Como é que o Fluminense conseguiu ser campeão brasileiro passando por cima de Ricardo Teixeira?
Os teóricos da conspiração ao longo do ano jamais poderiam imaginar tal fim para o Brasileiro de pontos corridos. Aliás, um chato brasileiro de pontos corridos, que se decidiu na última rodada com três aspirantes ao título.
Bom mesmo é o mata-mata, onde o oitavo colocado destrona o de melhor campanha em duas partidas e pode ir correndo para o título brasileiro. Ah, mas aí tem decisão, estádios lotados...
O único estádio que vi vazio este ano foi o de Presidente Prudente. E que ano que vem, nem jogo vai ter.
Mas o Muricy ganhou com o São Paulo com pontos corridos com várias rodadas de antecedência. Chato, né? Não. Muricy soube, antes de qualquer outro, entender a fórmula de disputa e saber que, como ele mesmo diz, campeonato se ganha desde o primeiro jogo. Lá em maio...
Mas voltemos à teoria da conspiração. Ricardo Teixeira e Andres Sanchez viraram amigos de infância durante a Copa. O presidente da CBF e o chefe de delegação conspiravam em Joanesburgo.
Na volta, favas contadas: Corinthians com estádio novo e campeão brasileiro. Quanto ao estádio tudo bem. Até se imagina muito favorecimento ao projeto do Fielzão (nome horroroso, por sinal). Mas quanto ao título do Brasileiro, não.
O Corinthians já levou uma vez, em cima do mesmo Muricy, e não levaria outra. Tá certo que Teixeira não morre mais de amores por Horcades (a quem colocou em uma comissão na Fifa). Mas não poderia dar um desgosto a seu ex-sogro e padrinho político João Havelange, tricolor de sete mares.
O torcedor tricolor ainda poderia temer o pior. O Fluminense afrontou o presidente da CBF ao negar a liberação do técnico Muricy Ramalho para a Seleção Brasileira. E isso que Teixeira já tinha até dado entrevista à TV Globo confirmando o treinador. (Mas que foi engraçado, ver a cara do sujeito, foi...eheheh).
Por fom, Ricardo Teixeira teria preferido não intervir no Brasileiro. Ora, balela; Se Teixeira metesse sua colher no campeonato, o São Paulo não teria sido tantas vezes campeão, nem o Flamengo de seu inimigo Marcio Braga.
Isso é querer tirar méritos do grande elenco montado pelo Muricy no Fluminense e do excepcional torneio que fez o Conca.
Deixem de conspirar, senhores.
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