A internet é igual moda. O que hoje está fora de catálogo, de repente, volta a ser o máximo. E volta como a grande novidade e verdade absoluta.
Esta semana voltou à tona o velho e-mail da fraude da Mega Sena. Tá por aí, rodando no Facebook. A história é muito boa. Os sorteios da loteria são um engodo, que a Polícia Federal está investigando, prendendo gente envolvida com quadrilhas que fraudam os sorteios e que só não sai no noticiário porque, claro, as emissoras de TV têm um pacto com o governo e não podem divulgar, blá, blá. blá.
Lenda urbana.
Igual à história do sujeito que vai ao cinema, se senta, e, aaaiii, cai direto em cima de uma agulha; fica desacordado e amanhece deitado numa banheira, cheia de gelo e sem um dos rins, operado por uma quadrilha de tráfico internacional de órgãos. E essa, hem? Boa né? Ah, um amigo de um amigo de um amigo seu, jura que um tio distante conhece alguém que passou por isso, lá onde ele mora não é mesmo? E onde ele mora mesmo?
Lenda urbana.
A verdade é que a Academia Brasileira de Letras deveria dar um prêmio a quem tem tempo para bolar lendas tão bem montadas, com tramas tão espetaculares e bem boladas. Novela das oito fica no chinelo.
E teriam que dar uma multa a quem multiplica esse monte de bobagens pela internet.
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