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23 de mai. de 2011

Que bom que "no hay dos sin tres"

Já diz o ditado espanhol que "no hay dos sin tres" E ontem foi dia do meu terceiro show do Paul Mccartney. O primeiro no Maracanã em 1990, aos 16 anos, o segundo no Rock in Rio-Lisboa, em 2004, aos 30 anos e ontem o terceiro.

Difícil diz qual foi o melhor. O Paul de ontem pareceu um pouco cansado (afinal são 68 anos), mas às vezes surpreendia e lembrava o garoto Paul das fotos e filmes da década de 60. Paul sempre foi o Beatle mais simpático e segue assim. Um carisma fora do comum e que contagiou o público do começo ao fim.

Público que foi mudando ao longo desses anos. Em 90 era um público sedento por ver pela primeira vez um ex-Beatle ao vivo. Em Portugal, em 2004, idem. O de ontem era uma mescla das mais saudáveis. Dos veteranos fãs de John, Paul, George e Ringo (muitos passando dos 70 anos), até o fãs mais recentes de um fenômeno que não para de ser fenômeno.

Durante o show, Paul fez duas belas homenagens aos amigos, já mortos, da banda. Mas arrepiou o público cantando "Something" para George Harrison. Curioso, porque sem dúvida John Lennon foi o mais popular Beatle. E popular nesse caso não quer dizer o mais simpático.

Paul Mccartney, em 90, cantou pouco de sua banda mais famosa. Em 2004 foi além. Mas ontem deve ter sentido que é dele a responsabilidade de manter viva a chama "beatlemaníaca". Passeou pelos maiores sucessos e fez a plateia sair do Engenhão cantando "Na, Na, Na". Sem John e George, restam Paul e Ringo, que nunca fez o sucesso que ele próprio esperava. Fato.

E para terminar, o melhor. Vi meu terceiro show de Paul Mccartney ao lado do meu amor, e isso não tem preço.

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