Até agora a história da transferência do zagueiro do Vasco, Anderson Martins, para o futebol do Catar não passou na minha garganta. Quer dizer que o jogador não queria ir e foi voto vencido? Vencido por quem? Quem, se não ele, votou contra? Quem, além do próprio jogador, pode saber para onde quer ir?
Lembro-me do cantor Juca Chaves que, insatisfeito com as normas impostas pelas gravadores criou sua própria marca, cujo slogan era "A Voz do Dono e o Dono da Voz".
Quer dizer que mesmo nos tempos modernos Anderson Martins não é dono do seu destino? Se não é, é porque é escravo. Ou do clube, ou do empresário ou de um grupo de empresários. E isso não pode ser aceito, assim, como se fosse normal.
Não há dinheiro no mundo que faça alguém mudar de trabalho se ele não quiser. A não ser que seja demitido. Algo que não aconteceu. Anderson Martins não queria ir. Foi obrigado. Vai ganhar dinheiro? Vai. Mas alguém vai ganhar também. E a Polícia Federal, o Banco Central, sei lá qual autoridade, precisam saber o que aconteceu, fiscalizar, tomar conhecimento do assunto.
As autoridades precisam saber o que está acontecendo e me contar, porque até agora sigo sem entender.
31 de ago. de 2011
29 de ago. de 2011
Mundo doido esse
Mundo doido esse em que é considerado esporte algo em que um sujeito soca a cabeça do outro contra o chão até que alguém, que se denomina árbitro, fique satisfeito e mande o socador parar. E hordas pulam de alegria vendo isso acontecer.
Mundo doido esse em que uma pessoa sai de ambulância de um estádio de futebol depois de ter um Acidente Vascular Encefálico e hordas desejam, aos berros, que ele morra. Só porque, por algumas horas, ele é um adversário num jogo de futebol.
Mundo doido esse em que se surram as pessoas no meio da Avenida Paulista ou no meio de uma festa popular, simplesmente por suspeitar que ela tenha trejeitos homossexuais. E hordas festejam o feito com se fossem os machões, sem mácula, a raça pura e perfeita.
A primeira cena descrita acima, como bem disse o amigo Julio Gomes, é digna do pior de Mad Max, quando Mel Gibson ainda era ator de algum respeito.
A segunda cena é digna do Gladiador, onde Russel Crowe interpretava um romano, do início da era Cristã ou seja, há dois mil anos, e espera o público decidir se seu adversário sobreviveria ou seria sacrificado.
A terceira cena é mesmo dos dias atuais, onde se pode ter a exata noção de que a humanidade volta no tempo. Regride. E no meio do que parece ser sua maior revolução tecnológica, perde seu rumo.
Nos resta rezar para que isso tudo não passe de um grande pesadelo.
Mundo doido esse em que uma pessoa sai de ambulância de um estádio de futebol depois de ter um Acidente Vascular Encefálico e hordas desejam, aos berros, que ele morra. Só porque, por algumas horas, ele é um adversário num jogo de futebol.
Mundo doido esse em que se surram as pessoas no meio da Avenida Paulista ou no meio de uma festa popular, simplesmente por suspeitar que ela tenha trejeitos homossexuais. E hordas festejam o feito com se fossem os machões, sem mácula, a raça pura e perfeita.
A primeira cena descrita acima, como bem disse o amigo Julio Gomes, é digna do pior de Mad Max, quando Mel Gibson ainda era ator de algum respeito.
A segunda cena é digna do Gladiador, onde Russel Crowe interpretava um romano, do início da era Cristã ou seja, há dois mil anos, e espera o público decidir se seu adversário sobreviveria ou seria sacrificado.
A terceira cena é mesmo dos dias atuais, onde se pode ter a exata noção de que a humanidade volta no tempo. Regride. E no meio do que parece ser sua maior revolução tecnológica, perde seu rumo.
Nos resta rezar para que isso tudo não passe de um grande pesadelo.
20 de ago. de 2011
Aplicação tática é tudo
Mesmo sem contar com duas de suas principais estrelas, o Botafogo mostrou neste sábado no Engenhão, que é sim candidato ao título do Brasileiro. Noves fora a fragilidade desse time do Atlético-MG, a equipe de Caio Jr. construiu a vitória de 3 a 1 com uma marcação forte, e com muita aplicação tática durante os 90 minutos. Os laterais apoiaram bem e Maicosuel, caindo pela direita parece outro jogador. Esteve rápido, mais confiante e dos pés dele saiu o terceiro gol do jogo e poderia ter saído o quarto, se Alex não tivesse chutado tão mal. Sem Abreu e Herrera, que jogam mais fixos na frente, Alex, Elkesson e Felipe Menezes ganharam mais espaço na frente.
O primeiro gol, de Élkesson, saiu dessa maior liberdade de movimentação do time e o segundo, de Felipe Menezes também. Se o Botafogo seguir nessa linha, jogando sério, com muita aplicação tática, pode superar a deficiência de um elenco que é sim limitado, mas que tem qualidade e pode ganhar maturidade e poder de decisão ao longo do campeonato.
Do lado do Atlético-MG, Cuca, se continuar no comando do time, vai ter muito trabalho. Os bons nomes que o time tem no elenco não conseguem forma um conjunto. Cuca costuma montar bons times quando começa um trabalho no início do ano. Mas quando pega um trabalho em andamento, costuma não dar certo. Deu certo com o Fluminense em 2009, mas vai ser difícil dar certo com esse Atlético-MG em 2011.
O primeiro gol, de Élkesson, saiu dessa maior liberdade de movimentação do time e o segundo, de Felipe Menezes também. Se o Botafogo seguir nessa linha, jogando sério, com muita aplicação tática, pode superar a deficiência de um elenco que é sim limitado, mas que tem qualidade e pode ganhar maturidade e poder de decisão ao longo do campeonato.
Do lado do Atlético-MG, Cuca, se continuar no comando do time, vai ter muito trabalho. Os bons nomes que o time tem no elenco não conseguem forma um conjunto. Cuca costuma montar bons times quando começa um trabalho no início do ano. Mas quando pega um trabalho em andamento, costuma não dar certo. Deu certo com o Fluminense em 2009, mas vai ser difícil dar certo com esse Atlético-MG em 2011.
Vídeo antes do jogo: Inter x Botafogo no Beira-Rio
Esse vídeo não foi ao ar no dia do jogo por problemas de conexão na internet desde Porto Alegre.
19 de ago. de 2011
Dá para disfarçar
Esta semana estive no Beira-Rio para o jogo entre Inter e Botafogo e fiquei assustado com o ritmo das obras para a Copa do Mundo. Bom, falar em ritmo é ser até bondoso. Já são três meses com tudo parado. No Rio as obras do Maracanã estão paradas porque houve um acidente e as condições de trabalho parecem não ser das melhores. O Itaquerão, então, nem se mexe. A Arena das Dunas em Natal e a de Recife andam a passos de tartaruga.
E isso tudo porque já estamos no fim de agosto de 2011 e 2012 se aproxima. A Copa do Mundo é daqui a menos de três anos. Isso sem falar na Copa das Confederações. E o que mais se me deixa estarrecido é o fato de as empreiteiras pagarem, no caso do Rio, pouco mais de R$ 3 de ticket alimentação e em Belo Horizonte pouco mais, ou pouco menos, de R$ 1.
Para uma obra que custa quase R$ 1 bilhão será que não se poderia deixar de lucrar um pouquinho e dar algo mais digno ao trabalhador? Não sou comunista, longe disso, mas esse tipo de exploração é uma vergonha. Um país que diz moderno, que se diz uma das maiores economias do mundo, poderia ter um pouco mais de respeito.
Querem levar nossa grana por causa de uma Copa do Mundo? Tudo bem. Querem que o governo no final pague a conta de uma Copa que o sr. Ricardo Teixeira dizia que seria paga apenas pela iniciativa privada? Fazer o quê, mas vai acabar sendo assim. Mas poderiam disfarçar um pouco.
E isso tudo porque já estamos no fim de agosto de 2011 e 2012 se aproxima. A Copa do Mundo é daqui a menos de três anos. Isso sem falar na Copa das Confederações. E o que mais se me deixa estarrecido é o fato de as empreiteiras pagarem, no caso do Rio, pouco mais de R$ 3 de ticket alimentação e em Belo Horizonte pouco mais, ou pouco menos, de R$ 1.
Para uma obra que custa quase R$ 1 bilhão será que não se poderia deixar de lucrar um pouquinho e dar algo mais digno ao trabalhador? Não sou comunista, longe disso, mas esse tipo de exploração é uma vergonha. Um país que diz moderno, que se diz uma das maiores economias do mundo, poderia ter um pouco mais de respeito.
Querem levar nossa grana por causa de uma Copa do Mundo? Tudo bem. Querem que o governo no final pague a conta de uma Copa que o sr. Ricardo Teixeira dizia que seria paga apenas pela iniciativa privada? Fazer o quê, mas vai acabar sendo assim. Mas poderiam disfarçar um pouco.
15 de ago. de 2011
O problema não é a mentira
Abel chegou ao Fluminense depois de três meses de espera. Enderson Moreira segurou o rojão da Libertadores e claro, não aguentou. O Fluminense é um poço de problemas internos e externos. Fred, Souza, Emerson, Marcio Rosário, Deco, Patrocinador que manda por debaixo dos panos. E o técnico chegou num clima de conciliação, tentando apaziguar os ânimos.
Mas fracassou. E vem fracassando também dentro de campo. Sua equipe não é nem um esboço de time minimamente organizado em campo. Mas Abel teima em dizer que não é nada disso. Que os problemas não existem, que o time joga bem e que perde por falta de sorte.
Mente para enganar a quem? Aos jogadores? Ao torcedor? Ou para colocar a culpa na imprensa quando for demitido? O muro do clube hoje já amanheceu pichado hoje contra o antes Salvador da Pátria tricolor.
Abel faz até contas e sonha com 60% de aproveitamento. Tem hoje 46,7%. Nas contas do técnico o objetivo é a cada 9 pontos ganhar 6. Até agora Abel não conseguiu mais do que duas vitórias seguidas no comando da equipe. Pior. Dos quatro ciclos de 9 pontos que disputou até agora, só ganhou seis pontos uma vez. O que nos leva a acreditar que Abel está equivocado: no time que escala, nas contas que faz, e na análise de sua equipe.
Abel estava longe do Brasil e deve estar arrependido de ter aceitado o cargo de técnico do Fluminense. Duvido que chegue no cargo no final do Brasileiro.
Mas fracassou. E vem fracassando também dentro de campo. Sua equipe não é nem um esboço de time minimamente organizado em campo. Mas Abel teima em dizer que não é nada disso. Que os problemas não existem, que o time joga bem e que perde por falta de sorte.
Mente para enganar a quem? Aos jogadores? Ao torcedor? Ou para colocar a culpa na imprensa quando for demitido? O muro do clube hoje já amanheceu pichado hoje contra o antes Salvador da Pátria tricolor.
Abel faz até contas e sonha com 60% de aproveitamento. Tem hoje 46,7%. Nas contas do técnico o objetivo é a cada 9 pontos ganhar 6. Até agora Abel não conseguiu mais do que duas vitórias seguidas no comando da equipe. Pior. Dos quatro ciclos de 9 pontos que disputou até agora, só ganhou seis pontos uma vez. O que nos leva a acreditar que Abel está equivocado: no time que escala, nas contas que faz, e na análise de sua equipe.
Abel estava longe do Brasil e deve estar arrependido de ter aceitado o cargo de técnico do Fluminense. Duvido que chegue no cargo no final do Brasileiro.
13 de ago. de 2011
9 de ago. de 2011
Gentil, discreto, educado. Zagallo
Na memória de todos os brasileiros, Zagallo é um homem cheio glórias, títulos, polêmicas, histórias. Mas cada um tem a sua, particular, e eu, como jornalista, também tenho a minha para contar. E a minha história com esse mito do futebol brasileiro que hoje completa 80 anos, é simples e até mesmo sem graça. Mas nunca saiu da minha memória.
Deu-se numa manhã quente do Rio de Janeiro, em plena Cidade Nova onde é a redação do LANCE!. Nova é só no nome. O ano: 1997. O mês: talvez tivesse sido entre setembro e outubro, não lembro exatamente.
Eu era chefe de reportagem do diário e era o primeiro a chegar na redação. Acordava em casa, em São Cristóvão às 6h da manhã, ouvindo o Show do Antonio Carlos e descia a rua General Padilha para pegar o 473 rumo à Presidente Vargas e dali, caminhando até o LANCE!. Chegava, lia os jornais, fazia a crítica do dia (coisa difícil para alguém de mais de 35 anos, hoje, imagine na época com menos de 25!). Eis que, por volta de umas 8h30 da manhã, o porteiro anuncia a chegada do então técnico da Seleção Brasileira.
Autorizei a entrada dele com o carro, é óbvio, no estacionamento do jornal. Uma Mercedes prata, lembro bem. E, em sua simplicidade, o Velho Lobo pediu ao jovem jornalista sem reação, vendo à sua frente o técnico da Seleção Brasileira que iria comandar o time na França um ano depois na Copa do Mundo, tão somente selos. Selos atrasados da promoção da bola do LANCE!, que estava colecionando para os netos. A bola que dizia comemorar os quatro títulos mundiais do Brasil. E ali, na minha frente, estava um homem que esteve justamente nos quatro títulos mundiais que a bola celebrava.
Fosse algum "famosillo" dos dias de hoje mandaria logo um assessor, um motorista, um "aspone" com toda empáfia do mundo ir buscar os selos. Zagallo nunca foi desses. Foi ele mesmo. Pessoalmente, sozinho, sem frescura, sem se esconder, discreto, gentil, educado. Pegou os selos que queria e foi embora. Imagino que depois, tenha ido enfrentar uma longa fila para trocar as cartelas pelas bolas para seus netos. Não há registro do fato aqui narrado. Não havia fotógrafos na redação àquela hora. Nem máquinas digitais para se registrar o momento. Era como antigamente: registo apenas na memória.
Deu-se numa manhã quente do Rio de Janeiro, em plena Cidade Nova onde é a redação do LANCE!. Nova é só no nome. O ano: 1997. O mês: talvez tivesse sido entre setembro e outubro, não lembro exatamente.
Eu era chefe de reportagem do diário e era o primeiro a chegar na redação. Acordava em casa, em São Cristóvão às 6h da manhã, ouvindo o Show do Antonio Carlos e descia a rua General Padilha para pegar o 473 rumo à Presidente Vargas e dali, caminhando até o LANCE!. Chegava, lia os jornais, fazia a crítica do dia (coisa difícil para alguém de mais de 35 anos, hoje, imagine na época com menos de 25!). Eis que, por volta de umas 8h30 da manhã, o porteiro anuncia a chegada do então técnico da Seleção Brasileira.
Autorizei a entrada dele com o carro, é óbvio, no estacionamento do jornal. Uma Mercedes prata, lembro bem. E, em sua simplicidade, o Velho Lobo pediu ao jovem jornalista sem reação, vendo à sua frente o técnico da Seleção Brasileira que iria comandar o time na França um ano depois na Copa do Mundo, tão somente selos. Selos atrasados da promoção da bola do LANCE!, que estava colecionando para os netos. A bola que dizia comemorar os quatro títulos mundiais do Brasil. E ali, na minha frente, estava um homem que esteve justamente nos quatro títulos mundiais que a bola celebrava.
Fosse algum "famosillo" dos dias de hoje mandaria logo um assessor, um motorista, um "aspone" com toda empáfia do mundo ir buscar os selos. Zagallo nunca foi desses. Foi ele mesmo. Pessoalmente, sozinho, sem frescura, sem se esconder, discreto, gentil, educado. Pegou os selos que queria e foi embora. Imagino que depois, tenha ido enfrentar uma longa fila para trocar as cartelas pelas bolas para seus netos. Não há registro do fato aqui narrado. Não havia fotógrafos na redação àquela hora. Nem máquinas digitais para se registrar o momento. Era como antigamente: registo apenas na memória.
2 de ago. de 2011
A visita do hermano
Marcus Vinicius Pinto e Roberto Martínez |
Visita do irmão argentino Roberto Martinez ao Rio, na semana passada. Roberto, em apenas três dias, passou pela Glória, Lapa, Centro (Sambódromo, Candelária e Teatro Municipal incluídos), Copacabana (tomou chopp), Leblon, Ipanema, Lagoa, ficou impressionado com o tamanho da Rocinha, viu o Fluminense golear o Ceará por 4 a 0 no Engenhão ao lado da equipe da CBN, ouviu o jogo pelo celular, entendeu tudo (até as piadas do Evaldo José) e claro, visitou o Maracanã pelo lado de fora. Tirou foto de tudo, visitou a loja do Flamengo mas não levou nada porque a camisa que mais gostou só tinha tamanho P (se fosse na loja do Botafogo teria encontrado). E ainda por cima trouxe dois potes de doce de leite que serão exclusividade do que vos escreve e de sua digníssima.
Evaldo José, Alvaro Oliveira Filho, Roberto Martínez e Aline Falcone |
Visita del hermano argentino Roberto Martinez a Río, en la semana pasada. Roberto, en tan sólo tres días, pasó por Glória, Lapa, Centro (Sambódromo, Candelária y Teatro Municipal inclusos), Copacabana (Se tomado una caña), Leblon, Ipanema, Lagoa, se quedó impresionado con el tamaño de la favela de Rocinha, ha visto al Fluminense golear al Ceará por 4-0 en el Engenhão al lado del equipe de la rádio CBN, ha escuchado el partido por el móvil, se enteró de todo (incluso de los chistes del relator Evaldo José), y, por supuesto, ha ido a ver las obras de Maracaná por fuera. Sacó fotos de tudo y de todos, ha visitado la tienda del Flamengo pero no se llevó nada porque no había su talla (si se fuera a la tienda del Botafogo seguro que lo encontraría). E aún me ha traido dos botes llenos del mejor dulce de leche argentino. Pero eso es exclusividad de un servidor y mi mujer.
A solução pro Maracanã
Para começo de conversa o Maracanã deveria ser tombado. Não pelo IPHAN, porque isso ele já é. Deveria ser tombado, demolido, implodido, colocado abaixo, destruído, para dar lugar a outro novo, moderno, e, pasmem, no mesmo lugar.
O Maracanã é um estádio velho, acabado, fora de moda. De tradições e histórias sim, mas sem estrutura capaz de aguentar reforma atrás de reforma. Só a falta de vergonha de certa gente é capaz de engordar um orçamento que começou em R$ 500 milhões, foi a R$ 704 milhões e agora alcança quase R$ 1 milhão. Sem falar nas reformas feitas para o Pan de 2007, que viraram poeira menos de quatro anos depois.
E ainda temos que ver o Ministério Público pedir que a obra seja paralisada e que seja reconstruído o que já foi destruído. Não sei se isso é sério ou se é uma tentativa do MPF de rivalizar com o Governo do Estado no nível da piada de mau gosto.
Outro dia o mesmo MPF fez uma audiência pública para saber o que deveria ser feito com o Maracanã. E claro, teve que ouvir toda a sociedade. Todo mundo falou numa sessão que durou quase cinco horas. E todas as minorias, que dentro em breve serão a maioria das minorias, queriam seu espaço dentro do futuro Maracanã. Isso mesmo, pediam espaço, gratuidade, privilégios. Ou vocês pensam que só os políticos podem tirar sua casquinha? Nada disso. Todo mundo quer seu pedaço da fatia do bolo. Um bolo em forma de Maracanã e ao custo de 1 bilhãozinho.
O Maracanã pode ser considerado uma vergonha maior que o Itaquerão (que apesar de toda a polêmica e lances estranhos entre a Prefeitura de São Paulo, Corinthians, CBF e empreiteiros, é particular e vai custar menos). E pior: vai ser novo. Coisa que o Maracanã não vai ser nunca.
Wembley, Estádio da Luz, Estádio Alvalade, Estádio das Antas. Todos tinham história e vão continuar tendo. Mas foram jogados no chão e em seus lugares e a preços bem menores e com menos roubalheira, foram construídos estádios novos em folha; nesses o torcedor se sente confortável, é bem tratado, vê bom espetáculo e se sente respeitado. Respeito que por aqui não existe.
O Maracanã é um estádio velho, acabado, fora de moda. De tradições e histórias sim, mas sem estrutura capaz de aguentar reforma atrás de reforma. Só a falta de vergonha de certa gente é capaz de engordar um orçamento que começou em R$ 500 milhões, foi a R$ 704 milhões e agora alcança quase R$ 1 milhão. Sem falar nas reformas feitas para o Pan de 2007, que viraram poeira menos de quatro anos depois.
E ainda temos que ver o Ministério Público pedir que a obra seja paralisada e que seja reconstruído o que já foi destruído. Não sei se isso é sério ou se é uma tentativa do MPF de rivalizar com o Governo do Estado no nível da piada de mau gosto.
Outro dia o mesmo MPF fez uma audiência pública para saber o que deveria ser feito com o Maracanã. E claro, teve que ouvir toda a sociedade. Todo mundo falou numa sessão que durou quase cinco horas. E todas as minorias, que dentro em breve serão a maioria das minorias, queriam seu espaço dentro do futuro Maracanã. Isso mesmo, pediam espaço, gratuidade, privilégios. Ou vocês pensam que só os políticos podem tirar sua casquinha? Nada disso. Todo mundo quer seu pedaço da fatia do bolo. Um bolo em forma de Maracanã e ao custo de 1 bilhãozinho.
O Maracanã pode ser considerado uma vergonha maior que o Itaquerão (que apesar de toda a polêmica e lances estranhos entre a Prefeitura de São Paulo, Corinthians, CBF e empreiteiros, é particular e vai custar menos). E pior: vai ser novo. Coisa que o Maracanã não vai ser nunca.
Wembley, Estádio da Luz, Estádio Alvalade, Estádio das Antas. Todos tinham história e vão continuar tendo. Mas foram jogados no chão e em seus lugares e a preços bem menores e com menos roubalheira, foram construídos estádios novos em folha; nesses o torcedor se sente confortável, é bem tratado, vê bom espetáculo e se sente respeitado. Respeito que por aqui não existe.
1 de ago. de 2011
A primeira surpresa da Copa
Deu pra começar a sentir o clima da Copa de 2014 no fim de semana. O sorteio das eliminatórias esteve bem organizado, bem estruturado e, fora a bagunça que foi a zona mista para a imprensa, teve uma boa surpresa.
E a surpresa foi a presidente Dilma Roussef. Ao contrário de Jospeh Blatter que, antes de mencionar a presença de Pelé, o maior jogador de futebol de todos os tempos, ressaltou Havelange (o que era óbvio), Dilma destacou Pelé. Tapa de mão aberta no Ricardo Teixeira. Que teve que sorrir. E ver Teixeira sorrir só em duas situações: ou ganhou alguma causa contra algum jornalista ou levou uma lambada da boa.
No caso, foi a opção número dois.
Não sei se vai ser assim até o fim. Mas diferente de Lula, que aceitou que Teixeira mandasse à vontade em tudo o que se refere a Copa do Mundo, incluindo desfilar pelo Congresso Nacional e pelos Minstérios fazendo lobby a seu bel prazer, a presidente Dilma parece disposta a fazer Teixeira andar na linha. Ele vai ser monitorado o tempo todo. Dilma quer, e tem que, mostrar a Teixeira que quem manda no Brasil é ela. E não ele.
Teixeira sorriu amarelo e deu a entender nesta segunda-feira, no site da CBF, que é Dilma quem manda mesmo. Ou ele anda pisando em ovos com a Presidente, ou está apenas dando corda para puxar mais tarde. O que é perfeitamente possível.
Mas no meio de tanta coisa feia e atrasada, a Copa de 2014 começou com algo positivo.
E a surpresa foi a presidente Dilma Roussef. Ao contrário de Jospeh Blatter que, antes de mencionar a presença de Pelé, o maior jogador de futebol de todos os tempos, ressaltou Havelange (o que era óbvio), Dilma destacou Pelé. Tapa de mão aberta no Ricardo Teixeira. Que teve que sorrir. E ver Teixeira sorrir só em duas situações: ou ganhou alguma causa contra algum jornalista ou levou uma lambada da boa.
No caso, foi a opção número dois.
Não sei se vai ser assim até o fim. Mas diferente de Lula, que aceitou que Teixeira mandasse à vontade em tudo o que se refere a Copa do Mundo, incluindo desfilar pelo Congresso Nacional e pelos Minstérios fazendo lobby a seu bel prazer, a presidente Dilma parece disposta a fazer Teixeira andar na linha. Ele vai ser monitorado o tempo todo. Dilma quer, e tem que, mostrar a Teixeira que quem manda no Brasil é ela. E não ele.
Teixeira sorriu amarelo e deu a entender nesta segunda-feira, no site da CBF, que é Dilma quem manda mesmo. Ou ele anda pisando em ovos com a Presidente, ou está apenas dando corda para puxar mais tarde. O que é perfeitamente possível.
Mas no meio de tanta coisa feia e atrasada, a Copa de 2014 começou com algo positivo.
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