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27 de mai. de 2011

Dez anos de dois tricampeonatos

Estava em Paris na hora do gol do Pet.

Enquanto Gustavo Kuerten ainda treinava para começar sua terceira trajetória em Roland Garros naquele 2001, voltei para meu hotel, na Bastilha. Tempos de internet discada ainda.

Curioso que, no meu hotel, tinha uma família de Niterói, todos vascaínos. Chegamos até a jogar um animado buraco na noite anterior no saguão do hotel e falamos muito sobre a partida do dia seguinte.


Conectei para "ver" pelo Lancenet! o jogo. Mas a internet era cara demais e ligava de vez em quando para acompanhar o andamento do jogo. 


Naquela altura do campeonato já estava chegando perto dos dois anos vivendo na Europa e já sabia pouco dos times do Rio. Sabia, era certo, que a situação do Flamengo para conquistar aquele título era das mais complicadas.

Não vi  nem ouvi o gol do Petkovic ao vivo. Só soube depois do jogo, uns cinco minutos depois, quando a internet conectou e o site do LANCE! atualizou o placar.

Saí pelo hotel em busca dos meus rivais naquela decisão. Só os encontrei horas depois, em alguma rua perto do hotel, quando saia para jantar. Eu estava radiante. De longe, eles viram meu sorriso e ficaram sem entender como tinha sido possível perder aquele título.

Mas, depois, vendo o gol de Pet, deu pra entender bem.

26 de mai. de 2011

Segurança e respeito não se discutem

Que o Vasco tem o melhor time carioca da atualidade, não se discute. Esse blog já disse aqui há tempos que o time de Ricardo Gomes era o mais bem montado, mais bem treinado e poderia ir longe no Estadual. Não chegou lá, mas foi até melhor assim. Chegou mais longe na Copa do Brasil e está a apenas duas vitórias da Libertadores em 2012. 

Fato também que esse time joga melhor fora de casa. Talvez porque se sinta mais confortável longe da pressão de sua torcida, que anda sedenta, e com razão, de um título nacional expressivo, como pode ser esse da Copa do Brasil.

Mas todo esse incômodo da torcida pode ser pelo fator São Januário. O Vasco precisa, de uma vez por todas, tomar a decisão de jogar suas grandes partidas em um local onde sua torcida se sinta confortável. 

Já é possível  prever a loucura que vai ser o primeiro jogo da decisão da Copa do Brasil na semana que vem na colina contra o Coritiba: filas intermináveis e desorganizadas na compra de ingressos, cambistas fazendo a festa, e a polícia olhando tudo acontecer como se não fosse com ela o problema. 

E, no dia do jogo vai ser pior. Torcedores formando longas filas para entrar, encurralados, apertados, e tomando gás de pimenta na cara, sem nenhum conforto ou segurança. 

Por que não jogar no Engenhão?  

Acho que a imensa torcida vascaína merece mais respeito. Por todo o apoio que vem dando ao time este ano e por merecer mais carinho nessa hora tão importante do ano. Respeito e segurança não se podem discutir nesta hora. 


23 de mai. de 2011

Que bom que "no hay dos sin tres"

Já diz o ditado espanhol que "no hay dos sin tres" E ontem foi dia do meu terceiro show do Paul Mccartney. O primeiro no Maracanã em 1990, aos 16 anos, o segundo no Rock in Rio-Lisboa, em 2004, aos 30 anos e ontem o terceiro.

Difícil diz qual foi o melhor. O Paul de ontem pareceu um pouco cansado (afinal são 68 anos), mas às vezes surpreendia e lembrava o garoto Paul das fotos e filmes da década de 60. Paul sempre foi o Beatle mais simpático e segue assim. Um carisma fora do comum e que contagiou o público do começo ao fim.

Público que foi mudando ao longo desses anos. Em 90 era um público sedento por ver pela primeira vez um ex-Beatle ao vivo. Em Portugal, em 2004, idem. O de ontem era uma mescla das mais saudáveis. Dos veteranos fãs de John, Paul, George e Ringo (muitos passando dos 70 anos), até o fãs mais recentes de um fenômeno que não para de ser fenômeno.

Durante o show, Paul fez duas belas homenagens aos amigos, já mortos, da banda. Mas arrepiou o público cantando "Something" para George Harrison. Curioso, porque sem dúvida John Lennon foi o mais popular Beatle. E popular nesse caso não quer dizer o mais simpático.

Paul Mccartney, em 90, cantou pouco de sua banda mais famosa. Em 2004 foi além. Mas ontem deve ter sentido que é dele a responsabilidade de manter viva a chama "beatlemaníaca". Passeou pelos maiores sucessos e fez a plateia sair do Engenhão cantando "Na, Na, Na". Sem John e George, restam Paul e Ringo, que nunca fez o sucesso que ele próprio esperava. Fato.

E para terminar, o melhor. Vi meu terceiro show de Paul Mccartney ao lado do meu amor, e isso não tem preço.

20 de mai. de 2011

Rimou sem querer

Estadual agora só em 2012. Boa. Vamos para o Brasileiro. Torneio que a cada ano se consolida no gosto do público e dos críticos mais ferrenhos. A fórmula, por pontos corridos, fica cada vez mais interessante a cada ano.

Quem vai vencer? O que inibe qualquer tipo de previsão de vencedores no mês de Maio é a janela de transferências de agosto, que termina por retalhar os times montados. Isso faz com que os favoritos de Maio, Junho e Julho se tornem simples coadjuvantes no resto de campeonato. Ou a serem ainda mais favoritos. Não importa.

O que importa é que os pontos corridos obrigam as equipes a serem regulares. E isso exige mais concentração durante a competição. Vejam, por exemplo, o que aconteceu com o Vasco no Estadual. Foi muito mal na Taça Guanabara (primeiro turno), recuperou-se e quase força uma decisão do campeonato com o Flamengo em mais dois jogos extras, caso conquistasse a Taça Rio (segundo turno). Não conseguiu, é verdade. Se fosse pela regularidade, o time ficaria em apenas sexto lugar.

Fato é que o Brasileiro está cada vez mais interessante. Só mudaria algumas pequenas coisas. Diminuiria o número de vagas na Sul-Americana, que acaba por premiar do 5º lugar ao medíocre 12º colocado. Quando não o 13º, caso o Santos conquiste a Libertadores. Começaria a competição mais cedo, dando menos tempo aos Estaduais, que perdem o interesse do torcedor mais e mais a cada ano.

Enfim, a bola vai rolar e que vença o mais regular.

Sem querer, até rimou.

19 de mai. de 2011

Confusão na entrada dos torcedores em São Januário. on Twitpic

Confusão na entrada dos torcedores em São Januário. on Twitpic

Vídeo feito pela repórter Aline Falcone, da CBN.

Botafogo x América-MG

Vídeo de antes do jogo Botafogo x América-MG, amistoso disputado em Juiz de Fora no dia 14 de Maio de 2011.

A lista dos cortados

Depois de muito tempo um técnico da Seleção Brasileira volta a fazer uma lista com cortes a serem feitos antes da competição principal. Carlos Alberto Silva fez isso. Mas Telê Santana era mestre no assunto. Convocava mais de 30 jogadores e ia recortando, aos poucos, por semana. Talvez pudesse parecer algo com requintes de maldade, mas era um jeito de acirrar as disputas por vagas. E acho que Mano Menezes acerta ao voltar com a prática.

Lazaroni, Zagallo, Parreira, Felipão, Leão, Dunga, nunca o fizeram. Eram 22, 23 e pronto. Na última Copa a lista dos suplentes foi meio que novidade na Fifa e Dunga soltou uma lista à parte, horas depois da convocação oficial. Chato.

Faz bem também Mano Menezes em esperar por Paulo Henrique Ganso, que deve estar recuperado até a Copa América (Deus o proteja de futuras lesões que comprometam o futuro brilhante de seu futebol); Da mesma forma em dizer que Kaká é apenas um plano de futuro. Mas sem muita certeza, nem muita convicção.

Análise rápida da lista.

GOLEIROS: Jéfferson deveria ser titular absoluto. Fábio o primeiro reserva. Vitor o terceiro e Julio Cesar deveria ficar em Milão, ou no Grajaú descansando.

LATERAIS: Levaria Marcelo, do Real Madrid, apesar de toda a birra do técnico contra o lateral. E daria última chance a Léo Moura no lugar de Maicon, que é esforçado, mas jogador comum. Se não Léo Moura, talvez Mariano, do Fluminense.

ZAGA: Luisão e Lúcio não chegam à Copa de 2014. Era o mesmo que insistir com Juan. É hora de dar chance a nomes mais novos e que joguem no Brasil.

VOLANTES: Não entendo a ausência de Hernanes (terá sido a expulsão contra a Escócia?). Não entendo também nem Sandro, nem Anderson. E Alex, que acaba de ser contratado pelo Corinthians, é a prova de que o futebol ucraniano faz muito mal à saúde do futebol brasileiro.

MEIAS -  Bons nomes. Gosto de Thiago Neves e acho que ele vai acabar não sobrando, com muita gente acha. É jogador que tem tudo para ser titular na Copa de 2014. Elias é questionável. Há melhores.

ATACANTES - Robinho outra vez, Mano? Mas vamos deixar esse moço em paz. Já mostrou que não é jogador para competições importantes. Fanfarrão. Fred, se não se lesionar, é ótima opção. Mas acho que vai acabar ficando fora. Nilmar também é discutível, mas pode cair caso Ganso se recupera.

CORTADOS: Fábio, Sandro, Anderson, Sandro, Jadson, Elias, Nilmar. E se tiver que rolar mais uma cabeça por Ganso, tiraria Elias.

16 de mai. de 2011

Comentário de Botafogo x América-MG do último sábado

 Comentario Botafogo x América-MG by apolomvp

Essa gente não trabalha?

Acho que fazer um cadastro nacional de torcedores, como queria o ex-presidente barbudo, um erro. Primeiro que vai custar caro. Segundo que, como tudo no Brasil, as informações serão incompletas e vai demorar uma vida toda pro tal cadastro ser concluído.

Os verdadeiros bandidos-torcedores vão mentir ou preferir se esconder, como é óbvio.

Mas acho que seria interessante esse cadastro para dias como o de hoje. Cerca de 30 torcedores do São Paulo, no meio da tarde de segunda-feira, foram para a porta do clube protestar. Detalhe: com ovos e pipoca.

Foram fazer o que lá? Despacho pro time ganhar um título?

Vem cá, essa gente não trabalha?

Um cadastro serviria para ver se eles são beneficiados por algum bolsa-família desses da vida, porque não se pode entender num país à beira de uma crise, com inflação ameaçando voltar, essa bando de marmanjo sem fazer nada, preocupado com seu clube de futebol. Uma enxada pra cada um e vamos capinar que o país anda precisando.

NBA de loucos

A temporada da NBA parecia desanimadora, mas está se tornando a mais interessante dos últimos tempos.

Tudo começou com o Memphis surpreendendo o San Antonio Spurs nos playoffs. Bom, os caras não deixam o Splitter jogar. Bem feito. Depois foi a vez do Atlanta acabar com a marra do Superman Howard e seu Orlando Magic. Bom.

Chegam as semifinais de conferência e mais supresas.

No Oeste, duvido que alguém tenha chegado a aventar a mínima possibilidade de o Dallas varrer o Larkers da série como aconteceu. Na mesma conferência ninguém poderia imaginar que Memphis seguiria surpreendendo e fazendo difícil a vida do Oklahoma City como fez. Agora quero ver alguém fazer qualquer aposta convicta nas finais. Dallas está descansado, mas e daí?

Nas semifinais do Leste, Chicago fez seu dever de casa contra o Atlanta, mas Boston foi uma decepção contra o Miami (o time a ser batido). Miami e Chicago já começaram a duelar e Chicago meteu 21 no primeiro jogo. Não é o favorito, mas contra o traidor Lebron James (sou Cavs) tudo é válido.

Aposto numa final Oklahoma x Chicago. Mas vai acabar dando Dallas x Miami.

11 de mai. de 2011

No meio do nada

Em Campos, mais precisamente no distrito de Mussurepe (mas bem que poderíamos dizer no meio do nada, já que não há placas indicando como chegar) está esse belíssimo Mosteiro de São Bento, datado do século XVII (época da fundação da cidade). Belo exemplar que, pelo que me consta, é mantido por apenas um monge. Já esteve nos planos para ser sede da Escola de Cinema da UENF, mas apesar de ter iniciado uma reforma, nunca saiu do papel. Estive lá, mas não consegui entrar. Mas acho que merece o registro. Ah, e ao lado do Mosteiro tem um cemitério muito bem cuidado.

10 de mai. de 2011

Bin Laden na Lua em 64

Está cada vez mais difícil saber o que é verdade e o que é mentira nos dias de hoje. A quantidade de informação é tanta e de tantas fontes diferentes que ter certeza de algo é coisa das mais complicadas.

A grande dúvida de hoje é saber se Bin Laden morreu. Que Elvis, que nada.

Dentro de 100 anos a dúvida vai prosseguir. Será que Bin Laden desistiu dessa vida de mandar jogar bombas contra inocentes e de morar em cavernas do Afeganistão? Será que decidiu fazer um acordo com o governo americano (de quem já foi grande aliado) e resolveu criar galinhas em alguma fazenda de Massachusets, sem sem importunado?

Ou será que vai ser enviado à Lua para uma experiência da Nasa, que afirma que foi ao satélite natural da terra em 69 e mesmo com toda evolução tecnológica nunca mais voltou lá? Todos os que estavam vivos viram o homem pisar na Lua, verdade?

Eu não acredito. Mas acredito que Bin Laden esteja morto. E se não foi jogado no mar, pode estar embarcando na Endeavour, para sua última viagem. Porque o sujeito tinha cada ideia, que vou te contar. Uma verdadeira viagem.

3 de mai. de 2011

Espatódea - NANDO REIS



Nando Reis fez essa música pra filha dele e eu pego emprestada para lembrar da minha Leticia, que veio e foi embora tão rápido, mas que nos fez e nos faz muito felizes todos os dias.

2 de mai. de 2011

Novo rumo do mundo

A morte de Bin Laden não me deu vontade de comemorar. Vi a torcida do Philadelphia Phillies vibrar com a notícia lá pela metade da oitava entrada do jogo contra os Mets (estava vendo o jogo pela ESPN e acho que foi lá que deram a notícia primeiro, pelo menos para mim :) ). Pode parecer um pouco de exagero a "celebração" dos americanos, porque nós nunca vivemos o terrorismo de perto. Exagerado, mas compreensível.

Nós, que somos conhecidos pelo calor humano, simpatia, gentileza, somos pouco afeitos a manifestações patrióticas. Os americanos, tidos como mais frios, nessas horas se revelam quentes, eufóricos, exagerados até.

Lá, qualquer seleção, seja de basquete ou de soccer é a seleção americana. Aqui, mantemos a frieza dizendo que é a Seleção Brasileira, que só se torna "nossa" quando vence. Cada um com seu jeito.

Mas o fato da morte de Osama (ou Usama, ou Ossama) me faz lembrar que naquele 11 de Setembro de 2001estava voltando de um treino do Barcelona. Fui "acordado" da letargia daquela distante viagem de "autobús" de Les Corts até Pg. Maragall, em Guinardó (de um lado a outro de Barcelona), pelo amigo colombiano Juan Angel Narvaéz. Estava no meio da Diagonal e daquela hora (acho que eram umas duas da tarde), até chegar em casa e "enchufar la tele" foram minutos de agonia.

Vi o que tinha acontecido e entrei no mundo de volta. Disparei telefonemas para minha mãe no Brasil, a redação do Lance, meu amigo Luis Matos na Alemanha, meu primo Guilherme em Portugal. Não desgrudei mais da TV naquele dia.

Ontem despertei de novo. Lá se vão dez anos e muitas coisas mudaram. Talvez seja a hora de começarem a tomar um novo rumo.