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1 de jul. de 2011

A natação é nosso ciclismo

Cesar Cielo é um cara bacana, é fera, é medalhista olímpico, mas não tem essa de dizer que sabia o que estava tomando e que o resultado do antidoping foi fruto do acaso. Um campeão olímpico não pode fazer uso de substância proibida em nenhum caso. Ainda mais sabendo. Não consigo entender. Se é proibido, usa por quê?

Infelizmente a natação brasileira vem se transformando nos últimos tempos no que é o ciclismo para os europeus. Fonte quase inesgotável de casos de doping. Quase sempre punidos, é verdade. Mas para Cesar Cielo deve ser usado o mesmo peso e a mesma medida de outros atletas. Se não for a CBDA quem o faça que seja a FINA ou a WADA. Por enquanto ele, Nicholas Santos, Vinicius Waked e Henrique Barbosa estão apenas advertidos. Mas o caso vai ser mandado à FINA e pode mudar.

Um campeão olímpico tem que ser exemplo. Sempre. E todo atleta de ponta sabe o que pode e o que não pode fazer. É ótimo que faça mea culpa, como fez Cielo, tão logo a notícia foi divulgada. Mas não tem atestado de inocência prévio.

24 de jun. de 2011

Elogios ao lado de lá

Está no ar uma publicidade do Ministério da Educação sobre merenda escolar. O que chama a atenção é que a peça, em forma de reportagem, traz o "repórter" ao vivo, direto da escola Ruth Cardoso, em São Paulo.

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, em entrevista ao Globo por ocasião do seu aniversário de 80 anos na semana passada, elogiou o trabalho do ministro Fernando Haddad frente à pasta da educação.

Recentemente também, a presidente Dilma Roussef não se furtou em elogiar FHC, pelas medidas econômicas de seu governo. Contra todas as normas do seu partido, o PT, é certo. FHC gentilmente agradeceu e retribuiu os elogios.

Por certo, o elogio de FHC a Haddad é bastante questionável. Mas a verdade é que alguns setores do governo parecem andar batendo asas pro lado Tucano, como forma de se preservar do bombardeio que o PT promove internamente no atual governo.

A política se movimenta de maneira incrível nesse país.

O fã de Ronaldinho

A notícia nem é para alarmar, nem para assustar. É a de sempre. Nenê pede dispensa da Seleção. Motivos contratuais e profissionais.

Bom, questão contratual é sempre complicada, porque nunca se sabe, ao certo, que pressão exerce a NBA sobre seus jogadores quando o assunto é jogar pela seleção. Não acontece só com o Brasil. O contrato de Nenê com o Denver vai até a próxima temporada. Ou o jogador quer pressionar para renovar logo, já que anda em horas baixas na sua franquia, ou não se entende o porquê de pedir dispensa do Pré-Olímpico da Argentina.

Razões pessoais? A não ser que a razão de o jogador pedir dispensa tenha tido uma recaída do seu problema no testículo, que aí sim é sério e pode ser compreendido (embora o desejo de todos é que isso não aconteça), a decisão de Nenê de não acudir a mais uma chamada da Seleção é vergonhosa.

Melhor teria sido ligar antes para Ruben Magnano e ter dito: "Não me inclua na lista. Não quero ir. Não gosto de jogar pelo Brasil, não me sinto bem". Ponto final. Mas negar-se a representar o país uma e outra vez começa a pegar mal.

Ou talvez, por ser um fã de Ronaldinho Gaúcho, Nenê tenha chegado a um ponto na carreira que tenha decidido imitar seu ídolo, atualmente no Flamengo: jogar apenas para passar o tempo, sem compromisso com vitórias, contratos, regras.

E, verdade seja, dita. Não foi Nenê quem abandonou a seleção de basquete uma vez mais. Foi o basquete que há algum tempo abandonou Nenê dentro de quadra.