Ex-prefeito de Campos, e morto recentemente, Zezé Barbosa, raposa que comandou a cidade por muitos anos até perder a sucessão para outra raposa, dizia que quando se perde uma eleição até o cafezinho passa a vir frio. Dizia isso, para exemplificar a solidão que a perda do poder impõe ao político em fim de carreira. Zezé sabia que não tinha o que fazer. Tanto que se isolou depois da derrota, e nunca mais foi visto dando sequer um pitaco na política local, que sofreu e muito depois de sua saída.
Digo isso para refletir sobre mais uma internação do ex-presidente Lula. Muito mais que o câncer, o que afeta Lula é muito mais o isolamento da falta do poder. E isso rapidamente se transforma em depressão. As visitas dos amigos continuam, podem até ser frequentes, midiáticas. Dá conselhos, mas quase sempre não são levados mais em conta. A solidão do pós-poder é ainda mais cruel.
Lula tinha cacife para seguir no poder por mais tempo. Talvez em algum cargo internacional. Ou como conselheiro direto da presidente Dilma. Mas, nada. Vai ser difícil até que consiga participar da campanha à prefeitura de São Paulo (sem dúvida a que vai ser mais animada este ano), muito menos pensar em voltar em 2014.
Tomara que Lula se recupere. Apesar de não estar de acordo com mais da metade de suas opiniões, atitudes e omissões com corruptos, o ex-presidente dá um molho especial na política nacional. Aliás, não estou de acordo com 99% dos políticos; é da profissão desconfiar sempre de quem governa e de quem está na oposição também.
Curioso é que depois da saída dele da cena política ativa, os sindicatos começam a se rebelar e pipocam os movimentos grevistas pelo país. Até nos sindicatos a influência de Lula está em horas baixas. O café do presidente anda chegando requentado.
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12 de mar. de 2012
1 de ago. de 2011
A primeira surpresa da Copa
Deu pra começar a sentir o clima da Copa de 2014 no fim de semana. O sorteio das eliminatórias esteve bem organizado, bem estruturado e, fora a bagunça que foi a zona mista para a imprensa, teve uma boa surpresa.
E a surpresa foi a presidente Dilma Roussef. Ao contrário de Jospeh Blatter que, antes de mencionar a presença de Pelé, o maior jogador de futebol de todos os tempos, ressaltou Havelange (o que era óbvio), Dilma destacou Pelé. Tapa de mão aberta no Ricardo Teixeira. Que teve que sorrir. E ver Teixeira sorrir só em duas situações: ou ganhou alguma causa contra algum jornalista ou levou uma lambada da boa.
No caso, foi a opção número dois.
Não sei se vai ser assim até o fim. Mas diferente de Lula, que aceitou que Teixeira mandasse à vontade em tudo o que se refere a Copa do Mundo, incluindo desfilar pelo Congresso Nacional e pelos Minstérios fazendo lobby a seu bel prazer, a presidente Dilma parece disposta a fazer Teixeira andar na linha. Ele vai ser monitorado o tempo todo. Dilma quer, e tem que, mostrar a Teixeira que quem manda no Brasil é ela. E não ele.
Teixeira sorriu amarelo e deu a entender nesta segunda-feira, no site da CBF, que é Dilma quem manda mesmo. Ou ele anda pisando em ovos com a Presidente, ou está apenas dando corda para puxar mais tarde. O que é perfeitamente possível.
Mas no meio de tanta coisa feia e atrasada, a Copa de 2014 começou com algo positivo.
E a surpresa foi a presidente Dilma Roussef. Ao contrário de Jospeh Blatter que, antes de mencionar a presença de Pelé, o maior jogador de futebol de todos os tempos, ressaltou Havelange (o que era óbvio), Dilma destacou Pelé. Tapa de mão aberta no Ricardo Teixeira. Que teve que sorrir. E ver Teixeira sorrir só em duas situações: ou ganhou alguma causa contra algum jornalista ou levou uma lambada da boa.
No caso, foi a opção número dois.
Não sei se vai ser assim até o fim. Mas diferente de Lula, que aceitou que Teixeira mandasse à vontade em tudo o que se refere a Copa do Mundo, incluindo desfilar pelo Congresso Nacional e pelos Minstérios fazendo lobby a seu bel prazer, a presidente Dilma parece disposta a fazer Teixeira andar na linha. Ele vai ser monitorado o tempo todo. Dilma quer, e tem que, mostrar a Teixeira que quem manda no Brasil é ela. E não ele.
Teixeira sorriu amarelo e deu a entender nesta segunda-feira, no site da CBF, que é Dilma quem manda mesmo. Ou ele anda pisando em ovos com a Presidente, ou está apenas dando corda para puxar mais tarde. O que é perfeitamente possível.
Mas no meio de tanta coisa feia e atrasada, a Copa de 2014 começou com algo positivo.
24 de jun. de 2011
Elogios ao lado de lá
Está no ar uma publicidade do Ministério da Educação sobre merenda escolar. O que chama a atenção é que a peça, em forma de reportagem, traz o "repórter" ao vivo, direto da escola Ruth Cardoso, em São Paulo.
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, em entrevista ao Globo por ocasião do seu aniversário de 80 anos na semana passada, elogiou o trabalho do ministro Fernando Haddad frente à pasta da educação.
Recentemente também, a presidente Dilma Roussef não se furtou em elogiar FHC, pelas medidas econômicas de seu governo. Contra todas as normas do seu partido, o PT, é certo. FHC gentilmente agradeceu e retribuiu os elogios.
Por certo, o elogio de FHC a Haddad é bastante questionável. Mas a verdade é que alguns setores do governo parecem andar batendo asas pro lado Tucano, como forma de se preservar do bombardeio que o PT promove internamente no atual governo.
A política se movimenta de maneira incrível nesse país.
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, em entrevista ao Globo por ocasião do seu aniversário de 80 anos na semana passada, elogiou o trabalho do ministro Fernando Haddad frente à pasta da educação.
Recentemente também, a presidente Dilma Roussef não se furtou em elogiar FHC, pelas medidas econômicas de seu governo. Contra todas as normas do seu partido, o PT, é certo. FHC gentilmente agradeceu e retribuiu os elogios.
Por certo, o elogio de FHC a Haddad é bastante questionável. Mas a verdade é que alguns setores do governo parecem andar batendo asas pro lado Tucano, como forma de se preservar do bombardeio que o PT promove internamente no atual governo.
A política se movimenta de maneira incrível nesse país.
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