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7 de nov. de 2011

Futebol sem matemáticas

O futebol não tem lógica nenhuma. E por isso mesmo é apaixonante. O Flamengo poderia ter perdido o primeiro tempo contra o Cruzeiro por 3 a 0. Tomou o primeiro gol numa falha tremenda da zaga aos 23 de jogo. Quatro minutos depois, Farías acertou o travessão de Paulo Victor e seis minutos depois Montillo sofreu um pênalti de Alex Silva. O zagueiro Victorino bateu, a bola explodiu no travessão e saiu. O Cruzeiro era melhor, dominava e o Flamengo não tinha entrado no jogo. As tentativas do Flamengo eram apenas de chutes de longa distância, com Thiago Neves e Thomás. E foi justamente num chute de longe, que Deivid acertou a trave, a bola bateu nas costas de Fábio e entrou. O Flamengo achava um empate no meio do nada e voltava pro jogo.

Na volta pro segundo tempo, Luxemburgo entrou com Muralha no lugar do Maldonado. O Flamengo ganhou em movimentação, poder de marcação e precisou de apenas três minutos para virar o jogo. Escanteio cobrado por Ronaldinho Gaúcho, Fábio fica olhando e Deivid, na linha do gol cabeceia no fundo. O resultado deixava o Cruzeiro na zona do rebaixamento.

O time mineiro perdeu os nervos o Flamengo precisou de mais seis minutos para ampliar com Tiago Neves depois de lindo passe do Muralha. O Cruzeiro ainda perdia Montillo lesionado. O time de Vagner Mancini se desesperou e levou o quarto aos 12 minutos e o quinto aos 25, novamente om Thiago Neves em uma falha grotesca do goleiro Fábio.

O Flamengo, que começou o jogo longe de uma vaga na Libertadores, 90 minutos depois estava de volta à luta pelo título. E o Cruzeiro tem uma reta final das mais complicadas. Enfrenta nada mais nada menos que quatro adversários diretos na luta contra o rebaixamento. A gangorra do campeonato brasileiro não para de se mexer.

Vídeo antes do jogo Flamengo x Cruzeiro

5 de nov. de 2011

Olho aberto com o Figueirense

Colocar toda culpa no Caio Jr. pela derrota deste sábado diante do Figueirense é fácil demais. A torcida pode achar que o técnico inventou barrando o Herrera no primeiro tempo e armando o time com três volantes, adiantando o Renato. Mas deu resultado. O Botafogo fez um primeiro tempo melhor que o adversário, criou mais oportunidades. Mas e por que não venceu? Porque aos cinco minutos o Jéfferson falhou feio e permitiu ao atacante Julio Cesar abrir o placar num lance bobo. Lance defensável que goleiro de seleção brasileira não pode aceitar. Muito menos a seis rodadas do fim do campeonato. 

No segundo tempo, Caio Jr. desfez a tentativa de mandar o Botafogo à frente e voltou com Herrera no ataque. Mas, curiosamente, o Botafogo foi pior no segundo tempo com a formação que o torcedor está acostumado. Claro que pegou um Figueirense cada vez mais fechado, tentanto apenas o contra-ataque, mas sem lá muita disposição. Méritos também para a ótima atuação do zagueiro Édson Silva.

O Figueirense venceu com méritos, porque fez o que o Botafogo não fez: gol. E com justiça dorme com uma vaga na Taça Libertadores. Acho que o Botafogo se despediu da luta pelo título, mas nesse campeonato tudo pode acontecer. E esse Figueirense ainda vai enfrentar Flamengo, Fluminense e Corinthians e pode ser o fiel de uma balança que não para de se mexer.

Vídeo antes do jogo Botafogo x Figueirense

4 de nov. de 2011

Agradecimento a um amigo

Os tempos são difíceis, as notícias não andam sendo boas para muitos de nós este ano. Mas quando um amigo diz adeus para curtir a vida, enche a gente de alegria e de saudade da boa. Abro um parêntesis aqui neste blog para deixar meu agradecimento ao amigo Chiquinho de Assis, operador de áudio da Rádio Globo, que se aposentou esta semana.

Trabalhamos juntos desde janeiro de 2007, quando entrei na Rádio Globo, até o fim da Copa do Mundo de 2010, quando vim definitivamente para a CBN. Foram três anos e meio de muita camaradagem, algum stress, muitas risadas e, por minha parte, de um aprendizado ímpar. Aprendi o que é trabalhar em equipe. E quase sempre uma equipe de dois, vendo futebol dentro de um estúdio, para por no ar esse canhão que é o Futebol Show da Globo.


Todos nós que nos acostumamos com as vinhetas dos clubes, fiu-fius da Globo, gonguinho do tempo durante os jogos, temos que saber que tudo sai à perfeição porque na mesa de áudio da Rádio Globo, pelo menos nos últimos 20 anos, eram frutos do talento de Chiquinho de Assis. 


Chiquinho me ensinou muito. Da tranquilidade, do bom humor e de como é ruim a gente se acostumar com quem trabalha com esmero, com talento, com dedicação e com amor a uma profissão. Chiquinho é um profissional e um amigo de quem vou sentir muita falta. Aliás, já sinto falta desde o ano passado. Mas pelo menos sei que ele vai aproveitar a aposentadoria para curtir a esposa, curtir os netos e dar risada da vida.

Ah, e, agora um recado direto pra ele: - Veja se vai ao Ceará ver sua terra, amigo Chico. Você merece tudo de bom. Aproveita. Você merece.