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24 de out. de 2011

Polegar e a digital

Assistindo à ótima entrevista feita pela repórter Beth Luchesse, da TV Globo, no Fantástico de ontem, ao traficante Polegar, preso no Paraguai, fiquei me perguntando: como é fácil mentir nesse país, com a cara lavada.

Polegar levava vida de luxo. Carros de luxo pagos em dinheiro, mordomia num casarão todo equipado no país vizinho e teve a cara-de-pau de dizer que ganhava R$ 1200,00 por mês. Mas sequer conseguiu explicar o que fazia para sobreviver: talvez algo de instalação de cercas elétricas, mas que ele, apesar de estar lá há quase dois anos, ainda não tinha feito nenhuma. E recebia salário por isso. Por não fazer nada.

Ora, o que Polegar fez não é nada diferente do que fazem alguns políticos na TV, no rádio ou no jornal. Que mesmo filmados recebendo boladas de dinheiro, pegos com a boca na botija, negam de pés juntos e dizem que é tudo armação, perseguição da imprensa, montagem.

Não sei o que é pior: ou o Polegar, ou as digitais que apertam os botões de voto no Congresso Nacional onde a ética já foi ralo abaixo, ou em gabinetes de ministros, secretários, chefes disso ou daquilo, onde canetas assinam a morte moral de um país regido a falcatruas, tramas ilícitas e a mentiras deslavadas.

Um comentário:

QUEMDIRIA26 disse...

Brou
Tá escrevendo bem que tá danado!!
Continue mais e mais !!
Bjs
Cacau