Titãs é do meu tempo de menino. Começava a descobrir o rock com a Blitz, num estilo mais relaxado (foi meu primeiro show, no Iate Clube Marataízes, num verão desses do início da década de 80). O tempo passou e descobri Legião (meu grupo preferido), Paralamas, Titãs, João Penca, Léo Jaime, Lobão e seus Ronaldos e Kid Abelha e os Abóboras Selvagens.
Titãs era impacto. Som pesado, letras cheias de graça, de ataques à polícia, à desordem, a tudo o que era "mais do mesmo". E palavrões. Legião também. Nunca me esqueço da primeira vez que ouvi Faroeste Caboclo tocar no rádio com seu "General-de-estrelas com o cu na mão". Sensacional.
Mas Bichos Escrotos era o máximo.
Outro dia estava na Cobal de Humaitá comendo uma esfiha e do meu lado um garotinho com seus, sei lá, oito anos e ouvia a música no celular. E parava para prestar atenção quando, acho que era o Branco Mello, dizia: "Oncinha pintada, zebrinha listrada, coelhinho peludo: vão se foder!! Porque aqui na face da terra só bicho escroto, é que vai ter"
Ele ficava de boca aberta e olhava para a mãe, ou para o garçom ao lado: "Ele diz palavrão no meio da música", espantava-se. O garçom recomentou que ele parasse de ouvir rock. Diziam muitas bobagens nesse tipo de música.
Sai fora, garçom!
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