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19 de ago. de 2011

Dá para disfarçar

Esta semana estive no Beira-Rio para o jogo entre Inter e Botafogo e fiquei assustado com o ritmo das obras para a Copa do Mundo. Bom, falar em ritmo é ser até bondoso. Já são três meses com tudo parado. No Rio as obras do Maracanã estão paradas porque houve um acidente e as condições de trabalho parecem não ser das melhores. O Itaquerão, então, nem se mexe. A Arena das Dunas em Natal e a de Recife andam a passos de tartaruga.

E isso tudo porque já estamos no fim de agosto de 2011 e 2012 se aproxima. A Copa do Mundo é daqui a menos de três anos. Isso sem falar na Copa das Confederações. E o que mais se me deixa estarrecido é o fato de as empreiteiras pagarem, no caso do Rio, pouco mais de R$ 3 de ticket alimentação e em Belo Horizonte pouco mais, ou pouco menos, de R$ 1.

Para uma obra que custa quase R$ 1 bilhão será que não se poderia deixar de lucrar um pouquinho e dar algo mais digno ao trabalhador? Não sou comunista, longe disso, mas esse tipo de exploração é uma vergonha. Um país que diz moderno, que se diz uma das maiores economias do mundo, poderia ter um pouco mais de respeito.

Querem levar nossa grana por causa de uma Copa do Mundo? Tudo bem. Querem que o governo no final pague a conta de uma Copa que o sr. Ricardo Teixeira dizia que seria paga apenas pela iniciativa privada? Fazer o quê, mas vai acabar sendo assim. Mas poderiam disfarçar um pouco.

2 de ago. de 2011

A solução pro Maracanã

Para começo de conversa o Maracanã deveria ser tombado. Não pelo IPHAN, porque isso ele já é. Deveria ser tombado, demolido, implodido, colocado abaixo, destruído, para dar lugar a outro novo, moderno, e, pasmem, no mesmo lugar.

O Maracanã é um estádio velho, acabado, fora de moda. De tradições e histórias sim, mas sem estrutura capaz de aguentar reforma atrás de reforma. Só a falta de vergonha de certa gente é capaz de engordar um orçamento que começou em R$ 500 milhões, foi a R$ 704 milhões e agora alcança quase R$ 1 milhão. Sem falar nas reformas feitas para o Pan de 2007, que viraram poeira menos de quatro anos depois.

E ainda temos que ver o Ministério Público pedir que a obra seja paralisada e que seja reconstruído o que já foi destruído. Não sei se isso é sério ou se é uma tentativa do MPF de rivalizar com o Governo do Estado no nível da piada de mau gosto.

Outro dia o mesmo MPF fez uma audiência pública para saber o que deveria ser feito com o Maracanã. E claro, teve que ouvir toda a sociedade. Todo mundo falou numa sessão que durou quase cinco horas. E todas as minorias, que dentro em breve serão a maioria das minorias, queriam seu espaço dentro do futuro Maracanã. Isso mesmo, pediam espaço, gratuidade, privilégios. Ou vocês pensam que só os políticos podem tirar sua casquinha? Nada disso. Todo mundo quer seu pedaço da fatia do bolo. Um bolo em forma de Maracanã e ao custo de 1 bilhãozinho.

O Maracanã pode ser considerado uma vergonha maior que o Itaquerão (que apesar de toda a polêmica e lances estranhos entre a Prefeitura de São Paulo, Corinthians, CBF e empreiteiros, é particular e vai custar menos). E pior: vai ser novo. Coisa que o Maracanã não vai ser nunca.

Wembley, Estádio da Luz, Estádio Alvalade, Estádio das Antas. Todos tinham história e vão continuar tendo. Mas foram jogados no chão e em seus lugares e a preços bem menores e com menos roubalheira, foram construídos estádios novos em folha; nesses o torcedor se sente confortável, é bem tratado, vê bom espetáculo e se sente respeitado. Respeito que por aqui não existe.