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27 de out. de 2011

Obrigado, Tchê

Quando fui convidado para trabalhar no Sistema Globo de Rádio, em 2006, o Alvaro Oliveira Filho me contou o que eu iria encontrar no ambiente do trabalho. Colegas, dificuldades, desafios. Mas me disse uma frase que eu nunca mais esqueci: "O Luiz Mendes é alguém que cuidamos com carinho, porque é uma pérola das mais preciosas que temos na rádio e temos que cuidar muito bem dele".

Como responsável pelas transmissões, tentava me esmerar para sempre atendê-lo com presteza, rapidez e tentando sempre aprender com sua paciência, sua sabedoria, sua gentileza, seu carinho para com todos os colegas, coisas que jamais lhe faltaram. Tenho orgulho tremendo dos cinco anos em que passei privando de sua amizade, de suas palavras sinceras e de sua sabedoria.

Obrigado Tchê, impossível esquecer de tudo o que você nos ensinou. Descanse em paz, amigo Luiz Mendes. Que orgulho poder ter trabalhado com você e poder ser seu amigo.

Elizabeth e Eu com o amigo Luiz Mendes

24 de out. de 2011

Polegar e a digital

Assistindo à ótima entrevista feita pela repórter Beth Luchesse, da TV Globo, no Fantástico de ontem, ao traficante Polegar, preso no Paraguai, fiquei me perguntando: como é fácil mentir nesse país, com a cara lavada.

Polegar levava vida de luxo. Carros de luxo pagos em dinheiro, mordomia num casarão todo equipado no país vizinho e teve a cara-de-pau de dizer que ganhava R$ 1200,00 por mês. Mas sequer conseguiu explicar o que fazia para sobreviver: talvez algo de instalação de cercas elétricas, mas que ele, apesar de estar lá há quase dois anos, ainda não tinha feito nenhuma. E recebia salário por isso. Por não fazer nada.

Ora, o que Polegar fez não é nada diferente do que fazem alguns políticos na TV, no rádio ou no jornal. Que mesmo filmados recebendo boladas de dinheiro, pegos com a boca na botija, negam de pés juntos e dizem que é tudo armação, perseguição da imprensa, montagem.

Não sei o que é pior: ou o Polegar, ou as digitais que apertam os botões de voto no Congresso Nacional onde a ética já foi ralo abaixo, ou em gabinetes de ministros, secretários, chefes disso ou daquilo, onde canetas assinam a morte moral de um país regido a falcatruas, tramas ilícitas e a mentiras deslavadas.

21 de out. de 2011

Tabela da Copa

Chego tarde ao tema, mas chego depois de ler bastante, de refletir, mas ainda sem tempo suficiente para analisar a tabela com detalhe. Mas vou dar alguns pitacos. Para começar não vejo nada demais em a Seleção jogar no Rio apenas na final. Se chegar à final. Não vejo normal é a Seleção jogar duas vezes em Fortaleza. 

Tudo é politicagem. Jorge Luis Rodrigues, de O Globo, analisou com propriedade, como sempre: Ricardo Teixeira tucanou contra o governo Dilma. São Paulo, Belo Horizonte e Fortaleza provam isso. Brasília é um caso à parte; ali é para agradar a todos (lembram da farra que foi Brasil x Portugal em 2009?). Por outro lado, pisou na cabeça de Porto Alegre (terra da presidente), e no Rio de Janeiro, terra de Cabralzinho, aliado da Dilma.

Em termos de viagem não há nenhum trecho Porto Alegre-Manaus (em 94 o Brasil fez São Francisco - Detroit, um trecho bem parecido). O quarto time do grupo E vai ter que ir, no máximo de Curitiba a Manaus. Se não for de Webjet, moleza. O resto está até bem distribuído. Todo mundo vai poder ir à praia. 

Os horários, a única novidade que não tinha sido antecipada pelo Jornal Nacional na quarta-feira, são bons. Vá lá, uma da tarde é o mais pesado. Mas se for não for em Cuiabá, Manaus, Recife, Fortaleza ou Rio (e aí sobram poucas opções) até que tudo bem. Cinco da tarde e sete da noite são os horários ideais. Para nós e para os europeus. E, por fim, não conseguimos nos livrar do jogo da dez da noite. Enfim, já estamos acostumados. 

Pena que a cerimônia do anúncio tenha sido muito chinfrim (a cara do Comitê Organizador), sem emoção, sem novidades. Politicagem demais, emoção de menos. 

16 de out. de 2011

Explica melhor

Tenho acompanhado com atenção as coletivas do técnico do Flamengo, Vanderlei Luxemburgo, nos últimos tempos. E nem reparo na quantidade de "porras" e "sacanagens" e outras palavras de mais baixo calão utilizadas pelo treinador ao vivo nas rádios e TVs de todo o Brasil. Isso não me espanta mais. O que me espanta é capacidade de Luxemburgo de falar de tudo, menos de futebol.

Luxemburgo, que é um grande estrategista do futebol e talvez por isso tenha ganho tantos títulos, parece ter se cansado de falar do assunto. Fala mal da arbitragem, de regulamento utilizado contra sua equipe, do excessivo número de cartões, lembra pontos perdidos em jogos ganhos de outras eras, fala de fatores extra-campo, dá (até) desculpas esfarrapadas. Mas explicar para o torcedor como joga seu time? Disso, nada.

Talvez Luxemburgo acredite ter chegado a tal nível de excelência e conhecimento no futebol que não admita ser questionado quando seu time erra, ou ser elogiado quando seu time acerta. Como foi o caso do sábado, na vitória de 1 a 0 sobre o Ceará em Fortaleza, gol de Deivid.

Nesse jogo, por exemplo, Vanderlei perdeu uma ótima chance de explicar como conseguiu, desde antes da partida, neutralizar o time do Ceará. E como, depois de perder Ronaldinho Gaúcho, expulso, conseguiu arrumar seu time com três substituições na hora certa e chegar aos 51 pontos no Campeonato mantendo-se na luta pelo título.

Explicar para quem? Para mim, que sou jornalista e entendo pouco do assunto? Para o torcedor que entende só de comemorar gols? Solitário em seu profundo conhecimento, Luxemburgo acha melhor jogar palavras ao vento, sempre com um sorriso nos lábios, entre o irônico e o irritado, e ver até onde vai sua paciência conosco, pobres mortais metidos nesse mundo da bola.

14 de out. de 2011

O banco é que é o problema

E começo dizendo que, apesar do título do post, não estou falando de economia. Muito embora o grande problema da crise econômica por que o mundo passa nesse momento esteja, em grande parte, concentrada nos lucros excessivos dos bancos aos longos dos últimos anos, e que agora andam mais quebrados do que eu após uma volta de bicicleta na Lagoa.

Falo dos bancos de reservas dos clubes brasileiros. Vamos olhar com atenção, por exemplo, o banco dos sete primeiros colocados. O Corinthians tem banco? Quando falo banco, falo de o técnico ter à disposição aquele jogador que entra e muda a cara do jogo. Corinthians tem? Não tem. Eventualmente tem o Adriano na reserva, que faz a diferença sim, mas que duvido consiga entrar em forma até o fim da competição.

Competição aliás, que acaba em menos de dois meses.

O Vasco tem? Tem o Élton, mas que não chega a ser aquele grande jogador, de garantia de sucesso. Além dele, mais do mesmo. E o São Paulo tem? Tem Rivaldo, que oscila entre titular e reserva, mas que me parece mais um ex-jogador em atividade. E o Botafogo? Muito menos. Caio Jr. tem um ótimo time titular, mas quando tem que lançar mão de algum reserva, põe em campo e reza para dar certo.

O mesmo passa com o Flamengo de Luxemburgo. Bom time titular e pouco mais que isso, embora o técnico insista em achar que Fierro possa resolver alguma coisa. O Fluminense tem? Nesse bolo todo considero o Rafael Moura um dos melhores reservas  dentre todos os times acima. E o Inter? Sim, ainda conto com o Inter na reta final. Tem esse bom João Paulo, rápido, driblador. Talvez nessa contagem, o sexto e o sétimo colocados atuais sejam os que podem marcar diferença nessa reta final.

Ainda assim é pouco. Os elencos estão bem montados, a disputa pelo título é dura, mas falta quem saia do banco e marque a diferença. Isso acontece eventualmente. E na eventualidade pode-se ganhar nada mais nada menos que o título do Brasileiro.

13 de out. de 2011

Sorte do Flu que o Fred chegou

Time que tem Fred disposto tem que lutar pelo título do Brasileiro. Pode não ser o time mais criativo nem mais o regular do mundo, mas é um time que tem que faça a diferença. E muito mais quando tem coadjuvantes inspirados como hoje estiveram Mariano, Deco e em menor parcela, mas não menos importante, Rafael Sóbis. Fred fez três gols como todo artilheiro gostaria de fazer: um golaço de bicicleta, outro de oportunismo após falha da zaga e outro de cabeça, de olho aberto, certeiro.

O Fluminente tem problemas? Tem. E não são poucos. A zaga é um queijo suíço. Digão entrou e saiu dando calafrios ao torcedor. Elivélton até que entrou melhor e ao lado de Marcio Rosário deu menos sustos no torcedor. E Abel tem que definitivamente abandonar essa história de encher o time de volantes. Esse time com Deco e Lanzini é outro, bem diferente de um time com Diogo, Edinho e Marquinho. O Fluminense não precisa ser tão cauteloso, para não dizer medroso.

Sofreu contra um Coritiba que sonha com a Libertadores, mas que apesar de ser bem certinho, não é para tanto. O Coritiba é para estar na parte intermediária da tabela, pode roubar um que outro ponto dos clubes grandes, mas pouco mais que isso. Ainda assim o time de Marcelo Oliveira foi ousado, teve suas opções e por pouco não complicou a vida do Fluminense. Como bem disse Abel: decidiu o craque. Se não fosse isso, o time poderia hoje estar lamentando mais um tropeço.

Ao contrário, está a apenas quatro pontos da liderança e cada vez mais na briga para ser campeão.

Vídeo de antes do jogo Fluminense x Coritiba

9 de out. de 2011

Alerta vermelho no Vasco

O Vasco mereceu a derrota em Porto Alegre por 3 a 0. O time perdeu para o Inter e para a falta de ousadia do Cristóvão Borges. O time começou sendo dominado pelo Inter, o que era normal, por estar no Beira-Rio, mas deu liberdade demais ao D'Alessandro. O argentino distribuiu o jogo como quis, a defesa do Vasco ficou olhando e só não saiu do primeiro tempo perdendo de goleada porque Fernando Prass fez pelo menos quatro ótimas defesas, salvando o time.

Aos poucos o Vasco foi tentanto equilibrar as coisas, e Diego Souza era o mais lúcido e teve duas boas oportunidades até de deixar o Vasco em vantagem. Na primeira com um voleio lindo depois de cruzamento de Éder Luis e depois em uma cabeçada após cruzamento do Fagner.

Veio o intervalo e os problemas do Vasco, ao invés de acabarem só aumentaram. Cristovao Borges tirou Felipe que voltava de dois meses parado e sentiu o ritmo de jogo e ao invés de colocar o Bernardo, recuou ainda mais o time. Colocou o Diego Rosa. Tentou reforçar a marcação mas acabou dando ainda mais campo para o Inter atacar. Aos 4 minutos D"Alessandro fez o primeiro, o Inter era dono absoluto da partida e o técnico do Vasco não reagia.

Na saída do campo, Diego Souza disse a pura verdade: O vasco não esteve em campo. Do lado do Inter, Dorival Jr. não se contentou. Colocou o João Paulo no lugar do Andrezinho e mandou o Inter ainda mais pra cima. Bernardo só entrou depois que o Inter fez o segundo. D'Alessandro bateu falta, Jô desviou e Índio fez o segundo do Inter. O Inter se aproveitou da extrema fragilidade defensiva do Vasco e fez o terceiro com o Tinha no finalzinho do jogo.

Fernando Prass evitou um resultado ainda pior e Diego Souza foi o único que ainda tentou levar o Vasco ao ataque. Que Dedé volte logo, porque senão esse time do Vasco pode sofrer mais nessa reta final de campeonato. O alerta está ligado e é hora de reagir.

Vídeo antes do jogo: Inter x Vasco no Beira-Rio

8 de out. de 2011

Em busca de paz

Eu sei que há coisas que só acontecem ao Botafogo. Mas não foi o caso deste empate contra o Bahia neste sábado em São Januário. O time sabia que iria encontrar um Bahia retrancado e até que começou bem, pressionando, tendo uma ótima chance na bicicleta do Alex logo aos dois minutos. O time começou a se perder na forte marcação do time do Joel Santana e acabou levando o gol num erro de marcação do Cortês, que parece que ainda não voltou do jogo da seleção. O Botafogo ainda ficou com um homem a mais no fim do primeiro tempo mas isso fez pouca diferença.

No segundo tempo Caio Jr. mexeu bem no time, armou o Botafogo com três zagueiros e em 12 minutos virou o jogo. Primeiro com Alex e depois com Caio sempre em jogadas de Elkesson. Mas três minutos depois de virar o jogo, uma bobeira do Marcelo Mattos, pênalti pro Bahia e novo empate. O Bahia se fechou ainda mais e até o fim o Botafogo tentou, tentou e tentou. Quase sempre de longe, sem lá muito perigo. No fim o time ainda teve a chance com Renato, mas a bola bateu na trave e saiu.

Mais do que buscar seu reencontro com a vitória, o time de Caio Jr. precisa buscar sua paz interna. Caio Jr. começa a ter problemas com alguns jogadores e deu um golpe de autoridade em Marcio Azevedo, Somália e neste último caso com Éverton. Resta saber se Caio Jr. vai ter apoio para levar esse tima adiante. Apoio dos dirigentes, apoio dos medalhões do elenco, porque tempo ainda dá. O time tem um jogo a menos e isso pode fazer toda a diferença. Mas além de tudo isso uma coisa é certa: o time precisa reencontrar e com urgência seu bom futebol.

Vídeo antes do jogo Botafogo x Bahia

7 de out. de 2011

Ela voltou

A bicicleta voltou da oficina.

Selim alto e muito mais confortável, sem ruído na corrente, com tudo no lugar, corrente firme.

Agora só falta testar.

Fui ao médico e o que pensei que fosse uma íngua, ou um caroço, nada mais é que um pelo encravado que: ou vai desaparecer ou vai explodir em forma de furúnculo. Portanto, nada que seja desculpa para voltar a rodar e começar a perder peso de verdade.

Xô preguiça!

Obs. Será testada neste sábado.

5 de out. de 2011

Eu quero a minha...Parte 2

A aventura com a minha bicicleta nova teve hoje mais um capítulo. Foi dia de levá-la na oficina autorizada.

Cheguei lá e fui explicando ao homem que queria saber se a bicicleta tinha jeito. Se não, iria devolvê-la à Track & Bikes. Ele fez cara de quem também duvidava da qualidade do camelinho, mas tentou me animar. Começamos

Expliquei tudo o que tinha acontecido: primeiro, a corrente tinha pulado fora na primeira tentativa de andar. "A corrente saiu na frente ou atrás?", ele quis saber. Na frente. "Para dentro ou para fora?". Para dentro. "Hum...vou apertar aqui", disse ele me mostrando dois parafusinhos que quase não se viam perto do pinhão.

Disse-lhe também que o pedal tinha escapado por volta do quilômetro quatro, na segunda tentativa efetiva de usar a bicicleta. Ele explicou que às vezes o pedal pode escapar no quilômetro um ou no quilômetro um milhão. Acha que dei azar. Disse-lhe também que tinha tentado apertar o pedal com uma chave de fenda, mas ele riu e disse que não adiantava. Era preciso uma chave especial. Ah...disse eu com cara de bobo.

A Caloi vinha com uma chave que servia para tudo. Hoje em dia, as bicicletas não vem com nada. Nem com um selim que preste.

Falando em selim, pedi ao sujeito para subir o canote porque estava afundado no selim. E pedi para colocar outro selim, com duas molas. Ele riu e respondeu: "Esse selim que vem com a bicicleta é muito ruim. Custa R$ 8". Ok, minha bunda entendeu o recado e agradece, apesar de estar doendo até hoje. Paguei R$ 25 reais no selim novo.

Amanhã vou lá pegar a bicicleta. Não sei se vou poder testar. Pelo esforço da semana passada com a bicicleta ganhei uma íngua na virilha e só na sexta-feira meu médico vai dizer quando essa aventura vai recomeçar. Se é que vai recomeçar. Ou dá certo ou devolvo ela. Ou, quem sabe, ponho um anúncio nos classificados.

4 de out. de 2011

Andamento das obras que não andam

Pode ser implicância da minha parte, mas não é.

Não sou desses que acha a Copa do Mundo no Brasil um absurdo, embora o dinheiro jogado pelo ralo seja em grande quantidade.

Mas pelo que se vê, em outubro de 2011, do andamento das obras do estádio, divulgado pelo portal do Governo não é nada animador.

Deixo o link abaixo para quem quiser dar uma olhada. Talvez Brasília e o Castelão sejam os mais adiantados. Mineirão e Maracanã correm por fora.

O resto...

Monitoramento mostra estágio de obras em estádios | Portal da Copa do Mundo 2014

2 de out. de 2011

Escapando da goleada

O Botafogo escapou de levar uma goleada histórica aqui no Serra Dourada. Levou dois gols com dez minutos de jogo e não foi capaz de reagir a um Atlético-GO que tem um meio-campo pra lá de interessante, um ataque rápido, um ótimo goleiro e uma defesa bem ajeitada.

Já o time de Caio Jr. foi incapaz de sequer uma boa jogada que pudesse levar perigo ao gol do Márcio. Muita gente diz que a convocação de Jéfferson, Cortês e Elkesson fez mal ao Botafogo. Conversa. Jéfferson salvou o time de uma goleada; Elkesson até que tentou alguma coisa. Mas Cortês foi mal. Se todos tivesse ido mal, até seria aceitável essa teoria. Mas a zaga esteve batendo cabeça, Marcelo Mattos e Renato irreconhecíveis, os laterais não apoiaram nada e Abreu e Herrera ficaram totalmente presos na marcação.

Se o Botafogo tinha pretensão de ser vice-líder, mas não fez sua parte. Precisa abrir o olho, porque contra o Bahia na próxima semana sem Jéfferson, sem Loco Abreu e sem Herrera e não pode nem pensar em novo tropeço. E o Atlético-GO pode respirar aliviado. Nem se quiser vai lutar contra o rebaixamento. Vai ganhar vaga na Copa Sulamericana com todo mérito.

Vídeo antes do jogo: Atlético-GO x Botafogo no Serra Dourada