Até agora a história da transferência do zagueiro do Vasco, Anderson Martins, para o futebol do Catar não passou na minha garganta. Quer dizer que o jogador não queria ir e foi voto vencido? Vencido por quem? Quem, se não ele, votou contra? Quem, além do próprio jogador, pode saber para onde quer ir?
Lembro-me do cantor Juca Chaves que, insatisfeito com as normas impostas pelas gravadores criou sua própria marca, cujo slogan era "A Voz do Dono e o Dono da Voz".
Quer dizer que mesmo nos tempos modernos Anderson Martins não é dono do seu destino? Se não é, é porque é escravo. Ou do clube, ou do empresário ou de um grupo de empresários. E isso não pode ser aceito, assim, como se fosse normal.
Não há dinheiro no mundo que faça alguém mudar de trabalho se ele não quiser. A não ser que seja demitido. Algo que não aconteceu. Anderson Martins não queria ir. Foi obrigado. Vai ganhar dinheiro? Vai. Mas alguém vai ganhar também. E a Polícia Federal, o Banco Central, sei lá qual autoridade, precisam saber o que aconteceu, fiscalizar, tomar conhecimento do assunto.
As autoridades precisam saber o que está acontecendo e me contar, porque até agora sigo sem entender.
31 de ago. de 2011
29 de ago. de 2011
Mundo doido esse
Mundo doido esse em que é considerado esporte algo em que um sujeito soca a cabeça do outro contra o chão até que alguém, que se denomina árbitro, fique satisfeito e mande o socador parar. E hordas pulam de alegria vendo isso acontecer.
Mundo doido esse em que uma pessoa sai de ambulância de um estádio de futebol depois de ter um Acidente Vascular Encefálico e hordas desejam, aos berros, que ele morra. Só porque, por algumas horas, ele é um adversário num jogo de futebol.
Mundo doido esse em que se surram as pessoas no meio da Avenida Paulista ou no meio de uma festa popular, simplesmente por suspeitar que ela tenha trejeitos homossexuais. E hordas festejam o feito com se fossem os machões, sem mácula, a raça pura e perfeita.
A primeira cena descrita acima, como bem disse o amigo Julio Gomes, é digna do pior de Mad Max, quando Mel Gibson ainda era ator de algum respeito.
A segunda cena é digna do Gladiador, onde Russel Crowe interpretava um romano, do início da era Cristã ou seja, há dois mil anos, e espera o público decidir se seu adversário sobreviveria ou seria sacrificado.
A terceira cena é mesmo dos dias atuais, onde se pode ter a exata noção de que a humanidade volta no tempo. Regride. E no meio do que parece ser sua maior revolução tecnológica, perde seu rumo.
Nos resta rezar para que isso tudo não passe de um grande pesadelo.
Mundo doido esse em que uma pessoa sai de ambulância de um estádio de futebol depois de ter um Acidente Vascular Encefálico e hordas desejam, aos berros, que ele morra. Só porque, por algumas horas, ele é um adversário num jogo de futebol.
Mundo doido esse em que se surram as pessoas no meio da Avenida Paulista ou no meio de uma festa popular, simplesmente por suspeitar que ela tenha trejeitos homossexuais. E hordas festejam o feito com se fossem os machões, sem mácula, a raça pura e perfeita.
A primeira cena descrita acima, como bem disse o amigo Julio Gomes, é digna do pior de Mad Max, quando Mel Gibson ainda era ator de algum respeito.
A segunda cena é digna do Gladiador, onde Russel Crowe interpretava um romano, do início da era Cristã ou seja, há dois mil anos, e espera o público decidir se seu adversário sobreviveria ou seria sacrificado.
A terceira cena é mesmo dos dias atuais, onde se pode ter a exata noção de que a humanidade volta no tempo. Regride. E no meio do que parece ser sua maior revolução tecnológica, perde seu rumo.
Nos resta rezar para que isso tudo não passe de um grande pesadelo.
20 de ago. de 2011
Aplicação tática é tudo
Mesmo sem contar com duas de suas principais estrelas, o Botafogo mostrou neste sábado no Engenhão, que é sim candidato ao título do Brasileiro. Noves fora a fragilidade desse time do Atlético-MG, a equipe de Caio Jr. construiu a vitória de 3 a 1 com uma marcação forte, e com muita aplicação tática durante os 90 minutos. Os laterais apoiaram bem e Maicosuel, caindo pela direita parece outro jogador. Esteve rápido, mais confiante e dos pés dele saiu o terceiro gol do jogo e poderia ter saído o quarto, se Alex não tivesse chutado tão mal. Sem Abreu e Herrera, que jogam mais fixos na frente, Alex, Elkesson e Felipe Menezes ganharam mais espaço na frente.
O primeiro gol, de Élkesson, saiu dessa maior liberdade de movimentação do time e o segundo, de Felipe Menezes também. Se o Botafogo seguir nessa linha, jogando sério, com muita aplicação tática, pode superar a deficiência de um elenco que é sim limitado, mas que tem qualidade e pode ganhar maturidade e poder de decisão ao longo do campeonato.
Do lado do Atlético-MG, Cuca, se continuar no comando do time, vai ter muito trabalho. Os bons nomes que o time tem no elenco não conseguem forma um conjunto. Cuca costuma montar bons times quando começa um trabalho no início do ano. Mas quando pega um trabalho em andamento, costuma não dar certo. Deu certo com o Fluminense em 2009, mas vai ser difícil dar certo com esse Atlético-MG em 2011.
O primeiro gol, de Élkesson, saiu dessa maior liberdade de movimentação do time e o segundo, de Felipe Menezes também. Se o Botafogo seguir nessa linha, jogando sério, com muita aplicação tática, pode superar a deficiência de um elenco que é sim limitado, mas que tem qualidade e pode ganhar maturidade e poder de decisão ao longo do campeonato.
Do lado do Atlético-MG, Cuca, se continuar no comando do time, vai ter muito trabalho. Os bons nomes que o time tem no elenco não conseguem forma um conjunto. Cuca costuma montar bons times quando começa um trabalho no início do ano. Mas quando pega um trabalho em andamento, costuma não dar certo. Deu certo com o Fluminense em 2009, mas vai ser difícil dar certo com esse Atlético-MG em 2011.
Vídeo antes do jogo: Inter x Botafogo no Beira-Rio
Esse vídeo não foi ao ar no dia do jogo por problemas de conexão na internet desde Porto Alegre.
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