Acabo de chegar de dois dias de viagem por parte de Minas Gerais e já fiquei louco para voltar. Em pouco tempo vi Tiradentes, Congonhas e Ouro Preto, além de passar por São João Del Rei, Itabirito e Ouro Branco. Tudo muito rapidamente, mas o suficiente para despertar o desejo de ter muito mais tempo para explorar um território tão rico em histórias e em belezas naturais e não naturais.
Mas uma viagem como essa precisa ser bem preparada. Para começar mapas físicos das estradas e das principais cidades. Ainda não inventaram Google Maps que substitua o dobrar o mapa, marcar sua rota a caneta amarela, calcular distâncias rapidamente de cabeça. Depois um tablet com conexão à internet para, assim que chegar em cada lugar, poder ler histórias, conhecer personagens. Ou, quem sabe, contratar um guia turístico local para ter mais assunto.
Fico pensando no turista que virá para a Copa do Mundo e que vai se estabelecer em Belo Horizonte e tiver, entre um jogo e outro, tempo de ir passear por essas cidades históricas. Que maravilha, não?
Não. Maravilha nada. Vai ser um transtorno.
As estradas são horrorosas. Isso sim, placas do Governo de Minas dizendo que estão sendo feitas obras estão por toda parte. Mas não se vê nada sendo feito. Quase nenhuma obra importante. Buracos, buracos e mais buracos. As sinalizações são péssimas e precárias. Raramente você encontra uma que tê a distância que falta a seu destino (só no trecho da BR-040 que está privatizado entre Rio e Juiz de Fora). Nas estradas mineiras, reze para encontrar uma placa que te diga algo além de "Por favor, não atire nas placas", ou "Governo de Minas, aqui tem Samu". Provavelmente deve ser para você tomar um tiro e buscar ajuda médica.
Conseguir sair das cidades sem pedir informação é impossível.
Isso sem falar nas que existem e estão dobradas, quase que invisíveis (a da estrada para Tiradentes na altura de Barbacena está quase tombada). Há trecho de 1 Km em que há seis, repito, seis quebra-molas em sequencia. Ai invés de educar o motorista, as estradas punem e fazem você andar mais tempo em primeira e segunda, gastando mais combustível, poluindo mais. O governo deve pensar que colocando quebra-molas ao longo de cerca de 200Km entre BH e Juiz de Fora você fique feliz por passar mais tempo dentro do estado. Se for de noite então, você vai gastar o dobro do tempo normal.
Vou voltar, mas com tempo para apreciar mais as cidades, com mais músicas no Mp3 para aguentar tanto tempo de estrada e de mapa na mão, para não perder nenhuma entrada.
5 de ago. de 2013
15 de jul. de 2013
Os piões atacam e Cabral espera para o golpe
Os manifestantes estão pedindo a saída de Cabral do governo? Pois estão pedindo tudo o que ele mais deseja nesse momento. Engana-se o "protestante" que acha que isso vai em contra do que deseja o governador. Fernando Molica já contou essa história em sua coluna de O Dia e já ouvi a mesma versão de uma ótima fonte de dentro do Governo. Cabral quer renunciar.
E para quê? Primeiro para sumir do mapa por uns tempos. Ele sabe que a situação dele está cada vez mais difícil. E do jeito que as coisas vão, Luiz Fernando Pezão não se elege nem síndico de condomínio. Uma saída de Cabral colocaria Pezão no governo e no ponto de bala para disputar a "reeleição" com toda a máquina trabalhando a seu favor.
E essa máquina precisa mesmo trabalhar antes que chegue alguém e comece e levantar contratos, concessões e licitações dos sete anos de governo Cabral, o que, no momento de ebulição por que passe o país, poderia ser fatal para o futuro imediato do atual governador. Com Pezão cinco anos no governo dá tempo de sobra de maquiar o que de mau já foi feito e deixar Cabral contando com a memória fraca do povo para 2018 ou 2020.
Nesse jogo de xadrez complicado que é o mapa atual de lideranças do Rio de Janeiro, curiosamente os ataques vieram dos piões e não do bispo ou da torre ou do cavalo, como era de se esperar. Cabral vai deixar que se coma sua rainha para tentar um xeque mate, como o Rei, dentro de cinco anos. O problema é que tabuleiro não está mais fixo à mesa como até outro dia. E os mesmos piões que atacam, querem virar o tabuleiro de cabeça pra baixo.
E para quê? Primeiro para sumir do mapa por uns tempos. Ele sabe que a situação dele está cada vez mais difícil. E do jeito que as coisas vão, Luiz Fernando Pezão não se elege nem síndico de condomínio. Uma saída de Cabral colocaria Pezão no governo e no ponto de bala para disputar a "reeleição" com toda a máquina trabalhando a seu favor.
E essa máquina precisa mesmo trabalhar antes que chegue alguém e comece e levantar contratos, concessões e licitações dos sete anos de governo Cabral, o que, no momento de ebulição por que passe o país, poderia ser fatal para o futuro imediato do atual governador. Com Pezão cinco anos no governo dá tempo de sobra de maquiar o que de mau já foi feito e deixar Cabral contando com a memória fraca do povo para 2018 ou 2020.
Nesse jogo de xadrez complicado que é o mapa atual de lideranças do Rio de Janeiro, curiosamente os ataques vieram dos piões e não do bispo ou da torre ou do cavalo, como era de se esperar. Cabral vai deixar que se coma sua rainha para tentar um xeque mate, como o Rei, dentro de cinco anos. O problema é que tabuleiro não está mais fixo à mesa como até outro dia. E os mesmos piões que atacam, querem virar o tabuleiro de cabeça pra baixo.
4 de jul. de 2013
Descobrimento do Brasil e Império Serrano
Depois de acompanhar o protesto de menos de 100 pessoas, ontem, em frente à TV Globo, e ouvindo manifestantes chego a algumas conclusões.
1 - Desde o Descobrimento do Brasil até hoje, tudo é culpa da TV Globo. (Dito por um manifestante)
2 - As frases que eles usam são mais para dar um plus no ego deles do que para assustar alguém. Vejam por exemplo. "Amanhã vai ser maior!". Claro, com 100 pessoas se amanhã não for maior, é melhor fechar a tendinha. "O Rede Globo, pode esperar, sua audiência vai baixar". Tentam, tentam, mas não baixa. O povo não é bobo. Só vê a Rede Globo. Qualidade, meu filho, é um problema que as outras emissoras tê, Gostemos ou não da Globo. "Não vai ter Copa!". Essa é pra dar gargalhada e não comentar.
3 - Os próprios manifestantes não se entendem. Vão para a rua sem saber o que vão pedir. Uns pedem que deixem os profissionais da Globo trabalharem em paz, sem ameaça. Outros pedem que vandalizem os vivos e profissionais da emissora. Outros pedem que vandalizem os vivos mas que deixem os profissionais trabalharem. ????
4 - Até a quebra do monópolio do petróleo é culpa da Globo. (dito por um membro do Sindipetro que estava na manifestação)
5 - Quem trabalha na Globo é conivente. (dito por outro manifestante)
6 - Ui muy iran. (Não entendi chongas, mas foi dito por um ex-índio da Aldeia Maracanã, que também estava no protesto). E para acabar, a melhor:
7 - Já caiu o Império Romano, já caiu o Império Otomano, e já caiu até o Império Serrano. Só falta cair o Império Global.
Com essa eu fecho a manifestação pra balanço. Acho que essa gente precisa se manifestar sim, mas com propostas coerentes. Se querem acabar com o "poder da mídia" do monopólio (ou do oligopólio, eles ainda não decidiram), façam coisas interessantes, disseminem e contaminem os outros com suas ideias. Mas com coisas concretas e não com ilações. Até a próxima.
1 - Desde o Descobrimento do Brasil até hoje, tudo é culpa da TV Globo. (Dito por um manifestante)
2 - As frases que eles usam são mais para dar um plus no ego deles do que para assustar alguém. Vejam por exemplo. "Amanhã vai ser maior!". Claro, com 100 pessoas se amanhã não for maior, é melhor fechar a tendinha. "O Rede Globo, pode esperar, sua audiência vai baixar". Tentam, tentam, mas não baixa. O povo não é bobo. Só vê a Rede Globo. Qualidade, meu filho, é um problema que as outras emissoras tê, Gostemos ou não da Globo. "Não vai ter Copa!". Essa é pra dar gargalhada e não comentar.
3 - Os próprios manifestantes não se entendem. Vão para a rua sem saber o que vão pedir. Uns pedem que deixem os profissionais da Globo trabalharem em paz, sem ameaça. Outros pedem que vandalizem os vivos e profissionais da emissora. Outros pedem que vandalizem os vivos mas que deixem os profissionais trabalharem. ????
4 - Até a quebra do monópolio do petróleo é culpa da Globo. (dito por um membro do Sindipetro que estava na manifestação)
5 - Quem trabalha na Globo é conivente. (dito por outro manifestante)
6 - Ui muy iran. (Não entendi chongas, mas foi dito por um ex-índio da Aldeia Maracanã, que também estava no protesto). E para acabar, a melhor:
7 - Já caiu o Império Romano, já caiu o Império Otomano, e já caiu até o Império Serrano. Só falta cair o Império Global.
Com essa eu fecho a manifestação pra balanço. Acho que essa gente precisa se manifestar sim, mas com propostas coerentes. Se querem acabar com o "poder da mídia" do monopólio (ou do oligopólio, eles ainda não decidiram), façam coisas interessantes, disseminem e contaminem os outros com suas ideias. Mas com coisas concretas e não com ilações. Até a próxima.
28 de jun. de 2013
Passeata contra as senhas
No meio de tantos protestos, não vi ninguém protestar contra as senhas. Sim, as senhas. Há mal maior na nossa atualidade? Primeiro eras de quatro números. Passaram a seis. E não anote em lugar algum. É sua segurança. Não use datas de aniversário, casamento, filhos. Use uma senha original. A coisa foi ficando pior.
O que antes era só a senha do banco virou a senha do banco, das três contas de e-mail, do celular, da conta da Apple, do cadastro do jornal para ler na internet, a senha do programa de milhagem, do programa de fidelidade do cartão de crédito. Todas originais, única e guardadas na cabeça.
Foi preciso depois inserir uma letra maiúscula no meio da senha. E agora inventaram de se colocar também um símbolo entre uma letra maiscula, números e letras minusculas. Enfim, comprei um celular novo, e o que fiz? Coloquei uma senha nova. No meio da digitação ele me lembra: é preciso uma letra no meio dos números. Pois bem. O celular não aceita mais a senha. Bloqueou e estou sem telefone.
Vou ter que ir em uma assistência técnica autorizada, enfrentar uma fila mostra, para ver se tem solução. Vou fazer uma passeata sozinho, no meio da Rio Branco, querendo uma CPI para as senhas. Que coisa mais infernal.
O que antes era só a senha do banco virou a senha do banco, das três contas de e-mail, do celular, da conta da Apple, do cadastro do jornal para ler na internet, a senha do programa de milhagem, do programa de fidelidade do cartão de crédito. Todas originais, única e guardadas na cabeça.
Foi preciso depois inserir uma letra maiúscula no meio da senha. E agora inventaram de se colocar também um símbolo entre uma letra maiscula, números e letras minusculas. Enfim, comprei um celular novo, e o que fiz? Coloquei uma senha nova. No meio da digitação ele me lembra: é preciso uma letra no meio dos números. Pois bem. O celular não aceita mais a senha. Bloqueou e estou sem telefone.
Vou ter que ir em uma assistência técnica autorizada, enfrentar uma fila mostra, para ver se tem solução. Vou fazer uma passeata sozinho, no meio da Rio Branco, querendo uma CPI para as senhas. Que coisa mais infernal.
3 de jun. de 2013
Não quero carona
O que eu espero da Copa das Confederações?
Primeiro: que os coleguinhas credenciados não consigam credenciar mulheres e irmãos como ajudantes ou aspones e que eles, assim, não ocupem espaços nas salas de imprensa, tribuna e entrevistas coletivas. E desejo também que os convidados da Fifa, CBF e patrocinadores não possam entrar nas zonas de entrevistas. Se não podemos entrar nos locais reservados a eles, que os seguranças parem de fazer vista grossa e não os deixem passar para a zona de imprensa também.
Porque isso foi o que não se viu no Brasil x Inglaterra e durante os treinos. Foi um festival de mulheres, filhos e amigos como caronas.
Primeiro: que os coleguinhas credenciados não consigam credenciar mulheres e irmãos como ajudantes ou aspones e que eles, assim, não ocupem espaços nas salas de imprensa, tribuna e entrevistas coletivas. E desejo também que os convidados da Fifa, CBF e patrocinadores não possam entrar nas zonas de entrevistas. Se não podemos entrar nos locais reservados a eles, que os seguranças parem de fazer vista grossa e não os deixem passar para a zona de imprensa também.
Porque isso foi o que não se viu no Brasil x Inglaterra e durante os treinos. Foi um festival de mulheres, filhos e amigos como caronas.
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