31 de jan. de 2013
GRANDE
RIO – (Amo o Rio e Vou à Luta: Ouro Negro Sem Disputa...contra a Injustiça em
Defesa do Rio) - Inustiça com o Rio seria considerar esse enredo algo de bom. Vamos tentar. O veto da presidente Dilma à lei de redistribuição dos royalties talvez tenha tornado o enredo da
Grande Rio um pouco já ultrapassado. Mas a escola de Caxias perde e muito esse ano. Primeiro, perde para o Salgueiro o status
de escola mais global do carnaval. Depois perde para a Beija-Flor da pior forma: supera a escola de Nilópolis com o enredo chapa
branca. O samba é fraco, apesar de um refrão curto e bom. Estreante,
Emerson Dias tem a ajuda do experiente Nego no canto (ou seria o contrário?). Mas a letra não é sofrível, cheia de clichês. Parece que a maldição da bruxinha de Floripa, do bom samba de 2011, e que, dizem, foi responsável pelo incêndio que estragou o desfile da escola ainda na cidade, continua pairando sobre a
escola de Caxias. Embora digam por aí que quem causou o incêndio foi a...Mais não digo, porque estamos falando de samba e de Grande Rio.
30 de jan. de 2013
Fidelidade à Beija-Flor
BEIJA-FLOR (Amigo Fiel, do Cavalo do Amanhecer ao Mangalarga
Marchador) – Este vai ser o ano de redescobrir a Beija-Flor. Depois do
êxito com Roberto Carlos e do fracasso da homenagem ao Maranhão, vamos ver que
escola se apresenta e com que tipo de carnaval. Mas falar sobre uma raça de
cavalo traz um samba que precisa de muitas referências para se fazer entender.
E é aí que a coisa se complica. Mas ninguém pode duvidar da capacidade de
Neguinho da Beija-Flor de fazer esse samba, que tem momentos bons e outros sofríveis, de acontecer na Sapucaí. E no fim da
letra, há uma provocação a quem não acredita na escola. “Se a memória não me
falha...Chegou a hora de gritar é campeão”. Seria um recado para alguém? Talvez para
os jurados, talvez para quem, como eu, não acredita que a escola possa ir além de um quatro lugar na classificação geral. Mas pode-se esperar um grande desfile e garra de Nilópolis na avenida.
29 de jan. de 2013
O mangueirense ainda não gostou
MANGUEIRA – (Cuiabá: Um Paraído no Centro da América) –
Embora seja difícil para o mangueirense engolir um enredo patrocinado, em ano do
centenário de uma de suas figuras mais emblemáticas, Jamelão, o samba de 2013 é
bom. Lequinho e Junior Fionda têm história na escola com boas letras e parecem saber a fórmula de fazer um samba para dar certo na Sapucaí. O refrão dá a deixa para mais uma paradinha das que Ivo Meireles
gosta de inventar no desfile (e este ano com a possível novidade de uma bateria dividida em duas partes, ainda mais). A Mangueira sabe contar histórias como essa de Cuiabá
(já fez isso com 2004 com a Estrada Real), mas a verdade é que Ivo Meirelles não acerta o passo no comando da escola e parece a Mangueira dos anos pós-assassinato de Carlos Dória, quando a escola vagou pelo grupo especial com enredos como Trinca de Reis (onde, entre outros, homenageava Chico Recarey, veja só). Jamelão vai ficar relegado ao Jacarezinho no grupo de Ouro. Pelo menos a escola tem alguma tradição. A verdade é que o mangueirense ainda está desconfiado. Com o samba, com o enredo e com o carnaval.
28 de jan. de 2013
Olha a crítica
SÃO CLEMENTE – (Horário Nobre) – O título do post é uma imitação de Izaías de Paulo, cantor da escola na década de 80. É estranho que o enredo do
Salgueiro (Fama) tenha causado mais polêmica que o da São Clemente,
que escancara a homenagem à TV Globo. Poderiam ter aproveitado para meter na
letra algo sobre Avenida Brasil, que parou o país este ano, mas que sequer é citada na letra do samba. Seria oportuno. Mas o primeiro
refrão com “Viúva Porcina sambando igual mulata” é pobre e é o primeiro sinal
de que é tudo intencional na letra e a criatividade passa longe. Tudo é ruim no samba. Estava tão combinado com a Globo, mas a escola acabou dando azar no sorteio e não deve nem passar ao vivo para não atrapalhar Salve Jorge. Ironia do destino. Mas para uma escola que já teve sambas maravilhosos (Capitães do Alfalto) e outros divertidos, o ano de 2013 é para esquecer. Tem que torcer para não ser pior que a Inocentes e acabar sendo rebaixada.
27 de jan. de 2013
Nova tentativa da Portela
PORTELA – (Madureira, Onde meu Coração se deixou levar) – Sem
patrocínio a escola de Madureira resolveu cantar seu bairro, suas raízes.
Repete a tentativa de 2012 quando o samba sobre a Bahia funcionou bem no disco
e mal na avenida. A impressão que dá é que a escola busca em sua comunidade a
força para tentar voltar a conquistar um título que não vê há mais de 20 anos.
Se souber traduzir na avenida sua própria história (isso se as fantasias ficarem prontas em tempo, o que na Portela é sempre duvidoso) é capaz de fazer algo
diferente. Gilsinho está cada vez melhor, mas os problemas internos de
estrutura é que atrapalham a Portela na hora do “vamos ver”. Pode ser mais um
ano apenas para os portelenses sonharem com algo que desejam muito, mas que anda difícil de acontecer. O samba, repito, é bom como o do ano passado, que empolgou no disco e foi bem mixuruca na Sapucaí.
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