O pedido de dispensa de Leandrinho da Seleção de basquete não foi nenhuma surpresa. Todo mundo já esperava. O que ninguém esperava era o jeito como foi feito: por e-mail, meia hora antes da apresentação oficial marcada para um hotel de São Paulo. Mal.
Nenê, com todas as desculpas de ser free agent em Denver, ou qualquer outra história, já não tinha desculpa para pedir dispensa. E Leandrinho? Problema de contrato não é. Renovou com o Toronto Raptors, onde não consegue se firmar. Uma lesão, talvez, que obrigue o jogador a fazer uma pequena cirurgia na mão por essas datas. Ah, agora sim. É compreensível?
Não é não.
Leandrinho está de férias desde abril e ao invés de ficar pelas quadras do país vendo finais da NBB, poderia ter tirado um tempo para se cuidar e estar pronto para a Seleção Brasileira em julho. Mas Leandrinho, assim como Nenê, ignoram a Seleção Brasileira.
Mas temos o outro lado da moeda, ou da NBA. Tiago Splitter, por sua vez, se apresentou e parece empolgado em estar na Seleção. Ao menos pelo twitter. Menos mal. E Varejão, mesmo sem a menor condição física, se apresentou e disse que vai viajar com o grupo a Buenos Aires. Mais ricos e famosos na NBA, Nenê e Leandrinho poderiam pegar um pouco do espírito de Seleção com Splitter e Varejão.
Ou que peçam dispensa para sempre. O Brasil não precisa deles.
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5 de jul. de 2011
24 de jun. de 2011
O fã de Ronaldinho
A notícia nem é para alarmar, nem para assustar. É a de sempre. Nenê pede dispensa da Seleção. Motivos contratuais e profissionais.
Bom, questão contratual é sempre complicada, porque nunca se sabe, ao certo, que pressão exerce a NBA sobre seus jogadores quando o assunto é jogar pela seleção. Não acontece só com o Brasil. O contrato de Nenê com o Denver vai até a próxima temporada. Ou o jogador quer pressionar para renovar logo, já que anda em horas baixas na sua franquia, ou não se entende o porquê de pedir dispensa do Pré-Olímpico da Argentina.
Razões pessoais? A não ser que a razão de o jogador pedir dispensa tenha tido uma recaída do seu problema no testículo, que aí sim é sério e pode ser compreendido (embora o desejo de todos é que isso não aconteça), a decisão de Nenê de não acudir a mais uma chamada da Seleção é vergonhosa.
Melhor teria sido ligar antes para Ruben Magnano e ter dito: "Não me inclua na lista. Não quero ir. Não gosto de jogar pelo Brasil, não me sinto bem". Ponto final. Mas negar-se a representar o país uma e outra vez começa a pegar mal.
Ou talvez, por ser um fã de Ronaldinho Gaúcho, Nenê tenha chegado a um ponto na carreira que tenha decidido imitar seu ídolo, atualmente no Flamengo: jogar apenas para passar o tempo, sem compromisso com vitórias, contratos, regras.
E, verdade seja, dita. Não foi Nenê quem abandonou a seleção de basquete uma vez mais. Foi o basquete que há algum tempo abandonou Nenê dentro de quadra.
Bom, questão contratual é sempre complicada, porque nunca se sabe, ao certo, que pressão exerce a NBA sobre seus jogadores quando o assunto é jogar pela seleção. Não acontece só com o Brasil. O contrato de Nenê com o Denver vai até a próxima temporada. Ou o jogador quer pressionar para renovar logo, já que anda em horas baixas na sua franquia, ou não se entende o porquê de pedir dispensa do Pré-Olímpico da Argentina.
Razões pessoais? A não ser que a razão de o jogador pedir dispensa tenha tido uma recaída do seu problema no testículo, que aí sim é sério e pode ser compreendido (embora o desejo de todos é que isso não aconteça), a decisão de Nenê de não acudir a mais uma chamada da Seleção é vergonhosa.
Melhor teria sido ligar antes para Ruben Magnano e ter dito: "Não me inclua na lista. Não quero ir. Não gosto de jogar pelo Brasil, não me sinto bem". Ponto final. Mas negar-se a representar o país uma e outra vez começa a pegar mal.
Ou talvez, por ser um fã de Ronaldinho Gaúcho, Nenê tenha chegado a um ponto na carreira que tenha decidido imitar seu ídolo, atualmente no Flamengo: jogar apenas para passar o tempo, sem compromisso com vitórias, contratos, regras.
E, verdade seja, dita. Não foi Nenê quem abandonou a seleção de basquete uma vez mais. Foi o basquete que há algum tempo abandonou Nenê dentro de quadra.
13 de jun. de 2011
Dallas, a vitória do esporte de competição
A vitória do Dallas Mavericks foi um prêmio e tanto para Dirk Nowitzki e para Jason Kidd. Os dois estão na reta final de suas carreiras e mereciam, mais que ninguém, um anel da NBA. Os deuses do esporte quase sempre são caprichosos e costumam deixar grandes ídolos sem grandes prêmios. Mas na final da NBA deste domingo, fez-se justiça com esses dois craques do basquete.
Justiça também com Cleveland. Lebron James saiu do time pelas portas do fundo, com a soberba de montar um time invencível ao lado de Dwayne Wade e Chris Bosh, em Miami. Mas o basquete é a essência do esporte coletivo. Um só não resolve. Pior: três craques só não resolvem. E não resolveram.
Na verdade deveriam ter caído antes da final. O certo seria terem caído contra Chicago ou Boston. Chicago nem tanto, mas Boston era mais equipe. Mas veio a final da NBA e aí, não teve jeito.
Lebron James provou que nunca será Michael Jordan. Nem que Scottie Pippen pense o contrário.
James foi criticado no início do ano por Jordan, Larry Bird e Magic Johnson, que sempre consideram mais saudável para o esporte serem rivais, ao invés de se juntarem em busca do time perfeito. A competição para eles era mais importante que, simplesmente, apenas vencer.
James não pensou assim. Pensou em vencer. Vencer a qualquer custo. E foi derrotado.
Vitória do Dallas por 4 a 2 e vitória também dos Cavaliers, que terão no draft do fim do mês, uma chance dupla de reforçar o time e voltar a ser um dos grandes da NBA. E sem o amarelão do Lebron James, com chances reais de ganhar alguma coisa.
Justiça também com Cleveland. Lebron James saiu do time pelas portas do fundo, com a soberba de montar um time invencível ao lado de Dwayne Wade e Chris Bosh, em Miami. Mas o basquete é a essência do esporte coletivo. Um só não resolve. Pior: três craques só não resolvem. E não resolveram.
Na verdade deveriam ter caído antes da final. O certo seria terem caído contra Chicago ou Boston. Chicago nem tanto, mas Boston era mais equipe. Mas veio a final da NBA e aí, não teve jeito.
Lebron James provou que nunca será Michael Jordan. Nem que Scottie Pippen pense o contrário.
James foi criticado no início do ano por Jordan, Larry Bird e Magic Johnson, que sempre consideram mais saudável para o esporte serem rivais, ao invés de se juntarem em busca do time perfeito. A competição para eles era mais importante que, simplesmente, apenas vencer.
James não pensou assim. Pensou em vencer. Vencer a qualquer custo. E foi derrotado.
Vitória do Dallas por 4 a 2 e vitória também dos Cavaliers, que terão no draft do fim do mês, uma chance dupla de reforçar o time e voltar a ser um dos grandes da NBA. E sem o amarelão do Lebron James, com chances reais de ganhar alguma coisa.
16 de mai. de 2011
NBA de loucos
A temporada da NBA parecia desanimadora, mas está se tornando a mais interessante dos últimos tempos.
Tudo começou com o Memphis surpreendendo o San Antonio Spurs nos playoffs. Bom, os caras não deixam o Splitter jogar. Bem feito. Depois foi a vez do Atlanta acabar com a marra do Superman Howard e seu Orlando Magic. Bom.
Chegam as semifinais de conferência e mais supresas.
No Oeste, duvido que alguém tenha chegado a aventar a mínima possibilidade de o Dallas varrer o Larkers da série como aconteceu. Na mesma conferência ninguém poderia imaginar que Memphis seguiria surpreendendo e fazendo difícil a vida do Oklahoma City como fez. Agora quero ver alguém fazer qualquer aposta convicta nas finais. Dallas está descansado, mas e daí?
Nas semifinais do Leste, Chicago fez seu dever de casa contra o Atlanta, mas Boston foi uma decepção contra o Miami (o time a ser batido). Miami e Chicago já começaram a duelar e Chicago meteu 21 no primeiro jogo. Não é o favorito, mas contra o traidor Lebron James (sou Cavs) tudo é válido.
Aposto numa final Oklahoma x Chicago. Mas vai acabar dando Dallas x Miami.
Tudo começou com o Memphis surpreendendo o San Antonio Spurs nos playoffs. Bom, os caras não deixam o Splitter jogar. Bem feito. Depois foi a vez do Atlanta acabar com a marra do Superman Howard e seu Orlando Magic. Bom.
Chegam as semifinais de conferência e mais supresas.
No Oeste, duvido que alguém tenha chegado a aventar a mínima possibilidade de o Dallas varrer o Larkers da série como aconteceu. Na mesma conferência ninguém poderia imaginar que Memphis seguiria surpreendendo e fazendo difícil a vida do Oklahoma City como fez. Agora quero ver alguém fazer qualquer aposta convicta nas finais. Dallas está descansado, mas e daí?
Nas semifinais do Leste, Chicago fez seu dever de casa contra o Atlanta, mas Boston foi uma decepção contra o Miami (o time a ser batido). Miami e Chicago já começaram a duelar e Chicago meteu 21 no primeiro jogo. Não é o favorito, mas contra o traidor Lebron James (sou Cavs) tudo é válido.
Aposto numa final Oklahoma x Chicago. Mas vai acabar dando Dallas x Miami.
2 de dez. de 2010
As marcas desta noite
Dois eventos vão agitar a noite do esporte, diria, mundial, nesta quinta-feira.
Primeiro o lançamento da biografia do Mestre Luiz Mendes, o comentarista da Palavra Fácil, com quem tive a honra de trabalhar durante quase quatro anos no Sistema Globo de Rádio e o orgulho de ter me tornado seu amigo. Com o Mendes aprendemos a cada dia, com suas palavras, sua organização (guarda todas as súmulas dos jogos em que trabalha), sua profissionalidade acima de toda prova. Vai ser uma noite inesquecível. Para toda a crônica esportiva brasileira e para todos os que amam essa profissão.
Segundo, esta noite será a volta de Lebron James à Q Arena, em Cleveland. James deixou os Cavs pela porta dos fundos. Trocou a camisa 23 pela 6 do Miami Heat para se juntar a um projeto vencedor, mas que já nasce com a cara do fracasso de James. Jamais poderá ser comparado a um Michael Jordan, ou a Erwin Magic Johnson ou a Larry Bird, que foram capazes de levar Chicago, Lakers e Boston a títulos da NBA. James só será capaz de ganhar um título juntando-se a dois outros excelentes jogadores. Não teve "cojones" para levar um time ao lugar mais alto da NBA. Pode até ganhar o jogo de noite, mas será incapaz de ficar na história.
Sorte ao meu amigo Varejão esta noite. Que se destaque e, quem sabe, que leve os Cavs a uma vitória para lavar a alma desta torcida.
Primeiro o lançamento da biografia do Mestre Luiz Mendes, o comentarista da Palavra Fácil, com quem tive a honra de trabalhar durante quase quatro anos no Sistema Globo de Rádio e o orgulho de ter me tornado seu amigo. Com o Mendes aprendemos a cada dia, com suas palavras, sua organização (guarda todas as súmulas dos jogos em que trabalha), sua profissionalidade acima de toda prova. Vai ser uma noite inesquecível. Para toda a crônica esportiva brasileira e para todos os que amam essa profissão.
Segundo, esta noite será a volta de Lebron James à Q Arena, em Cleveland. James deixou os Cavs pela porta dos fundos. Trocou a camisa 23 pela 6 do Miami Heat para se juntar a um projeto vencedor, mas que já nasce com a cara do fracasso de James. Jamais poderá ser comparado a um Michael Jordan, ou a Erwin Magic Johnson ou a Larry Bird, que foram capazes de levar Chicago, Lakers e Boston a títulos da NBA. James só será capaz de ganhar um título juntando-se a dois outros excelentes jogadores. Não teve "cojones" para levar um time ao lugar mais alto da NBA. Pode até ganhar o jogo de noite, mas será incapaz de ficar na história.
Sorte ao meu amigo Varejão esta noite. Que se destaque e, quem sabe, que leve os Cavs a uma vitória para lavar a alma desta torcida.
10 de nov. de 2010
Ainda é cedo, mas...
Ainda é muito cedo, mas é fato que o projeto do Miami Heat com James, Bosh e Wade não decola. Ao contrário, os Cavs parecem cada vez mais um time, sem ter que jogar pra um homem específico. Anderson Varejão já fez 23 pontos num jogo esse ano e tem média de pontos superior a 10. Mo Willians, J.J.Hickson, Daniel Gibson começam a se destacar. Claro que a temporada está só começando, mas a profecia de Dan Gilbert, dono dos Cavs, pode se concretizar. A meias, claro. Dan disse que os Cavs seriam campeões antes de King James no Miami. Nem tanto ao mar, nem tanto à terra. Acho difícil os Cavs ganharem o título, mas o Miami vai ter que cortar dobrado pra chegar na final da Conferência. Quiçá na final da NBA.
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