Marín durante a convocação. Crédito: Daniel Ramalho/ Terra |
José Maria Marín, presidente da CBF e do COL da Copa 2014, e que adora uma latinha, fez um discurso estranho antes da convocação da seleção esta manhã no Rio. Pediu, repetiu e voltou a reiterar o pedido para que ninguém, nas próximas semanas, fale de eleições. Fale apenas de Seleção Brasileira. Isso para que não se desvie o foco do futebol.
Eu tenho a mania de tentar pensar além do que o entrevistado ou falante, disse.
Quando Marin fala em eleições, é claro que ele fala em eleição, no singular, da CBF. Marcada para abril de 2014 vai roubar a cena da Copa do Mundo e da Seleção assim que o assunto sorteio da Copa esfriar. E isso vai ser logo no início do ano. Marco Polo, Andrés Sanches e outros que ainda podem surgir vão querer aparecer mais que os jogadores de Felipão.
Mas será que o recado dado por Marín (que vem falando bobagens desde da ditadura militar) não teria sido também para os políticos brasileiros? Vejamos: 2014 é ano de eleições. Da presidente Dilma ao mais diletante candidato a deputado estadual, todos vão estar imbuídos de transformar estádios, treinos e jogos em seus palanques eleitorais.
Marín atirou no que viu e pode muito bem ter acertado no que não viu.
Além de todos os atrasos vergonhosos que estamos tendo nas obras da Copa (e mostrando ao mundo como somos uma nação mesquinha e que deixa tudo para a última hora, quase sempre para poder burlar as leis e levar um por fora), ainda vamos mostrar nosso lado mais descarado, da política mais vergonhosa que reina na nação tupiniquim.
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