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20 de dez. de 2013

Estado laico, graças a Deus

No Brasil a Constituição diz que o Estado é laico. Mas parece que para a cidade de Campos, a cidade tem que adotar a religião da prefeita Rosinha Garotinho. Veja essa publicação oficial no Facebook dando os parabéns a um, vamos dizer assim, "eleitor."

19 de dez. de 2013

O melhor das compras de Natal

O melhor lugar para compras de Natal não é um shopping center de luxo e muito menos um popular. O melhor lugar para gastar o dinheiro do seu décimo terceiro salário é num posto de gasolina. Isso na visão do frentista, claro. Você chega para abastecer e não basta. O cara te oferece uma ducha. Você recusa. E ele gentilmente te pede para abrir o capô para ele "verificar a água e o óleo." E aí começa.

Não bastasse a gasolina estar pela hora da morte e você precisar encher o tanque com gasolina (Premium? Não, obrigado), ele ainda te desfia um rosário de problemas para quem vai pegar a estrada.

- O óleo tá baixo. Tem que trocar.
- Mas eu troquei no mês passado.
- Mas tá baixo. Pega pelo menos um litro.

Pega um litro e meio e você ainda é obrigado a ficar com meia garrafinha de óleo na mala do carro.

- Shii, precisa trocar o filtro também. De óleo e de ar. E essa água do radiador, sei não.
- Precisa não, ele vai entrar na revisão assim que voltar.
- O senhor é que sabe - diz, com cara de "vai dar merda, depois não reclama"

E ainda vem fluído de freio, aditivo para o motor, sabão para a água do mija (pra limprar o vidro, saca?) e você sai do posto de gasolina com o limite do cartão de crédito mais do que estourado. E ainda tem a caixinha do querido amigo do posto, tão prestativo e atencioso.

Mas o melhor mesmo é que você, depois de gastar essa grana toda, não sai de mãos abanando. Ganha de presente um lindo "não-sei-pra-que-serve" para usar no carro o resto do ano. Feliz Natal.



5 de ago. de 2013

A real Estrada Real

Acabo de chegar de dois dias de viagem por parte de Minas Gerais e já fiquei louco para voltar. Em pouco tempo vi Tiradentes, Congonhas e Ouro Preto, além de passar por São João Del Rei, Itabirito e Ouro Branco. Tudo muito rapidamente, mas o suficiente para despertar o desejo de ter muito mais tempo para explorar um território tão rico em histórias e em belezas naturais e não naturais.

Mas uma viagem como essa precisa ser bem preparada. Para começar mapas físicos das estradas e das principais cidades. Ainda não inventaram Google Maps que substitua o dobrar o mapa, marcar sua rota a caneta amarela, calcular distâncias rapidamente de cabeça. Depois um tablet com conexão à internet para, assim que chegar em cada lugar, poder ler histórias, conhecer personagens. Ou, quem sabe, contratar um guia turístico local para ter mais assunto.

Fico pensando no turista que virá para a Copa do Mundo e que vai se estabelecer em Belo Horizonte e tiver, entre um jogo e outro, tempo de ir passear por essas cidades históricas. Que maravilha, não?

Não. Maravilha nada. Vai ser um transtorno.

As estradas são horrorosas. Isso sim, placas do Governo de Minas dizendo que estão sendo feitas obras estão por toda parte. Mas não se vê nada sendo feito. Quase nenhuma obra importante. Buracos, buracos e mais buracos. As sinalizações são péssimas e precárias. Raramente você encontra uma que tê a distância que falta a seu destino (só no trecho da BR-040 que está privatizado entre Rio e Juiz de Fora). Nas estradas mineiras, reze para encontrar uma placa que te diga algo além de "Por favor, não atire nas placas", ou "Governo de Minas, aqui tem Samu". Provavelmente deve ser para você tomar um tiro e buscar ajuda médica.

Conseguir sair das cidades sem pedir informação é impossível.

Isso sem falar nas que existem e estão dobradas, quase que invisíveis (a da estrada para Tiradentes na altura de Barbacena está quase tombada). Há trecho de 1 Km em que há seis, repito, seis quebra-molas em sequencia. Ai invés de educar o motorista, as estradas punem e fazem você andar mais tempo em primeira e segunda, gastando mais combustível, poluindo mais. O governo deve pensar que colocando quebra-molas ao longo de cerca de 200Km entre BH e Juiz de Fora você fique feliz por passar mais tempo dentro do estado. Se for de noite então, você vai gastar o dobro do tempo normal.

Vou voltar, mas com tempo para apreciar mais as cidades, com mais músicas no Mp3 para aguentar tanto tempo de estrada e de mapa na mão, para não perder nenhuma entrada.



15 de jul. de 2013

Os piões atacam e Cabral espera para o golpe

Os manifestantes estão pedindo a saída de Cabral do governo? Pois estão pedindo tudo o que ele mais deseja nesse momento. Engana-se o "protestante" que acha que isso vai em contra do que deseja o governador. Fernando Molica já contou essa história em sua coluna de O Dia e já ouvi a mesma versão de uma ótima fonte de dentro do Governo. Cabral quer renunciar.

E para quê? Primeiro para sumir do mapa por uns tempos. Ele sabe que a situação dele está cada vez mais difícil. E do jeito que as coisas vão, Luiz Fernando Pezão não se elege nem síndico de condomínio. Uma saída de Cabral colocaria Pezão no governo e no ponto de bala para disputar a "reeleição" com toda a máquina trabalhando a seu favor.

E essa máquina precisa mesmo trabalhar antes que chegue alguém e comece e levantar contratos, concessões e licitações dos sete anos de governo Cabral, o que, no momento de ebulição por que passe o país, poderia ser fatal para o futuro imediato do atual governador. Com Pezão cinco anos no governo dá tempo de sobra de maquiar o que de mau já foi feito e deixar Cabral contando com a memória fraca do povo para 2018 ou 2020.

Nesse jogo de xadrez complicado que é o mapa atual de lideranças do Rio de Janeiro, curiosamente os ataques vieram dos piões e não do bispo ou da torre ou do cavalo, como era de se esperar. Cabral vai deixar que se coma sua rainha para tentar um xeque mate, como o Rei, dentro de cinco anos. O problema é que tabuleiro não está mais fixo à mesa como até outro dia. E os mesmos piões que atacam, querem virar o tabuleiro de cabeça pra baixo.

4 de jul. de 2013

Descobrimento do Brasil e Império Serrano

Depois de acompanhar o protesto de menos de 100 pessoas, ontem, em frente à TV Globo, e ouvindo manifestantes chego a algumas conclusões.

1 - Desde o Descobrimento do Brasil até hoje, tudo é culpa da TV Globo. (Dito por um manifestante)

2 - As frases que eles usam são mais para dar um plus no ego deles do que para assustar alguém. Vejam por exemplo. "Amanhã vai ser maior!". Claro, com 100 pessoas se amanhã não for maior, é melhor fechar a tendinha. "O Rede Globo, pode esperar, sua audiência vai baixar". Tentam, tentam, mas não baixa. O povo não é bobo. Só vê a Rede Globo. Qualidade, meu filho, é um problema que as outras emissoras tê, Gostemos ou não da Globo. "Não vai ter Copa!". Essa é pra dar gargalhada e não comentar.

3 - Os próprios manifestantes não se entendem. Vão para a rua sem saber o que vão pedir. Uns pedem que deixem os profissionais da Globo trabalharem em paz, sem ameaça. Outros pedem que vandalizem os vivos e profissionais da emissora. Outros pedem que vandalizem os vivos mas que deixem os profissionais trabalharem. ????

4 - Até a quebra do monópolio do petróleo é culpa da Globo. (dito por um membro do Sindipetro que estava na manifestação)

5 - Quem trabalha na Globo é conivente. (dito por outro manifestante)

6 - Ui muy iran. (Não entendi chongas, mas foi dito por um ex-índio da Aldeia Maracanã, que também estava no protesto). E para acabar, a melhor:

7 - Já caiu o Império Romano, já caiu o Império Otomano, e já caiu até o Império Serrano. Só falta cair o Império Global.

Com essa eu fecho a manifestação pra balanço. Acho que essa gente precisa se manifestar sim, mas com propostas coerentes. Se querem acabar com o "poder da mídia" do monopólio (ou do oligopólio, eles ainda não decidiram), façam coisas interessantes, disseminem e contaminem os outros com suas ideias. Mas com coisas concretas e não com ilações. Até a próxima.