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7 de jan. de 2011

A Lei da falta do que fazer

A Alerj acaba de fazer virar lei que em todas as semifinais e finais disputadas no Maracanã, a preliminar seja de um jogo de futebol feminino. E ainda prevê multa de 5% para a Federação caso a partida não seja marcada. A proposta é dos nobres deputados Jorge Picciani e Paulo Mello, ambos do PMDB. E, que, ao que parecem, não tem mais nada a fazer nesta vida.

Diz Picciani, em release pago com o nosso dinheiro: "O nosso futebol feminino já tem destaque internacional, em grande parte por conta do enorme talento de jogadoras como a Marta, eleita a melhor do mundo por mais de uma vez. Medidas como a aprovada hoje propiciam o fortalecimento dos times femininos e, consequentemente, o surgimento de novos talentos", afirmou.

Conversa mole pra boi dormir. E tem mais, diz o release "A nova norma não obriga que as partidas femininas se deem entre times dos clubes correspondentes aos das semifinais e finais masculinas."

Ou seja, um catado de amigos e correligionários dos deputados, podem fazer seus joguinhos no Maracanã novo em folha. Isso com certeza vai angariar muitos votos. 

O grande problema dessa lei é que ela só vai valer, na verdade, na verdade, em 2015.

Vamos lá. O Maracanã, como todo mundo sabe, está fechado para obras e só reabre em dezembro de 2012.

Em 2013, o Maracanã ainda não deverá estar apto para receber os jogos do Estadual, porque tem que ser preservado para a Copa das Confederações (isso, se ficar pronto até lá).

Caso o estádio receba jogos do Brasileiro 2013, a lei não vai valer nada, porque o Brasileiro não tem semifinal nem final. A chance seria ou Flamengo, ou Fluminense ou Vasco chegarem à final da Copa do Brasil 2013 ou 2014. mas, para isso, Fifa teria deixar alguém usar o estádio antes da Copa. Ou seja, uma lei aprovada hoje e que só vai valer daqui a quatro anos.

Até lá, ela vai ficar esquecida, engavetada, e, sequer será cumprida.

O futebol feminino merece mais respeito.

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