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10 de fev. de 2011

Virar Esfinge

O que faz Hosni Mubarak se aferrar ao poder no Egito é a loucura que acomete que manda. Quem manda acha que pode passar por cima de tudo e todos. Pode até ter seus momentos de simpatia com a comunidade internacional, e mesmo com os seus. Mas depois de tanto tempo, e 30 anos são muitos anos, cansa.

O "gusano" do poder não deixa mais pensar. E quem está com ele prefere acabar sozinho a se render.

O poder isola. Mesmo os mais populares, como Lula. Em pouco tempo da Silva será apenas uma lenda. Lula ao menos soube respeitar, sabe-se lá a que custo pessoal, a democracia.

Mubarak, que só depois de 30 anos nomeou um vice-presidente, não.

O presidente do Egito deve pensar que é um Faraó, ou mesmo que vá ser imortalizado como Esfinge. Mas, na melhor das hipóteses, vai desaparecer sufocado pelas escaldantes areias do deserto. E será, graças a Deus, um ditador a menos. E olha, que temos muitos.

9 de fev. de 2011

Fazendo Contas

Mano disse que, da lista dos jogadores que enfrentaram a França hoje (e que perdemos como nos últimos 19 anos), 80% já estão confirmados na Copa América. Fazendo contas, 20% de 23, o número de jogadores que Mano vai levar para a Argentina, são 4,6 jogadores. Arredondemos para cinco, pois. Jéfferson, do Botafogo é um. Fred, do Fluminense é outro. Alguém arrisca outros três? Ronaldinho Gaúcho e Kaká talvez sejam boas opções. E ainda tem Neymar e Paulo Henrique Ganso. Nada mau.

8 de fev. de 2011

Meia placa para Ronaldinho Gaúcho

O prefeito de Macaé, Riverton Mussi, quer fazer uma placa em homenagem ao Ronaldinho Gaúcho por seu primeiro gol com a camisa do Flamengo no estádio Claudio Moacyr (aliás, como se chamam Claudio Moacir as coisas em Macaé). Pode até ser justo. Embora gol de placa no mundo do futebol seja outra coisa.

Mas o prefeito poderia fazer meia placa para a o RG10. Com a outra metade da placa poderia começar a dar um jeito na favela que envolve o estádio Claudio Moacyr, que é bonito, novo (moderno não!), tem boa capacidade de público e faz Campos, ali ao lado e com mais tradição no futebol, morrer de inveja. Mas a favela ali atrás do estádio é um exemplo de como o prefeito faz mal seu trabalho. E o valão com cheiro de esgoto que corre logo atrás do estádio é outra coisa lamentável.

Sem sem palco preferido dos domingos, o Maracanã, que está fechado para obras, e onde é figura carimbada e prato cheio para uma parte ralé da imprensa das antigas, do jabá, Riverton Mussi aproveita os jogos na sua cidade para desfilar dentro do estádio como um rei. Desfila entre o público, dá mil entrevistas para as rádios locais, onde por coincidência também é patrocinador e faz os locutores gritaram nos alto-falantes seus feitos na prefeitura. Figura nefasta.

Mussi usa os royalties do petróleo para sua promoção pessoal, embora devesse fazê-lo para o bem estar da população de Macaé, que sofre com a violência crescente e com uma cidade sufocada pelo crescimento desenfreado. Menos futebol e mais trabalho prefeito.

7 de fev. de 2011

A proposta da Fifa na terra do Rei

A Fifa vai aprovar na próxima reunião alguns testes no futebol. Dez empresas vão apresentar projetos de utilização de tecnologia nos gols, para evitar problemas. Além disso, a entidade quer testar o uso de árbitros atrás dos gols, para dirimir ainda mais as dúvidas.

Ora, mas isso a Federação de Futebol do Rio está fazendo este ano no Estadual. Tudo estava indo bem até Renato Cajá acertar um balaço de fora de área no gol de Diego Cavalieri. Pra mim a bola entrou e muito.

Não vi o tira-teima da TV Globo. Vi apenas a imagem da mesma TV, uma e outra vez. Só quem não viu foi o árbitro que estava atrás do gol, estava olhando o lance e não validou o gol do Botafogo. Não importa agora se o Botafogo ganhou o jogo.

Mas dizem que essa história de árbitro atrás do gol é coisa antiga, que já foi testada. E foi mesmo. Meu tio, Raphael Santana, ex-jogador e de grande talento da década de 50, no Botafogo, Fluminense, Rio Branco-ES e do Cachoeiro, descreveu em seu livro, que nas peladas em Cachoeiro de Itapemirim, na década de 40, a tia dele e da minha mãe, já funcionava como uma espécie de fiscal de linha do gol.

Na época, os assistentes ainda não existiam. Mas o fiscal sim. Talvez não tão incompetentes quanto estes do quadro de arbitragem da Ferj.

4 de fev. de 2011

Alguma surpresa?

Vem cá, alguém esperava alguma atitude exemplar do Romário como Deputado?

Um cara que passou a vida chegando atrasado a treinos, às vezes não indo treinar e dando exemplo de como não ser um bom profissional, e entra num lugar onde o mau exemplo impera, não poderia ser diferente.

Como gênio da grande área, em apenas três dias o Baixinho Romário aprendeu rápido como registrar sua presença, deixar o carro ligado para levá-lo ao aeroporto de Brasília, desembarcar no Rio e rapidamente chegar na praia para o seu futevôlei.

Ou alguém esperava que Romário fosse jogar futevôlei à beira do Lago Paranoá?

Por favor, sejam menos ingênuos, amigos.