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29 de set. de 2011

Clube do Bolinha

Quando eu era pequeno, Bolinha era um comunicador da Rádio Campista Afonsiana, emissora que pertencia aos padres Redentoristas de Campos, onde meu irmão começava a dar seus primeiros passos como locutor. Sujeito simpático, pra cima era o Bolinha. Nunca mais soube dele.

Depois Bolinha veio a ser o Edson Cury, apresentador do Clube do Bolinha nas tardes de sábado na Bandeirantes. Tardes de sábado que para mim tinham o perfume da mortadela que meu pai comprava, primeiro no Supermercado Farturão, depois nas Casas Nunes e mais tarde ainda nas Casas da Banha, em Campos.

Meu pai era um maníaco por ir ao supermercado e acho que das muitas manias que herdei dele, essa talvez seja a mais saborosa.

Nos últimos tempos Bolinha, também comunicador, passou a ser sinônimo de coisa ruim. Ele, sua mulher, seu irmão e sua corte passaram a ser sinal de retrocesso, de estagnação, de um coronelismo capaz de fazer Zezé Barbosa corar de vergonha. Uma terra que tinha tudo para dar certo, mas que como diz meu amigo Antonio Fernando Nunes, parou na curva do Rio Paraíba do Sul.

Um pena que gente assim seja capaz de tratar tão mal sua própria terra e sua gente.

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