Minha mulher me alertou ainda no café da manhã: leia. Era o artigo do Bill Keller, do NY Times de hoje no Globo. Entre minhas atribuições de síndico e de chefe de reportagem da CBN consegui fazê-lo agora, às 17h45. Isso que tomamos café bem cedo hoje.
Li e estou refletindo. É bom ler um texto de qualidade e bem traduzido, não? Lembro dos tempos em que eu lia mais. Mais que no ano passado, por exemplo, onde fiquei abaixo da média nas minhas leituras. Isso me faz sentir péssimo.
Keller questiona as redes sociais, sem desmerecê-las. E lembrei imediatamente da frase do comercial do Black Berry, que vende seu sistema de mensagens: "é como se a outra pessoa estivesse do lado". Grande mentira.
Estamos todos cada vez mais metidos em redes sociais e cada vez mais antisociais. Vou seguir refletindo, mas vou tentar discutir pessoalmente essas dúvidas. Se discutir pelo twitter, pelo facebook, ou mesmo pelo blog, fico limitado.
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3 de jun. de 2011
21 de abr. de 2011
Apagar no feriado
Feriado de plantão. Redação tranquila. Chegando a hora de ir embora. Você para e começa a olhar com mais atenção para suas redes sociais. O tempo é bom para passar o tempo e realizar algumas tarefas que, no dia a dia, seriam impossíveis.
É aquele dia de fazer uma limpeza no twitter. Você bloqueia alguns malas (poucos, poucos), atualiza seu perfil e adiciona algumas pessoas que só o feriado te permitem lembrar.
Vai no Orkut e dá uma limpeza básica. O orkut anda tão feio, tão chato e ainda por cima tive que adicionar tanta gente que não conheço que preferi deixar rolar. Lá tem o mínimo de informações sobre mim e limpo o que é possível. O resto vai ficando.
Apesar de ter resistido ao Facebook por muito tempo, começo a me acostumar mais com essa rede social. Mas só adiciono quem eu conheço de verdade. De verdade mesmo. É por isso que hoje aproveitei para limar aquelas que conheço, mas nem tanto. São pessoas legais, mas que passaram pelo meu caminho, assim, quase sem querer. Adicionei a princípio, mas agora vendo o que postam (posta é de peixe, diria meu falecido pai), parecem-me menos interessantes.
Curioso que quem me chamou a atenção sobre isso foi alguém que adicionei sem conhecer bem. Apenas por uma questão de afinidade entre famílias. Ele colocou um post, comentei, e horas depois ele, sincero, comentou: "Tem gente escrevendo pra mim que nem sei quem é". Senti-me identificado. Dei-lhe razão e imediatamente me exclui de seu rol de amigos (ninguém mais escreve rol de amigos...).
A partir daí comecei a deletar alguns que acho mala. A profissional indefinida que divaga filosofia barata de botequim da Lapa; o(s) coleguinha(s) que acha(m) que seu time de futebol é a coisa mais importante do mundo e enchem o saco com mensagens bestas sobre a superioridade do seu time sobre os outros, como se fosse a coisa mais importante do mundo. Passei por aparentados, ex-colegas de trabalho que nunca mais vi, nem ouvi, nem sequer recebi um e-mail de fim de ano.
Enfim, espero que façam o mesmo comigo. Não controlo meu número de amigos. Se tenho 489 e dois dias depois caio para 474 prometo não ir à lista e tentar me lembrar quem foi que me excluiu. Não vou lembrar quem era mesmo.
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