Mundo doido esse em que é considerado esporte algo em que um sujeito soca a cabeça do outro contra o chão até que alguém, que se denomina árbitro, fique satisfeito e mande o socador parar. E hordas pulam de alegria vendo isso acontecer.
Mundo doido esse em que uma pessoa sai de ambulância de um estádio de futebol depois de ter um Acidente Vascular Encefálico e hordas desejam, aos berros, que ele morra. Só porque, por algumas horas, ele é um adversário num jogo de futebol.
Mundo doido esse em que se surram as pessoas no meio da Avenida Paulista ou no meio de uma festa popular, simplesmente por suspeitar que ela tenha trejeitos homossexuais. E hordas festejam o feito com se fossem os machões, sem mácula, a raça pura e perfeita.
A primeira cena descrita acima, como bem disse o amigo Julio Gomes, é digna do pior de Mad Max, quando Mel Gibson ainda era ator de algum respeito.
A segunda cena é digna do Gladiador, onde Russel Crowe interpretava um romano, do início da era Cristã ou seja, há dois mil anos, e espera o público decidir se seu adversário sobreviveria ou seria sacrificado.
A terceira cena é mesmo dos dias atuais, onde se pode ter a exata noção de que a humanidade volta no tempo. Regride. E no meio do que parece ser sua maior revolução tecnológica, perde seu rumo.
Nos resta rezar para que isso tudo não passe de um grande pesadelo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário