flamengo ao lado de Willians, Airton, Muralha e Renato Abreu.

Provavelmente seria um arraso, porque Messi é Messi. Mas as coisas seriam um "pelín" mais complicadas.

12 de mar. de 2012

Café frio

Ex-prefeito de Campos, e morto recentemente, Zezé Barbosa, raposa que comandou a cidade por muitos anos até perder a sucessão para outra raposa, dizia que quando se perde uma eleição até o cafezinho passa a vir frio. Dizia isso, para exemplificar a solidão que a perda do poder impõe ao político em fim de carreira. Zezé sabia que não tinha o que fazer. Tanto que se isolou depois da derrota, e nunca mais foi visto dando sequer um pitaco na política local, que sofreu e muito depois de sua saída.

Digo isso para refletir sobre mais uma internação do ex-presidente Lula. Muito mais que o câncer, o que afeta Lula é muito mais o isolamento da falta do poder. E isso rapidamente se transforma em depressão. As visitas dos amigos continuam, podem até ser frequentes, midiáticas. Dá conselhos, mas quase sempre não são levados mais em conta. A solidão do pós-poder é ainda mais cruel.

Lula tinha cacife para seguir no poder por mais tempo. Talvez em algum cargo internacional. Ou como conselheiro direto da presidente Dilma. Mas, nada. Vai ser difícil até que consiga participar da campanha à prefeitura de São Paulo (sem dúvida a que vai ser mais animada este ano), muito menos pensar em voltar em 2014.

Tomara que Lula se recupere. Apesar de não estar de acordo com mais da metade de suas opiniões, atitudes e omissões com corruptos, o ex-presidente dá um molho especial na política nacional. Aliás, não estou de acordo com 99% dos políticos; é da profissão desconfiar sempre de quem governa e de quem está na oposição também.

Curioso é que depois da saída dele da cena política ativa, os sindicatos começam a se rebelar e pipocam os movimentos grevistas pelo país. Até nos sindicatos a influência de Lula está em horas baixas. O café do presidente anda chegando requentado.

6 de mar. de 2012

O Febeapá está de volta

Sérgio Porto deve estar com vergonha. O Febeapá (Festival de Besteiras que Assolam o País) está de volta em sua versão Copa de 2014. O secretário geral da Fifa diz o que diz e alega erro de tradução do francês para o português de uma frase que ele disse em inglês. Aldo Rebelo responde com uma carta dirigida a Blatter encaminhada a Lausanne, sede do Comitê Olímpico Internacional. A Fifa fica ligeiramente mais acima, em Zurique.

Blatter é amigo de Valcke, que adora Teixeira, que não fala com Blatter. Aldo não é amigo de Dilma, mas é seu ministro. Dilma não fala com Teixeira, Aldo não fala com Valcke. Blatter sorri amarelo e visita o sul da Ásia para fugir de perguntas embaraçosas.

Teixeira não responde a nenhuma pergunta porque tem nojo da imprensa. Ninguém se entende, ninguém aprova lei nenhuma, os estádios andam aos trancos e barrancos mas as outras obras de mobilidade, hotéis, hospitais e aeroportos não saem do lugar.

Ronaldo sopra, Bebeto ajuda. Romário critica, sopra, aperta a mão, critica e já não sabe se está contra ou se está a favor.

Enquanto isso, a velhinha de Taubaté segue passeando de lambreta e enganando o guarda da esquina.

Ah, e quem não sabe quem é Sérgio Porto, faz como pede meu sobrinho de 7 anos: dá um Google.

5 de mar. de 2012

Sai fora, garçom

Titãs é do meu tempo de menino. Começava a descobrir o rock com a Blitz, num estilo mais relaxado (foi meu primeiro show, no Iate Clube Marataízes, num verão desses do início da década de 80). O tempo passou e descobri Legião (meu grupo preferido), Paralamas, Titãs, João Penca, Léo Jaime, Lobão e seus Ronaldos e Kid Abelha e os Abóboras Selvagens.

Titãs era impacto. Som pesado, letras cheias de graça, de ataques à polícia, à desordem, a tudo o que era "mais do mesmo". E palavrões. Legião também. Nunca me esqueço da primeira vez que ouvi Faroeste Caboclo tocar no rádio com seu "General-de-estrelas com o cu na mão". Sensacional.

Mas Bichos Escrotos era o máximo.

Outro dia estava na Cobal de Humaitá comendo uma esfiha e do meu lado um garotinho com seus, sei lá, oito anos e ouvia a música no celular. E parava para prestar atenção quando, acho que era o Branco Mello, dizia: "Oncinha pintada, zebrinha listrada, coelhinho peludo: vão se foder!! Porque aqui na face da terra só bicho escroto, é que vai ter"

Ele ficava de boca aberta e olhava para a mãe, ou para o garçom ao lado: "Ele diz palavrão no meio da música", espantava-se. O garçom recomentou que ele parasse de ouvir rock. Diziam muitas bobagens nesse tipo de música.

Sai fora, garçom!