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5 de ago. de 2013

A real Estrada Real

Acabo de chegar de dois dias de viagem por parte de Minas Gerais e já fiquei louco para voltar. Em pouco tempo vi Tiradentes, Congonhas e Ouro Preto, além de passar por São João Del Rei, Itabirito e Ouro Branco. Tudo muito rapidamente, mas o suficiente para despertar o desejo de ter muito mais tempo para explorar um território tão rico em histórias e em belezas naturais e não naturais.

Mas uma viagem como essa precisa ser bem preparada. Para começar mapas físicos das estradas e das principais cidades. Ainda não inventaram Google Maps que substitua o dobrar o mapa, marcar sua rota a caneta amarela, calcular distâncias rapidamente de cabeça. Depois um tablet com conexão à internet para, assim que chegar em cada lugar, poder ler histórias, conhecer personagens. Ou, quem sabe, contratar um guia turístico local para ter mais assunto.

Fico pensando no turista que virá para a Copa do Mundo e que vai se estabelecer em Belo Horizonte e tiver, entre um jogo e outro, tempo de ir passear por essas cidades históricas. Que maravilha, não?

Não. Maravilha nada. Vai ser um transtorno.

As estradas são horrorosas. Isso sim, placas do Governo de Minas dizendo que estão sendo feitas obras estão por toda parte. Mas não se vê nada sendo feito. Quase nenhuma obra importante. Buracos, buracos e mais buracos. As sinalizações são péssimas e precárias. Raramente você encontra uma que tê a distância que falta a seu destino (só no trecho da BR-040 que está privatizado entre Rio e Juiz de Fora). Nas estradas mineiras, reze para encontrar uma placa que te diga algo além de "Por favor, não atire nas placas", ou "Governo de Minas, aqui tem Samu". Provavelmente deve ser para você tomar um tiro e buscar ajuda médica.

Conseguir sair das cidades sem pedir informação é impossível.

Isso sem falar nas que existem e estão dobradas, quase que invisíveis (a da estrada para Tiradentes na altura de Barbacena está quase tombada). Há trecho de 1 Km em que há seis, repito, seis quebra-molas em sequencia. Ai invés de educar o motorista, as estradas punem e fazem você andar mais tempo em primeira e segunda, gastando mais combustível, poluindo mais. O governo deve pensar que colocando quebra-molas ao longo de cerca de 200Km entre BH e Juiz de Fora você fique feliz por passar mais tempo dentro do estado. Se for de noite então, você vai gastar o dobro do tempo normal.

Vou voltar, mas com tempo para apreciar mais as cidades, com mais músicas no Mp3 para aguentar tanto tempo de estrada e de mapa na mão, para não perder nenhuma entrada.